O remake de “Elas por Elas” traz algumas mudanças em relação à versão original, escrita por Cassiano Gabus Mendes e exibida em 1982, sobretudo pela época em que foi gravada. Diferente do que foi proposto na época, a releitura optou por adaptar detalhes da sinopse, explorando mais os romances, além de outros plots que ficaram esquecidos.
O que muda no remake de “Elas por Elas” da versão original?
Diferente da primeira versão, o remake não foi ambientado em São Paulo. As sete protagonistas vão se reencontrar no Rio de Janeiro. Outra mudança é que a história vai explorar mais os romances, principalmente por causa da faixa horária, além de mostrar mulheres mais independentes.
“É uma releitura que mantém o espírito da novela original, que é um espírito leve, de comédia. A gente trouxe mais complexidade às tramas individuais. Vai ter mais romance do que na novela original, alguns conflitos mais dramáticos”, adiantou Thereza Falcão, durante coletiva para a imprensa, da qual o Zappeando participou.
De acordo com Thereza, hoje, as mulheres são apresentadas como “multitarefas” no remake, o que não acontecia no passado, quando ficavam mais dedicadas aos afazeres domésticos. Mais de 40 anos depois, a autora, que escreve a novela com Alessandro Marson, não poderia deixar de ambientá-las à nova realidade.
“A grande sacada da novela que foi nos anos 80 e continua sendo hoje, é o multi protagonismo feminino, a maioria do público é formado por mulheres. Você ter uma história com 7 mulheres protagonistas, de diversas classes, formações, uma solteira, outra casada, sem marido, com filho, tem uma gama muito forte”, comentou o autor.
Empolgados com o plot do reencontro, que agitou as telinhas em 82, Thereza acrescentou ainda: “É a oportunidade de olhar para o passado, do que fiquei devendo daquela vida que planejei, eu acho que isso é uma coisa que aparece muito a partir desse reencontro e que vai dar uma afinidade, todas essas vidas vão ganhar uma nova guinada, um novo ritmo”.
“Essa novela vai trazer uma velocidade, uma apresentação das tramas, que é um pouco inédita do horário das 18h”, adiantou ainda. “Eu tenho ficado muito impressionada ao ver a edição, ela tem um formato que é muito diferente da característica das novelas”, concordou a diretora artística, Amora Mautner.
O remake, que trabalha com liberdade artística por ser uma releitura, mostra as mulheres mais empoderadas e aposta em maior diversidade no elenco em comparação à época em que foi ao ar pela primeira vez. Thereza optou ainda por entregar novos nomes ao elenco principal.
“A ideia de trocar os nomes ajuda na ideia da releitura. Vamos dar uma sacolejada nesses nomes porque ninguém é exatamente quem era, é inspirado em quem era. A adaptação das histórias, dos personagens, foi acontecendo a partir da própria necessidade da grande trama. Todos eles foram sofrendo essas mudanças e novos rumos”.
“A gente tem uma obra tão impotente, tão bem elaborada, que qualquer mudança tem que ser bem pensada, mas a gente não pode exibir a novela como ela era, tem mais de 41 anos. O mundo muda, as pessoas são outras, as mulheres especialmente, são muito mais multitarefas e muito mais inseridas no mercado de trabalho”, reforçou Alessandro.
“Você falar de 7 protagonistas da forma como era seria impossível e até irresponsável. Outra força de ‘Elas por Elas’ que agt vai tentar levar é que muitas coisas não tinham consequências (na original), algumas desas coisas a gente vai trazer para hoje e ver as consequências disso, vai ser um exercício bem interessante”, finalizou o autor.
“Elas por Elas” estreia em 25 de setembro na Globo.
