“Bebê Rena” (“Baby Reindeer”), nova minissérie da Netflix, surpreendeu o público e a crítica ao mergulhar em uma perseguição obsessiva, através de história baseada em fatos reais, que gira em torno de Donny Dunn (Richard Gadd), escritor e comediante, envolvido com Martha (Jessica Gunning), uma mulher vulnerável.
História real e bizarra inspirou “Bebê Rena” da Netflix
Na minissérie da Netflix, Donny Dunn, comediante em busca de sucesso, vive um pesadelo quando uma mulher chamada Martha, que ele conheceu casualmente em um bar, começa a persegui-lo o tempo todo.
A produção é uma representação fiel dos anos de terror vividos por Richard Gadd, que também lançou uma peça, em 2019, no Edinburgh Festival Fringe, contando a sua história de stalking e as consequências.
Perseguido durante quatro anos, Gadd recebia mensagens constantes, presentes bizarros e passou a lidar com uma sensação frequente de paranoia. No total, foram 41.071 e-mails, 350 horas de mensagens de voz, 744 tuítes, 46 mensagens no Facebook e 106 páginas de carta.
O objetivo de criar a minissérie para a Netflix, na visão de Gadd, é sobretudo desmistificar o stalking, mostrando suas camadas e nuances da doença mental, muitas vezes negligenciada, de “uma forma nunca vista antes”.
“Stalking na televisão tende a ser muito sexual. Tem uma mística. É alguém em um beco escuro. É alguém que é muito sexy, muito normal, mas depois fica estranho aos poucos. Mas perseguir é uma doença mental. Eu realmente queria mostrar as camadas da perseguição como eu nunca tinha visto na televisão antes”.
Mergulhando na complexidade do assunto, Gadd também expõe, nos episódios de “Bebê Rena”, suas próprias falhas e arrependimentos do período mais sombrio de sua vida.
A minissérie, com 7 episódios, está disponível no catálogo da Netflix desde 11 de abril e teve aprovação da crítica estimada em 100% no Rotten Tomatoes, site considerado referência, em média de 16 avaliações.