Na trama de “Pantanal”, Levi (Leandro Lima) se envolve com Muda (Bella Campos) em uma relação que vai à beira da loucura, uma obsessão que se mostra extremamente perigosa para ambos personagens.
Apesar de ter medo do peão no início do contato, a moça sente uma atração pelo rapaz e “dá corda” ao relacionamento — o que faz com que o vaqueiro se interesse ainda mais pela forasteira e não consiga tirá-la da cabeça de jeito nenhum.
“É uma relação que surge de um encantamento do Levi e vira uma obsessão. Ele tem uma coisa física pela Muda que é correspondida”, disse Leandro Lima em entrevista ao Zappeando. Para o ator, a história de assédio do remake da TV Globo, por mais que seja difícil de ser contada ao público, é importante para alertar sobre relacionamentos tóxicos.
Relação de Levi e Muda em “Pantanal”
Assim como na versão original de “Pantanal”, que foi ao ar na Manchete em 1990, Muda vive paixões com dois peões de Zé Leôncio (Marcos Palmeira): Levi, por quem sente uma intensa atração, e Tibério (Guito), por quem sente admiração e até enxerga como uma figura paterna.
Mas a relação da amiga de Juma Marruá (Alanis Guillen) com Levi não será nem um pouco agradável à personagem: ela tem um relacionamento tóxico com o peão — que por não ter recebido muito carinho durante a infância, não sabe lidar com sentimentos e é um tanto quanto bruto.
“Tudo começa com uma atração, um envolvimento, porque são poucas as mulheres no Pantanal. E então o Levi desenvolve uma obsessão pela Muda e fica louco com isso”, analisou Leandro Lima, intérprete do personagem, ao Zappeando.
“O Levi tem o papel de alertar como começa uma relação tóxica, um assunto bastante falado hoje em dia. É bom dar luz a isso para que as pessoas percebam que um relacionamento que começa abusivo dificilmente vai ter uma reviravolta para o bem”, continuou o ator.
Caso siga a mesma história da primeira versão, o remake de “Pantanal” mostrará a morte de Levi após o personagem ameaçar a vida de Muda. Na trama original, Juma atira no peão para defender a amiga das investidas do pantaneiro. Mesmo ferido, ele consegue fugir da menina-onça, mas no caminho encontra Tibério: os dois se enfrentam, Levi cai em um rio e é atacado por piranhas.
O peão de Zé Leôncio é um dos papeis mais difícieis da carreira de seu intérprete — que tem no currículo produções como “Joia Rara” (2013), “Belaventura” (2017) e “Coisa Mais Linda” (2019-2020). No entanto, ao mesmo tempo é uma figura que aborda temas importantes e que necessitam ser evidenciados nos tempos atuais.
“Uma das maiores dificuldades de encarar o Levi foram as características dele [machismo e homofobia, por exemplo]. Mas esse personagem de 1990 existe até hoje. Na realidade das cidades grandes, onde as pessoas buscam mais informação, não se vê tão escancarado. Mas o Brasil profundo é maior do que as grandes metrópoles e esse comportamento ainda está lá”, finalizou Leandro.