Saiba 10 curiosidades sobre “Vício Inerente”

“Vício Inerente” foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, mas saiu de mãos abanando da premiação. De qualquer forma, o filme merece ser visto porque foi feito por Paul Thomas Anderson, um dos cineastas mais relevantes da atualidade, que se destacou com “Boogie Nights”, “Magnólia” e “Sangue Negro” e já foi deixado de lado pela Academia com o ótimo “O Mestre”, um dos últimos de Philip Seymour Hoffman, que trata da Cientologia, religião adotada por muitas estrelas do showbusiness norte-americano. Agora o diretor volta com uma história tirada do livro homônimo de Thomas Pynchon, um de seus escritores favoritos. No centro do filme está o detetive particular Larry “Doc” Sportello, um detetive particular de uma cidade fictícia da Califórnia que tem problemas com as drogas.

1 – O figurino do personagem Coy Harlingen, de Owen Wilson, foi inspirado no saxofonista do Muppet Babies. Já o personagem infantil teve uma livre inspiração de Dennis Wilson, dos Beach Boys.

2 – Antes da estreia, a aposta do elenco para uma indicação ao Oscar de Melhor Coadjuvante era por Josh Brolin. Mas no final das contas quem ganhou a indicação e está em alta é Martin Short, que está na (provavelmente) melhor cena do filme. De qualquer forma ele não levou a estatueta.

3 – O filme tem uma música nova do Radiohead, mas não é tocada pela banda. “Spooks”, inédita, foi apresentada pela banda em um show de 2006. A versão do filme de Paul Thomas Anderson foi gravada pelo Supergrass.

4 – “Vício Inerente” é a primeira adaptação de um romance de Thomas Pynchon para o cinema. Paul Thomas Anderson admitiu que não queria que ninguém mais adaptasse obras do escritor, pois se sente muito conectado a ele, com sentimento de posse até.

5 – Apesar de ser sua segunda adaptação de literária (a primeira foi o filme “Sangue Negro”, baseado no livro “Petróleo”, de Upton Sinclair), Paul Thomas Anderson vê “Vício Inerente” de uma forma completamente diferente. “Petróleo eu não senti como uma adaptação, porque o livro é gigante e nós só fizemos as primeiras páginas, de verdade. Foi libertador; não me senti responsável em reproduzir o livro; eu estava apenas roubando dele. Já com o livro de Pynchon eu senti uma obrigação muito forte de fazer direito. Fiquei muito nervoso por qualquer sílaba.”

6 – A caracterização do personagem interpretado por Josh Brolin, Lt. Det. Christian F. “Bigfoot” Bjornsen, foi inspirada (para não dizer roubada) de um policial de Los Angeles que deu uma entrevista para a TV na época em que Charles Manson e sua seita mataram Sharon Tate (então mulher do cineasta Roman Polanski) e outras quatro pessoas em 1969.

7 – Paul Thomas Anderson dirige sua mulher, Maya Rudolph, e relatou a experiência de maneira bem humorada. “Foi ótimo, foi fácil. Se puder ter algumas horas com ela para dizê-la o que fazer e ela o fizer, eu recomendo.”

8 – O pai do diretor Paul Thomas Anderson foi o primeiro no bairro a ter um videocassete, ainda nos anos 70. Por conta disso, o cineasta teve acesso a muitos filmes desde pequeno, o que contribuiu muito para sua formação.

9 – Enquanto muitos diretores (como Steven Spielberg) começaram filmando com câmera Super-8, Paul Thomas Anderson começou com simples câmeras de vídeo e editava seus primeiros “exercícios de direção” com dois videocassetes.

10 – Parte do DNA artístico de Anderson vem do pai, que por algum tempo comandou um show de horror em Cleveland.