Autor de “Pantanal” explica por que não mudou a história de Trindade: “Virei persona non grata”

Convidado especial do “Encontro” desta quarta-feira (31), Bruno Luperi, o autor de “Pantanal”, enfim explicou ao público o motivo de Trindade (Gabriel Sater) não ter a sua história modificada no remake da novela. Um dos personagens mais queridos da trama, o peão deixou a fazenda de Zé Leôncio (Marcos Palmeira) pensando no bem estar de Irma (Camila Morgado) e do filho do casal.

Por que a história de Trindade não mudou no remake de “Pantanal”?

Trindade (Gabriel Sater) em
Globo/João Miguel Júnior

Em certo ponto do “Encontro”, Bruno Luperi respondeu perguntas da platéia sobre a trama de “Pantanal”. O autor, que é neto de Benedito Ruy Barbosa, é responsável pela adaptação do roteiro original da novela, que foi ao ar em 1990 na TV Manchete.

E uma das dúvidas de milhões dos espectadores era sobre Trindade: afinal, o personagem pode retonar para a reta final da trama?

“O Brasil fez uma campanha para o Trindade ficar na novela. Eu virei persona non grata por conta disso”, brincou Luperi.

“O Trindade é um personagem cativante. Eu sou apaixonado por ele pela sua concepção. Na adaptação, acho que ele ganha requintes de muita sensibilidade. Nós trabalhamos várias camadas dele. E o trabalho do Gabriel [Sater] é excepcional!”, continuou o autor.

Eugênio (Almir Sater) e Trindade (Gabriel Sater) em
Reprodução/Globoplay

Apesar de todos os elogios, Luperi explicou o motivo pelo qual o peão não voltará ao remake: o roteiro de “Pantanal” já estava 100% escrito antes do início das filmagens e não havia como saber que Trindade cairia nas graças do público.

“É muito duro que isso [a saída do personagem] aconteça. Mas a novela foi filmada durante a pandemia [de Covid-19] e o Pantanal tem o regime das águas, da seca e da cheia. Então nós precisávamos da novela toda escrita antes de ir ao ar, porque dependendo das condições climáticas a gente não conseguiria gravar”, revelou.

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