Por que Dona Mocinha some de “O Clone”: atriz teve problema de saúde na vida real

Na época das gravações de “O Clone”, que terminaram em 2002, Gloria Perez precisou fazer diversas adaptações na trama devido a uma série de imprevistos ocorridos com o elenco da novela. As mudanças feitas pela autora envolveram a personagem de Ruth de Souza, Dona Mocinha. A atriz teve de ser afastada do folhetim por problemas de saúde.

O que aconteceu com a Dona Mocinha de “O Clone”

A intérprete da mãe de Deusa (Adriana Lessa) e avó de Léo (Murilo Benício) ficou fora das gravações após diagnóstico de hipertensão, ou seja, um quadro clínico de pressão alta. Ruth chegou a ficar internada por dias antes de ser liberada pelos médicos e acabou ficando em casa em repouso durante mais um tempo.

Ruth Souza como Dona Mocinha em
Reprodução/Globoplay

Dessa forma, para resolver o “buraco” na trama, Gloria Perez criou uma nova personagem e escalou Léa Garcia para interpretar a irmã de Dona Mocinha, Lola. Isso aconteceu, de acordo com a emissora, porque a sequência dos acontecimentos exigiu alguém que soubesse de toda a história do clone e que pudesse conviver com Ruth até o final do folhetim quando ela retornasse à novela.

Léa Garcia como Tia Lola em
Reprodução/Globoplay

Ruth acabou se recuperando e participou de diversas produções de sucesso, como “Senhora do Destino” (2004) e do remake de “Sinhá Moça”, em 2006. Em 2018 venceu o 5º Festival Brasil de Cinema Internacional, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel no longa-metragem “Primavera”.

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No ano seguinte, Ruth de Souza morreu, aos 98 anos, diagnosticada com pneumonia. Ela foi a primeira atriz negra a se apresentar no Theatro Municipal do Rio e construiu uma carreira de sucesso nos palcos, na telinha e no cinema, ganhando diversos prêmios. Em 1954, quando tinha apenas 23 anos, também foi a primeira brasileira indicada como Melhor Atriz no Festival de Veneza pela atuação em “Sinhá Moça” (1953).

Já no ano de 2022, Ruth foi premiada in memoriam no Prêmio Ubuntu de Cultura Negra, em homenagem aos 12 pilares da arte preta brasileira, sendo reconhecida pelo legado que deixou depois de partir. A atriz foi uma das responsáveis por abrir espaço para muitos atores negros na teledramaturgia.

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