“Dançando para o Diabo”: minissérie documental da Netflix gerou consequências alarmantes

por | jun 17, 2024 | Séries

Miranda Derrick, dançarina que perdeu contato com a família, acusou os pais de terem proporcionado sofrimento

“Dançando para o Diabo”, documentário que entrou em 29 de maio no catálogo da Netflix, acompanha vários dançarinos do TikTok, que entram para uma agência de gestão de carreiras associada a uma igreja, quando informações perturbadoras sobre o fundador vem à tona.

Uma das envolvidas na seita sofreu ameaça de morte após a exibição do documentário na Netflix. Ela ainda acusa os pais como responsáveis, uma vez que eles deram depoimento à produção.

“Dançando para o Diabo”: TikToker sofreu ameaças de morte

Miranda Derrick é uma das dançarinas que tem sua trajetória contada pela minissérie documental. Desde o lançamento dos episódios na Netflix, a TikToker afirma que “sua vida e de seu marido estão em perigo”.

A gigante do streaming reuniu depoimentos de ex-membros e familiares, afirmando que o grupo fazia parte de uma seita e expondo as táticas da organização, comandada por Robert Shinn, também pastor da igreja chamada Shekinah.

Shinn foi acusado de abuso sexual por várias mulheres ao longo do documentário. A repercussão foi tanta que Miranda teve sua vida afetada pelos comentários ameaçadores e ficou com medo das consequências da exposição.

Miranda Derrick (Crédito: Reprodução/Instagram @itsmirandaderrick)

“Eu sei que normalmente eu não faço esse tipo de conteúdo. Mas eu preciso ser transparente e até um pouco vulnerável com vocês. Agora que esse documentário foi lançado, sinto que nossas vidas foram colocadas em risco”, declarou em vídeo, publicado nas redes sociais.

“Nós estamos sendo seguidos em nossos carros, recebendo emails com mensagens de ódio, ameaças de morte, pessoas estão nos enviando mensagens dizendo para que a gente cometa suicídio, estamos sendo stalkeados”, continuou.

Miranda e James Derrick ainda estão na igreja

A dançarina e o marido, James Derrick, são membros da igreja desde 2020 e empresariados pela 7M desde 2021. A família afirma que Miranda cortou laços com eles desde que se envolveram com Shinn. Em 2022, eles publicaram um vídeo nas redes sociais dizendo que ela estava sendo vítima de uma seita.

“Dançando para o Diabo” (Crédito: Netflix)

Miranda, com mais de 27 milhões de seguidores no TikTok e 1,7 milhão no Instagram, culpou seus pais pela situação que está vivendo.

“Eu não entendo como meus pais e minha irmã pensaram que esse documentário poderia me ajudar de alguma forma”, afirmou ainda. O documentário afirma que Miranda se reconciliou com a família, informação negada por eles, que apostam que foi uma tática do grupo para acreditarem que a seita não afastou ninguém de seus parentes.

Ao tomar conhecimento do documentário, Robert Shinn chamou a minissérie de “uma obra de ficção caluniosa” e ameaçou recorrer a “todos os recursos legais disponíveis para impedir a propagação de mentiras”.

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