Os pais de Brian Laundrie, noivo e assassino de Gabby Petito, apontaram “imprecisões” nos fatos reais mostrados pela série
A série documental “Homicídio nos EUA: Gabby Petito”, lançada pela Netflix, explora o crime ocorrido contra a jovem, de 22 anos, em setembro de 2021. O assassinato foi cometido pelo noivo, Brian Laundrie, com quem vivia uma relação intensa e, sobretudo, conturbada.
Apesar dos fatos mostrados, o advogado dos pais do jovem, encontrado morto pouco tempo depois, se pronunciou contra a produção da gigante do streaming, chegando a falar em “imprecisões” que estariam ligadas aos episódios.
Família do assassino de Gabby Petito critica série da Netflix
“Homicídio nos EUA: Gabby Petito” investiga o assassinato da youtuber estadunidense Gabby Petito, morta pelo noivo durante uma viagem de carro no Wyomming, enquanto viajavam pela Costa Oeste do país, gravando conteúdos. Na época, a jovem tinha apenas 22 anos.
Brian Laundrie assassinou a jovem estrangulada, durante um dos passeios, deixando o corpo em um parque estadual, onde foi localizado posteriormente. Foragido da polícia, o rapaz teve seus restos mortais encontrados em uma área densamente arborizada na Reserva Carlton, no condado de Sarasota.

O noivo de Gabby, no entanto, registrou em um caderno a sua confissão pela morte da jovem. De acordo com o relatório da autoridade, o corpo foi encontrado mergulhado e a causa da morte determinada como suicídio, após bala perfurar a cabeça.
Em pronunciamento ao The Sun, o advogado dos pais de Brian, Steven Bertolino, alegou que o documentário apresenta “uma perspectiva retratada como a ‘verdade’, vista através da lente deles”, em referência à família da vítima.
“Cada lado acredita que sua perspectiva está correta. É difícil enxergar através da lente do outro com todo o barulho e desconfiança”.
O que os pais de Brian Laundrie falaram sobre a série
Os pais de Brian, Chris e Roberta Laundrie, apontaram ainda omissões durante a narrativa da Netflix. O advogado, entretanto, não especificou as informações que supostamente estariam incorretas na série documental.

“O documentário continha muitas imprecisões, justaposições incorretas de cronogramas, declarações equivocadas e omissões de fatos – talvez deliberadas para capturar a ‘verdade’ deles [família Petito], talvez devido a um simples erro. Todos sabemos que Brian tirou a vida de Gabby e depois tirou a sua própria”.
“Homicídio nos EUA: Gabby Petito” contou com a participação dos pais de Gabby, Nicole Schmidt, Joe Petito, além do padrasto, Jim Schmidt e da madrasta, Tara Petito. Nos depoimentos, a família compartilha, sobretudo, detalhes do relacionamento de Gabby com Brian.
Mãe de Brian Laundrie escreveu carta para ele
Loretta Bush, agente especial do FBI da Divisão de Tampa, revela, na série documental, que entre os pertences de Brian também tinha uma carta de sua mãe Roberta, que dizia “queime depois de ler”, em contrapartida.
“Você é meu menino, nada pode me fazer parar de te amar. Nada nos dividirá ou poderá nos dividir, não importa o que façamos. Se você estiver na prisão, eu assarei um bolo com uma lixa dentro. Se precisar de livrar de um corpo, eu aparecerei com uma pá e sacos de lixo”.

Questionada, em 2023, Roberta garantiu ter escrito a carta antes da viagem do filho e alegou, em seguida, que as palavras não tinham relação com Gabby. “Isso me deu náuseas”, reagiu a mãe da jovem. “Repugnante”, concordou a madrastra.
“Homicídio nos EUA: Gabby Petito” está disponível no catálogo da Netflix.