“Vai na Fé” estreia na faixa das 19h da Globo com história eletrizante que gira em torno de Sol (Sheron Menezzes), uma mulher de muita fé que vai trabalhar como dançarina ao lado do cantor decadente Lui Lorenzo (José Loreto), substituindo “Cara e Coragem”.
Rosane Svartman, autora da nova produção, revelou como surgiu a inspiração para a obra da teledramaturgia que fala também sobre fé e religião, afirmando querer dividir o público com triângulo amoroso que norteia a trama. Saiba todos os detalhes sobre a nova novela!
Todos os detalhes de “Vai na Fé”: entenda a novela da Globo
Trama principal
Protagonista de “Vai na Fé”, Sol é uma mulher de muita fé, mãe guerreira e trabalhadora, que vende quentinhas no centro do Rio de Janeiro, vivendo em Piedade, bairro tradicional da Zona Norte da capital.
Representando os brasileiros que lutam e correm atrás, Sol ainda é muito ligada à família, formada pela mãe Marlene (Elisa Lucinda), o marido Carlão (Che Moais) e as filhas Duda (Manu Estevão) e Jenifer (Bella Campos).

Na juventude, por volta dos anos 2000, Sol foi a “princesa do baile” em todos os bailes funks que frequentava, sem que a família soubesse, cantando no coral da igreja desde muito pequena.
A família começa a novela passando por problemas, com a demissão de Carlão causada pela pandemia, quando Sol recebe um convite para trabalhar com Lui Lorenzo, cantor pop, que tenta voltar aos holofotes.

A reviravolta na vida de Sol faz com que ela reencontre Benjamin (Samuel de Assis), sua paixão na juventude, e Theo (Emilio Dantas), de quem guarda más lembranças, uma vez que comanda negócios ilícitos.
Enquanto Theo é marido de Clara (Regiane Alves), Ben se casou com Lumiar (Carolina Dieckmann), com quem construiu uma vida bem-sucedida e reconhecimento na área de direito criminalista.

A faculdade de Direito, por sinal, é o ponto de partida para outros núcleos, como o de Jean Paulo Campos, intérprete do Yuri, líder dos bolsistas da instituição, que enfrenta dilemas morais na sua vivência política estudantil.
Como surgiu a ideia
Durante coletiva para a imprensa, da qual o Zappeando participou, Rosane contou que a ideia para “Vai na Fé” surgiu em 2019, enquanto fazia algumas pesquisas para “Bom Sucesso”, protagonizada por Grazi Massafera.
A personagem da atriz, Paloma, era uma mulher de muita fé. Diante do contexto, Rosane descobriu, através de grupos de pesquisas, que a cada 10 participantes, de 4 a 6 pessoas se declaravam evangélicas.

Isso fez com que pensasse em uma nova trama que fosse orientada pela fé e religião, ponto de partida da construção de Sol, mas que não foca somente nisso, envolvendo vários núcleos diferentes.
“Acho interessante ver como isso [a protagonista evangélica] chamou a atenção da mídia. É um ineditismo? Uma tendência? O que será que faz esse fato chamar a atenção? Tanto a Elisa [personagem de ‘Totalmente Demais’] quanto a Paloma [personagem de ‘Bom Sucesso’] eram mulheres de fé e essas novelas não foram consideradas religiosas”.
Mais personagens
Também complementam o elenco personagens como Wilma (Renata Sorrah), mãe de Lui, que teve uma carreira de sucesso e ficou ressentida em perder oportunidades; Guiga (Mel Maia), estudante de Direito que ganha a vida como influenciadora, além dos melhores amigos de Sol do funk, Bruna (Carla Cristina Cardoso) e Vitinho (Luis Lobianco).

No núcleo da universidade, temos também Bella (Clara Serrão), Otávio (Gabriel Contente), que vem da periferia, além de Simas (Marcos Veras), dono de um bar perto do campus. Entre os integrantes da banda de Lui, se destacam Ivy (Azzy) e Érika (Letícia Salles), demitida ao trair a confiança do cantor, quando começa a trabalhar para o jornalista de fofoca Anthony (Orlando Caldeira).

Dora (Claudia Ohana) e Fábio (Zé Carlos Machado) são os pais de Lumiar, enquanto Sol e Carlão tem também a caçula, chamada Duda (Manu Estevão) que, assim como Jenifer, é neta de Marlene (Elisa Lucinda). Clara e Theo são pais do jovem melancólico Rafa (Caio Manhente) e o pilantra tem como “sócio oculto” Orfeu (Jonathan Haagensen).
Triângulo amoroso
O triângulo amoroso principal acontece entre Sol, Benjamin e Lumiar. Por terem um amor reprimido da juventude, os dois ficam bem balançados ao se reencontrarem, apesar de seus respectivos casamentos. Rosane garante que espera que o público torça por esses casais e vai ficar atenta na repercussão na web.

“Eu sempre acredito em colocar um triângulo amoroso, é um clássico de novela. Eu gosto de colocar os pares românticos para ganhar, sabe, todos. Como é uma novela aberta, a gente vê o que acontece, mas eu nunca escrevo o final, em nenhuma sinopse, em nenhuma novela”.
“A gente está fazendo esse triângulo para ganhar impulso e ganhar hate no Twitter também, claro. Eu gosto disso! Gosto de escrever os personagens porque acho que cada casal tem uma característica romântica. O que atrai aquela personagem na outra personagem, o que faz aquele casal, é desejo, é amor?”, refletiu a autora.
Temas contemporâneos
Além de fé e religião, Rosane garante que outros temas contemporâneos devem ser abordados ao longo dos capítulos. “Como é uma novela aberta, a gente vai trazendo coisas que acontecem, que a gente vê que estão acontecendo na sociedade. O autor tem que procurar o que está latente na sociedade, o que vai gerar conversa, reflexão, sem nunca depositar uma opinião”.

Cota, privilégio, formação ética, moral e profissional são alguns dos temas que permeiam o núcleo do Direito, por exemplo, além da desigualdade social. “A gente vai poder falar de justiça e nossa percepção de justiça que mudou ao longo dos anos, citando como exemplo: assédio sexual. A nossa percepção do que é assédio e do que não é mudou. A gente vai trazer isso também aproveitando as diferentes gerações que a gente tem nessa novela”.
“Vai na Fé” entra para a programação da Globo oficialmente em 16 de janeiro.