10 curiosidades dos bastidores de “Pantanal”: desafios dos atores, mudanças e mais

por | abr 11, 2022 | Novelas

O lançamento de “Pantanal” vem gerando muitas expectativas desde o segundo semestre de 2021, quando foi anunciado que a produção ganharia um remake na TV Globo. Após mais de 30 anos, a novela contará a mesma história de sucesso com um novo tom e ainda mais pautas importantes.

Para isso, a superprodução contou com muitas viagens, mudanças, adaptações e, neste período, também gerou muito aprendizado e reflexão para os atores. Confira algumas das curiosidades dos bastidores do novo folhetim!

Curiosidades dos bastidores de “Pantanal”

Ajuste de tom de pele

Karine Teles passa a interpretar Madeleine na segunda fase de
Globo/ João Miguel Júnior

Para que a transição entre primeira e segunda fase seja perfeita, não basta apenas que duas atrizes se pareçam fisicamente, todos os detalhes têm que ser exatamente iguais!

Convidada para viver Madeleine depois que Bruna Linzmeyer já havia começado a gravar a primeira fase, Karina Teles contou em uma coletiva de imprensa que precisou passar por adaptações.

“Eu fiz um bronzeamento artificial, uma coisa que eu nunca tinha feito, aquele a jato né? Para deixar o meu tom de pele mais parecido com o da Bruna e isso fez uma diferença gigantesca. Uma coisa super sutil, quem vê a Madeleine nunca pensa que tem o bronzeamento artificial, mas para mim e para o resultado da imagem fez muita diferença”

Considerando importantes as mudanças para a construção do personagem, apesar do estranhamento inicial, Karine revelou sentir saudades. “Eu demorei muito tempo para me acostumar. Eu passava pelo espelho e me perguntava: ‘Meu Deus, quem é essa pessoa?’ Agora não tenho mais o bronze e tô sentindo falta”, brincou a atriz.

Em qual mão usar o relógio?

Gustavo passará a ser vivido por Caco Ciocler na segunda fase de
Globo/ João Cotta l Globo/ João Miguel Júnior

Pode parecer um simples detalhe, mas após a transição de uma fase para outra algumas pessoas podem questionar o porquê de Gustavo sempre mudar o relógio de braço. O motivo? Foi uma falha na comunicação entre Gabriel Stauffer e Caco Ciocler, já que o ator da primeira fase se esqueceu de avisar que era canhoto.

“Essa história foi muito engraçada! Ele [Gabriel] foi um fofo, porque ninguém me avisou que ele era canhoto. Eu já tinha feito cenas escrevendo com a mão direita, usava o relógio na mão esquerda, aí a gente estava trocando mensagens e ela falou: ‘Te avisaram? Eu esqueci de falar que eu uso o relógio na mão direita'”.

Sem alternativas, os atores preferiram olhar pelo lado de que Gustavo aprendeu a ser ambidestro, sempre variando o lado em que escreve e utiliza o relógio.”Mas se alguém reparar isso, é porque, realmente, estamos fazendo alguma coisa errada”, concluiu Caco.

Árvore do Pantanal

Árvore da casa de Maria Marruá (Juliana Paes) foi levada do Pantanal para o Rio de Janeiro.
Reprodução/ Globoplay

Mesmo que boa parte das gravações tenham sido feitas no Pantanal, algumas cenas serão gravadas nos estúdios Globo. Para isso, a parte interna das residências pantaneiras foram reproduzidas em cenários extremamente realistas.

Para deixar tudo ainda mais verídico, a produção da novela ainda fez questão de trazer uma árvore diretamente do Pantanal para introduzi-la na casa de Juma (Alanis Guilen) e Maria Marruá (Juliana Paes), aumentando ainda mais o clima do bioma mais importante do Brasil.

“Me dá um papel?”

Tibério (Guito).
Globo/ João Miguel Júnior

A notícia de que uma das produções mais marcantes iria ganhar um remake não animou apenas o público, como também os atores que fizeram questão de garantir uma vaguinha na novela.

Fã de carteirinha da trama, Guito fez de tudo para estar presente no elenco. Músico, ele se apaixonou pela primeira versão da história. “Às vezes, as pessoas me perguntam como que eu entrei para essa novela e eu falo que eu treinei para ela a vida inteira”, brincou em entrevista ao “Globo Repórter”.

“Eu assisti cinco vezes essa novela, ela fez parte da minha vida, eu e meus irmãos brincávamos de ser os personagens”, ainda revelou. Ao saber da nova versão, o músico enviou alguns vídeos para a produção da trama. “Eu falei: ‘Eu quero fazer todos os testes possíveis, porque os textos eu já sei de cor”, afirmou o intérprete de Tibério.

Por sua vez, Juliano Cazarré não pensou duas vezes antes de lutar por seu papel em “Pantanal”. Outro admirador da história, assim que ficou sabendo, o ator correu para falar com os responsáveis por selecionar os talentos.

“Quando eu soube que a novela ia acontecer, eu entrei em contato com a direção da casa, com o pessoal que administra os talentos e falei ‘eu gostaria muito de participar, eu faço qualquer coisa que vocês precisarem na novela, queria muito tá junto”, confessou.

Durante a coletiva de imprensa, o ator revelou que sempre teve o sonho de trabalhar com Benedito Ruy Barbosa, autor da primeira versão, e vê nesta trama a oportunidade de entrar em contato com um dos maiores trabalhos dele.

Áudio de ambientação

Camila Morgado como Irma na segunda fase de
Globo/ João Miguel Júnior

Relembrando os momentos que teve no Pantanal, Camila Morgado falou sobre a experiência de chegar até lá – uma das partes mais difíceis da viagem. Mesmo assim, a atriz confessou ter sido essencial visitar o real protagonista desta novela, algo que mudou completamente a sua forma de encarar sua personagem, Irma.

E o seu encantamento pelo Pantanal foi tanto, que a artista sentiu necessidade de trazer com ela uma de suas maiores lembranças, para ajudar nas gravações dos estúdios a se recordar do sentimento de estar em meio àquela natureza.

“Para mim me marcou a quantidade de pássaros. Eu me lembro que quando estávamos na fazenda e precisávamos falar no telefone, não dava. Às vezes, não tinha nada, nem para se comunicar direito, porque a quantidade de pássaros era tamanha que a gente não conseguia falar”, recordou.

“Eu cheguei a gravar isso, esses barulhos todos, porque eu pensei: ‘quem sabe quando eu for para o estúdio, para poder me lembrar um pouco do que é o Pantanal, porque a gente vai ficar muito tempo longe’ e, realmente, lá é um lugar mágico”, afirmou.

Menos impacto ambiental

Com 120 profissionais se movendo até o Pantanal para realizar as gravações, uma das maiores preocupações da produção foi reduzir o impacto ambiental que eles poderiam causar.

“Missão grande, que faz parte de um projeto nosso, que a gente não interferisse em absolutamente nada, a gente sabe exatamente o quanto a gente produziu de lixo, o quanto de combustível a gente utilizou, o que de alimentação a gente usou. A gente tem esse controle”, revelou Andrea Kelly, gerente de produção, ao “Globo Repórter”.

Desde copos reutilizáveis até a reciclagem do lixo, tudo foi pensado. Todo material descartado pela produção foi levado para a cidade de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, onde ganhou uma nova função.

E a preocupação não parou por aí! De acordo com Camila Schindler, gerente da fazenda onde foram feitas as gravações, todos tomaram cuidado para não fazer muito barulho e atrapalhar a vida local.

“Buscamos não correr com os carros de uma fazenda para a outra, de não transitar rapidamente no rio, para não fazer ondas, que podem fazer erosões e estragar o rio. Então a gente tenta não fazer barulho demais para não assustar os bichos”, detalhou.

Ator que burlou as regras

Renato Góes é José Leôncio na primeira fase de
Globo/João Miguel Júnior

Protagonista da primeira fase da novela, Renato Góes desrespeitou uma das recomendações da produção de que não deveriam levar ou receber ninguém de fora no Pantanal. Mesmo assim, com saudades de sua esposa, a também atriz Thaila Ayala, ele deu um jeito de encontrá-la no local.

“Perguntei ao Almir Sater se dava pra ela ir escondidinha pra casa dele. A Thaila foi direto pra lá e ela estava grávida de seis meses. E chegando no Pantanal, soube que o Paulo Gorgulho (que interpretou José Leôncio na trama original), quando foi fazer a primeira versão, também levou a mulher dele escondidinha pra casa do Almir e ela também estava grávida de seis meses. Aquilo já foi mágico, já teve uma experiência muito legal”, confessou.

Ator e anfitrião

Eugênio (Almir Sater)
Globo/ João Miguel Jr.

Parte do elenco da primeira versão, assim que conheceu o “Pantanal”, Almir Sater se apaixonou pelo lugar e decidiu ficar, se tornando um verdadeiro pantaneiro. Depois de 32 anos, o músico retornou para o elenco da novela e ainda foi responsável por hospedar parte da produção em sua fazenda.

“Foi uma surpresa muito grande quando, de repente, umas 12 pessoas da Globo desembarcaram na minha fazenda. Foi muito bom! O pantaneiro é muito isolado, então, quando chega visita, as pessoas ficam muito felizes”, afirmou.

No local, o clima foi de muita descontração, com todos dividindo quartos e passando por momentos memoráveis – incluindo inúmeros perrengues.

Quase um pantaneiro

Tadeu (José Loreto)
Globo/João Miguel Júnior

Mais do que assumir um papel, José Loreto mergulhou de cabeça na vivência de um pantaneiro. Responsável por interpretar Tadeu, o ator revelou ter aprendido muito com os peões do local, além de ter se apaixonado completamente pela vida no Pantanal.

Habituado à rotina, o ator pegou gosto pelas tarefas diárias de um peão, tendo dificuldade apenas em acordar no mesmo horário que os pantaneiros. “4h da manhã tem que chamar ele lá, porque se não, ele não acorda”, revelou Bruno Siqueira, um campeiro da região.

“Essa vivência com os peões que me deu essa poesia do homem do campo. Logo nos primeiros dias, pediram para eu laçar um boi. Eu tentei 10 vezes e consegui na décima”, lembrou o ator.

“Ele montou ali de brincadeira, ele preparando o boi para montar e eu perguntava se ele não tinha medo. Ele me respondeu: ‘nois não tem medo do medo, o medo que tem medo de nois’, aquela poesia vai dando ar, camadas, vão enchendo as nossas gavetas”, refletiu o ator.

Nas horas vagas… fotógrafo

Juliano Cazarré usou seu tempo livre no Pantanal para fotografar.
Reprodução/ Globoplay

Além de ator e de dar vida a Alcides na trama, Juliano Cazarré aproveitava o seu tempo livre nas gravações para se dedicar a um de seus grandes hobbies: a fotografia. Saindo pelo Pantanal afora, o artista fez diversos registros da vida local, provando ter muito talento.

“Eu sou um fotógrafo amador, mas é muito bom quando você acerta o momento. Aonde você aponta, tem uma foto para ser feita ou é um bicho diferente”, afirmou Juliano para o “Globo Repórter”, fazendo questão de ressaltar a beleza infinita do Pantanal.

“Pantanal”