“O Poço 2” ganhou final surpreende em conexão com o primeiro filme que muda tudo
“O Poço 2”, filme da Netflix que estreou como sequência do suspense de 2020, surpreendeu pelo final. Apesar de entregar uma outra visão sobre o poço, o filme, que acompanha novos moradores, se revelou um prelúdio por uma cena específica – que provou inúmeras reações. Entenda o que acontece!
Final explicado de “O Poço 2”: o que acontece
O primeiro filme apresenta Goreng (Iván Massagué), um homem que se juntou voluntariamente a uma prisão em uma torre para subir na escala social. No local, uma plataforma que carrega comida desce de um andar a outro, favorecendo o primeiro e matando o último de fome.
Em “O Poço 2”, a plataforma aparece cheia de comida aos presos, com foco nas histórias de Perempuán (Milena Smit) e Zamiatín (Hovik Keuchkerian). Os dois acabam se conectando, eventualmente. No entanto, uma regra de funcionamento onde os prisioneiros só podem comer o alimento que escolheram na entrevista orienta o sistema.
A regra, frequentemente desrespeitada, foi estabelecida para o bem comum, para que cada um possa se alimentar. Porém, prisioneiros egoístas e agressivos atrapalham a dinâmica. No decorrer do filme, Zamiatín morre e Perempuán, como resultado, decide liderar uma rebelião, com a ajuda de outra aliada, que não sobrevive a uma descida da plataforma.
Nesse meio tempo, Perempuán procura e encontra uma obra, “O Cachorro” de Francisco de Goya, da série de “Pinturas Negras”, com pinturas do artista, em suas próprias paredes, entre 1819 e 1823, enclausurado do mundo exterior.
A obra, além disso, representa a sua tristeza face à situação social e política do seu país na época. O filme, dessa forma, remete à arte para alegoria social sobre a decadência de uma humanidade que morre de fome. Portanto, se torna uma espécie de fuga para Perempuán.
Final de “O Poço 2” revela que filme é um prelúdio
Nos momentos finais de “O Poço 2”, Perempuán ingere um pedaço da pintura de Goya e se finge de morta para conseguir fugir, se juntando aos demais corpos retirados pelos auxiliares da prisão.
A prisioneira, durante a despedida, leva ainda uma criança, que encontra em uma das celas. No primeiro filme, Goreng também salvou a filha de Mirahu. O filme, em seguida, apresenta um flashback ao mostrar outros prisioneiros resgatando os menores da prisão.
Perempuán, que é, portanto, sua ex-companheira, entrou na prisão por vontade própria, para superar sua culpa pela morte do filho de Goreng. Uma vez que os dois já se conheciam, os fatos mostrados pelo filme aconteceram antes do original, tornando-o um prelúdio.
“Quando fizemos o primeiro filme, obviamente era um filme independente”, declarou o diretor e roteirista, Galder Gaztelu-Urrutia, ao AlloCine. “Não pensávamos que haveria uma sequência, mas enquanto trabalhávamos no segundo, sentimos que o primeiro não era totalmente compreendido sem o segundo, então agora os dois se unem perfeitamente e amplificam o universo de O Poço para formar uma experiência completa”.
“Perempuán é quem desencadeia uma revolução contra essas normas e sai do universo absolutamente anárquico que encontramos no primeiro filme”, revelou ainda.
Os dois filmes estão disponíveis na Netflix para assinantes.