Em sua segunda novela, Silvero Pereira é Zaquieu em “Pantanal”, um mordomo do Rio de Janeiro, que trocará todo o luxo pela fazenda, se tornando um peão. Na primeira versão, o personagem ganhou o público por usar muito o humor e viver um amor platônico por Alcides, personagem que é de Juliano Cazarré no remake.
Durante a coletiva de imprensa da novela, que contou com a presença do Zappeando, o ator falou um pouco sobre a nova visão que pretende imprimir ao personagem, as expectativas para a relação entre Zaquieu e Alcides e se declarou para o colega de elenco: “Difícil não se apaixonar”.
Silvero Pereira fala sobre nova versão de Zaquieu
Escalado para o seu segundo trabalho na televisão, Silvero Pereira estreou em “A Força do Querer” (2017), quando viveu o motorista – e transformista – Nonato. Nesta nova trama, ele dará vida a Zaquieu, um personagem que fez muito sucesso no passado por conta de seu constante humor.
Mordomo da família de Madeleine (Karine Teles), ele acabará mudando de vida ao passar a morar no Pantanal e se redescobrir como peão. Na primeira versão, o rapaz ainda viveu um amor platônico por Alcides, que frequentemente recusava às investidas do personagem.
Para o ator, foi importante renovar o discurso de Zaquieu, para que ele não se limitasse apenas a um papel satirizado. “Acho bacana nessa nova versão essa atualização […] Não dá mais para tratar uma dramaturgia a partir da sociedade que a gente tem hoje, a partir das informações, da reeducação que a gente tem hoje na sociedade”, afirmou.
Desta forma, o personagem ganhará camadas mais intensas, mesmo que mantenha o humor que conquistou o público no passado. “A gente não vai perder isso, é uma coisa que a novela trouxe que é muito interessante para o personagem e é algo que eu tô curtindo bastante […] mas esse outro tom faz com que o personagem fique mais carinhoso, muito mais afetivo”, explicou.
Quanto ao futuro do peão, Silvero confessou não saber ainda se Zaquieu e Alcides terão algum envolvimento, mas ele revela torcer muito para que isso aconteça, além de se declarar para Juliano Cazarré, seu parceiro de elenco.
“É difícil não se apaixonar pelo Cazarré, né? […] Faz 10 anos que eu não vejo ele, a gente trabalhou juntos em ‘Serra Pelada’, nos encontramos agora, mas não o vi ainda nos estúdios”, relembrou.
Em 1990, pela homoafetividade ainda ser um tabu, o amor platônico de Zaquieu por Alcides era visto como motivo de piada, algo que para o ator, se acontecer no remake, deverá ganhar um tom diferente. “O que era chacota naquela época, que era motivo de graça, alívio cômico para aquele personagem daquela época, acho que o importante é não tratar dessa forma”.