“Todo Dia a Mesma Noite” conta histórias reais de vítimas da Boate Kiss: trocaram só os nomes

Considerada uma das minisséries mais sensíveis de todos os tempos, “Todo Dia a Mesma Noite” foi baseada na história real do incêndio da Boate Kiss, em 27 de janeiro de 2013, quando 242 jovens perderam suas vidas na tragédia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

As histórias das vítimas foram extraídas de relatos verídicos e apenas os nomes foram alterados para preservar suas identidades e das famílias, que até hoje lutam por justiça, mesmo 10 anos após uma das maiores fatalidades que o país já vivenciou. Saiba mais!

Vítimas de “Todo Dia a Mesma Noite”, da Netflix, são reais?

Em cinco episódios de cortar o coração, “Todo Dia a Mesma Noite” reconstrói a madrugada que deixou tantos jovens mortos, hospitais lotados e pais aflitos sem notícias, lutando por justiça durante anos.

Embora tenha caráter ficcional para conscientizar sobre a batalha judicial, o incêndio aconteceu exatamente como foi mostrado na série e teve início após uso de artefato pirotécnico que reagiu com espuma inadequada.

Minissérie da Netflix sobre a Boate Kiss ganha trailer
Netflix Brasil/YouTube

O teto rapidamente pegou fogo, as luzes se apagaram e muitos jovens não conseguiram sair, enquanto outros perderam a vida nas ruas ou hospitais, diante do contato do monóxido de carbono com o cianeto, substância altamente tóxica.

A diretora, Julia Rezende, se baseou no livro mesmo nome de Daniela Arbex, que, através de depoimentos de amigos, familiares, equipes de resgate e profissionais da área da saúde, reconstitui os acontecimentos daquela noite.

Por isso, a história das vítimas é completamente real, ainda que tenham sido usados outros nomes para representá-las. Paola Antonini, por exemplo, fez o papel de Grazi que, na vida real, se chama Kelen.

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A jovem foi levada desacordada ao hospital e sobreviveu ao conseguir atendimento médico, mas teve a perna amputada devido à gravidade dos ferimentos e queimaduras, atuando hoje como Terapeuta Ocupacional e influenciadora PCD.

Thelmo Fernandes, responsável pelo papel de Pedro, um dos pais, admitiu ter voltado “destruído para casa” ao gravar a cena em que os parentes tentam identificar os corpos no ginásio da cidade, exatamente como ocorreu na vida real.

Debora Lamm e Thelmo Fernandes em
Guilherme Leporace/Netflix

Além de ter adaptado o grupo das vítimas, tentando representar todos os jovens que estavam no local, a Netflix também alterou o nome da banda que se apresentava de Gurizada Fandangueira para Guapos Baladeiros.

“Todo Dia a Mesma Noite”