
Sadismo é sentir prazer ao torturar ou ver outra pessoa sofrer danos físicos ou psicológicos. O cinema (sobretudo o de terror) tem demonstrado saber capitalizar isso muito bem para oferecer filmes inquietantes.
Pensando em filmes com estilo mais clássico, veja a lista das 10 películas mais sádicas da história:
Saló ou 120 dias de Sodoma
O último filme de Pasolini (assassinaram-no antes da estreia) está na linha tênue que separa obras-primas de pura provocação. Certeza é que a história, baseada em um livro de Marquês de Sade, não deixa de ser uma representação crua do que foi o poder personalista durante a Segunda Guerra Mundial.
Na república de Saló, criada por Mussolini para os nazistas e fascistas, dão expediente o Presidente, O Duque, O Bispo e O Juiz e seu séquito. Ali submeteram um grande número de jovens sequestrado a descer aos mesmos círculos do inferno, onde a maldade pura não tem limite. Estupros, torturas, coprofagia (comer fezes) compões algumas das cenas explícitas deste filme polêmico.
Louca Obsessão
Mais um romance que saiu da cabeça de Stephen King e se transformou em um clássico do cinema. A perturbada enfermeira Annie Wilkes tem uma perversa forma de demonstrar seu carinho ao seu escritor favorito, que inclui martelos e tornozelos quebrados, entre outras coisas.
Violência Gratuita
O diretor Michael Haneke já havia demonstrado seu lado sádico em “Vídeo de Benny”. Mas com “Violência Gratuita” (tanto a versão austríaca quanto a norte-americana) o cineasta se coloca como mestre da crueldade.
Dois jovens “corretos” fazem uma família refém dentro de sua própria casa e os submetem a uma das piores sessões de torturas psicológicas e físicas da telona.
A Paixão de Cristo
O diretor Mel Gibson se esmeirou nas cenas do sofrimento de Jesus antes de ser crucificado, fazendo-as o mais sangrentas e realistas possível. Mas além das polêmicas religiosas que suscitou quando estreou, a película sem dúvida será lembrada por conter algumas das tomadas mais cruas do cinema bíblico, subgênero revitalizado recentemente com Noé, de Darren Aronofsky.
Para Sempre Lilya
Porque nem tudo é cinema de terror. “Para Semrpe Lilya” é um drama ainda mais brutal que alguns dos outros filmes desta lista. Sem revelar muito da trama, pode se resumir que estamos no calvário de uma garota da Estônia, abandonada à própria sorte pela mãe. E sua sorte não poderia ser pior, já que vai a Suécia com a promessa de um trabalho e cai nas garras de um cafetão muito violento.
A película, narrada do ponto de vista de Lilya, gira em torno da busca da jovem pela felicidade, cujas chances diminuem à medida que o tempo passa. O sadismo está na inquietante verossimilhança do filme. Acontece o tempo todo, em qualquer lugar.
O Albergue
Consequência da saga de “Jogos Mortais”, “O Albergue” era inevitável. Por sorte, este é um filme divertido, surpreendente e com uma história interessante de pano de fundo. O diretor Eli Roth (O Urso Judeu, de “Bastardos Inglórios”) pesquisou e descobriu uma moda macabra em lugarejos de Europa e Oriente em que a classe alta pagava grandes quantias de dinheiro a famílias pobres para poderem executar um dos membros de cada família com um tiro em uma cabana nas cercanias da cidade.
Roth quis fazer um documentário sobre isso, mas sua própria vida correu perigo na hora de filmar tão poderoso projeto. Por isso desistiu e decidiu pela ficção. Conseguiu ajuda financeira com seu amigo Quentin Tarantino e conquistou o mundo com seu estilo selvagem.
https://www.youtube.com/watch?v=ptWqZ_zsV34
Jogos Mortais III
O primeiro filme da franquia foi um dos últimos hits das locadoras, recomendada no boca a boca. A sequência seguiu a lógica hollywoodiana de conseguir sucesso na carona do sucesso da primeira.
Já no terceiro pode se dizer que oficializou o pornô-tortura como um subgênero de massas, apto para quase todos os públicos. Nesta sequência os jogos são mais sofisticados, mais sangrentos e com maior número de vítimas, como argumento coerente ao primeiro filme.
A Menina da Porta ao Lado/A Garota da Casa ao Lado
Esta pequena joia oculta do cinema de terror retrata o calvário de Meg Loughlin, uma adolescente que fica aos cuidados de sua instável tia Ruth e seus jovens filhos.
Gradativamente, Ruth encontra em Meg a quem castigar por todos seus erros passados. E faz os filhos de cúmplices, que diante da autorização de um adulto, não encontram limites para a crueldade. Um filme muito forte, tanto física como economicamente.
Martyrs
Sem dúvida um dos filmes mais impactantes de todos os tempos. Mesmo que o título adiante algo que vamos encontrar na história, a estrutura narrativa original consegue que a “martirização” nos pegue desprevenidos. Os últimos minutos são tão difíceis de ver quanto esquecer.
Doce Vingança
O estupro e vingança é todo um subgênero em si, com regras próprias restritas, mas cuja base é o sadismo, tanto da vítima quanto do agressor. A maioria destes filmes mostra como uma moça bonita é estuprada e torturada até ser dada como morta por um grupo de homens selvagens. Mas a heroína não morre, e pouco depois volta para cobrar uma sanguinária vingança, na mesma proporção do ataque que sofreu por cada um dos membros do grupo e quer se assegurar que estão todos mortos.
Na enorme lista de títulos neste estilo, talvez o remake de “Doce Vingança” seja mais representativo, já que mantém a história clássica e melhora algumas questões que em outros casos tendem ser negligenciadas em detrimento aos sustos, como as atuações.