Você se lembra de todos os dramas que envolveram a novela “A Favorita”? Saiba que a produção de 14 anos atrás, que virou reprise da Globo pela primeira vez em 2022, traz muito mais curiosidades de bastidores do que você imagina.
A trama de João Emanuel Carneiro, lançada em 2008, dividiu a opinião do público durante meses: afinal, quem era a vilã e quem era a mocinha da história? Além das telinhas, muitos detalhes surpreendentes envolveram o folhetim. Acompanhe:
Curiosidades que marcaram a novela “A Favorita”
Preparação de Claudia Raia
Claudia Raia deu vida à personagem Donatela, que fazia dupla com Flora (Patrícia Pillar), quando era jovem. Anos mais tarde, a protagonista continua sendo julgada pela audiência como uma “vilã vestida em pele de cordeiro”.
O que você talvez não saiba é que a atriz teve ajuda da instrutora de dramaturgia Rosana Garcia (a primeira Narizinho do “Sítio do Picapau Amarelo”), assim como do ator Cacá Carvalho na preparação da personagem. Isso porque, na época, Claudia tinha interpretado poucos papéis dramáticos na carreira.
“Era preciso construir uma mocinha com ares e atitudes de vilã, mas que lá na frente fosse coerente. Foi bem difícil, mas muito excitante para nós atores. A Donatela é uma mocinha fora dos padrões, dura, pesada e tudo isso foi muito diferente de tudo o que eu já tinha feito”, declarou a atriz, ao jornal O Globo.
Patrícia Pillar no presídio
Que Patrícia Pillar deu um show interpretando a vilã não é novidade: o que chama atenção é a maneira como a atriz construiu a personagem. Muito antes das gravações, a intérprete da protagonista fez alguns laboratórios imersivos para dar ainda mais credibilidade à Flora.
Um deles foi uma visita à Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, no Rio de Janeiro. Por lá, ela pode entender de perto o dia a dia das detentas — e a sensação de estar em uma nova perspectiva de vida. Além disso, Patrícia também contou com um time de peso para criar a personagem assassina: a psicanalista Katia Achcar e a instrutora de dramaturgia, Paloma Riani.
Jackson Antunes foi agredido na rua
Jackson Antunes, intérprete de Léo em “A Favorita”, viveu um homem rude e sem escrúpulos que agride a mulher verbalmente e fisicamente na ficção. O personagem era tão malvado que fez com que o ator sofresse com isso na pele fora das telas.
Antunes foi vítima de agressão enquanto caminhava pelas ruas do Rio de Janeiro. Ele, que sofria de trombose na perna esquerda, foi abordado por um homem alterado que o derrubou em uma banca de revistas. Por causa da queda, o ator teve que ficar três dias internado no hospital.
Tendências de moda e beleza
A novela durou sete meses na grade de programação da TV Globo, tempo que foi suficiente para que algumas tendências surgissem com força total. O corte de cabelo da personagem Lara (Mariana Ximenes), por exemplo, fez com que os telefones da Central de Atendimento do Telespectador (CAT) não parassem de tocar.
Outro destaque ficou por conta das camisas espalhafatosas de Dodi (Murilo Benício). Com cores intensas e uma leve inspiração em Agostinho Carrara (“A Grande Família”), as roupas do personagem também caíram no gosto popular.
Participação de Faustão
O apresentador Faustão foi convidado para fazer uma participação em “A Favorita”, por ninguém menos que João Emanuel Carneiro, autor do folhetim. Fausto surgiu na cena em que Cassiano (Thiago Rodrigues) e Augusto César (José Mayer) cantam uma música no programa “Domingão do Faustão”.
Novela premiada
A trama cheia de reviravoltas até mesmo no último capítulo fez com que a novela se tornasse inesquecível. Não é à toa que o folhetim ganhou dois prêmios APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Ambos em 2008, ano em que a novela foi ao ar. A produção foi premiada na categoria de melhor autor para João Emanuel Carneiro e melhor atriz para Patrícia Pillar que deu vida à Flora.
Trama vira paródia de humor
Para encerrar, até mesmo o extinto “Casseta e Planeta, Urgente!”, que era exibido logo após a novela, fez o maior sucesso com uma paródia ao folhetim. Na época, eles traziam alfinetadas em forma de humor dos assuntos mais polêmicos do Brasil, em “A Periquita”. Quem não se lembra da “Couve-Flora”?