7 erros e acertos que fizeram a 5ª temporada de “Orange Is The New Black” surpreender

Para a alegria dos fãs de série, a 5ª temporada de “ Orange Is The New Black” estreou na Netflix no começo de junho de 2017. Contando com 13 episódios inéditos, a trama continuou “de tirar o fôlego” e surpreendeu ao misturar drama, humor, ação e – por que não? – uma dose de terror.

Depois de quatro temporadas eletrizantes e com excelentes avaliações – tanto pela crítica, quanto pelo público –, a continuação de OITNB acertou na maioria dos pontos (trama, elenco e direção por exemplo), ganhou uma maturidade indiscutível e teve um nível altíssimo. No entanto, se pensarmos nos novos episódios, a expectativa era de uma temporada bem melhor do que a última.

5ª temporada de “Orange Is The New Black”

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A 4ª temporada de OITNB deixou todos à beira de um ataque de nervos quando uma rebelião teve início em Litchfield. E tudo por várias razões: a morte precoce de Poussey (Samira Wiley) combinada à ira e tristeza das detentas, o que rapidamente se torna um caos.

Retomando exatamente de onde parou a anterior, a 5ª temporada nos leva de volta para o momento controverso nos corredores de Litchfield, onde as decisões tomadas afetam a todos ali, dentro e fora dos portões, de alguma maneira. Os 13 episódios acontecem em “tempo real” no decorrer de 72h.

#1 Foco em novas protagonistas

Uma das coisas mais notáveis na nova temporada é o foco dado a personagens que antes eram considerados secundários: Piper (Taylor Schilling) agora está no banco de reservas. Nos episódios, a ênfase ficou para o núcleo afro-americano, composto por Taystee (Danielle Brooks), Black Cindy (Adrienne C. Moore), Alison Abdullah (Amanda Stephen), Janae Watson (Vicky Jeudy) e Suzanne “Crazy Eyes” (Uzo Aduba).

Considerada o destaque da 5ª temporada, Taystee é o grande nome por trás dos novos capítulos. Com uma atuação forte, Danielle Brooks dá vida à personagem – revoltada após a morte da melhor amiga e clama por mudanças. Liderando a rebelião em Litchfield, a jovem mostra em um primeiro momento seu humor, mas as transformações em meio à loucura da penitenciária acabam a deixando psicologicamente esgotada e confusa quanto aos objetivos da própria luta.

#2 A aposta em fazer a temporada acontecer em 72h

Pode parecer que 13 episódios são o bastante para retratar esse período, mas não foi muito fácil. Apesar de tudo, a aposta ousada dos produtores de querer que a 5ª temporada se passasse durante 72h, ou três dias, acabou dando certo. É durante esse tempo que podemos ver as detentas se articulando para protestar por seus direitos e as suas histórias se desenrolarem – ganhando pontos por conseguir sustentar a trama desse modo.

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#3 Inspirada em fatos que realmente aconteceram

Se você pensou que já tinha visto casos que aconteceram em Litchfield na vida real, está completamente certo. As situações vividas pelas personagens da série foram baseadas em fatos reais. A morte de Poussey, na 4ª temporada, é uma ligação com Eric Garner, um homem negro assassinado em 2014 por policiais de Nova York por uso excessivo de força.

Já na 5ª temporada, as realidades são parecidas: Figueroa (Alysia Reiner) pede para Taystee “confiar no sistema” quando a presidiária fala das milhares de coisas desumanas que acontecem dentro da prisão. Nesse momento, ela faz um discurso tocante, falando sobre como é difícil confiar em um sistema que “atira em um homem negro porque ele grafitou um muro, ou tentou pegar uma chave, ou vendeu cigarros”.

#4 Relacionamento de Piper e Alex

Apesar de não ser um dos focos da temporada, e depois de um relacionamento conturbado durante os últimos episódios – principalmente por conta de personagens como Stella Carlin (Ruby Rose) e Larry Bloom (Jason Biggs) –, Piper e Alex (Laura Prepon) finalmente conseguem se resolver. A química entre a duas vai se tornando cada vez mais forte com o passar dos episódios e acaba prendendo o público.

#5 Flashbacks deixam a desejar

Quem acompanha OITNB sabe que os flashbacks são um dos pontos fortes da série – justificando muitas decisões e contando o passado dos personagens. No entanto, na 5ª temporada, esse recurso deixa a desejar em grande parte dos episódios, com algumas exceções.

A trama parece focar mais na presente rebelião que acontece em Litchfield durante os três dias e traz pouquíssimas lembranças das detentas.

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#6 Episódios começam lentos, mas depois pegam o ritmo

A primeira metade da 5ª temporada começa um pouco lenta, com muitas cenas paradas e que parecem estar ali apenas para completar o roteiro. No entanto, quando os episódios começam a ter mais ação e a trama desenvolve – a partir da segunda metade da temporada –, o ritmo passa a ser de “tirar o folêgo”, envolvendo muito drama e humor.

#7 Final de temporada com “gostinho de quero mais”

Um dos pontos altos de OITNB é deixar os fãs sem a mínima ideia do que pode acontecer nos próximos episódios. Cada um dos novos capítulos deixa os telespectadores com uma pontinha de curiosidade, mas o final da 5ª temporada surpreende e deixa todos com um “gostinho de quero mais”. E, desta vez, o que aconteceu em Litchfield parece ser definitivo. Qual será o futuro das detentas?

Agora o problema será esperar mais um ano por novos episódios. Será que 2018 já está chegando?

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