“Entre Realidades” estreou no catálogo da Netflix para confundir a mente de todos que assistiram. Cheia de mistérios e reviravoltas, o suspense estrelado por Alison Brie termina com mais perguntas do que respostas – e haja teorias para tentar compreender tudo.
O filme começa mostrando o dia a dia de Sarah (Alison Brie), que claramente tem dificuldades em socializar e parece ser uma mulher solitária. Daí para frente, a trama mostra a protagonista cada vez mais descolada da realidade e o filme começa a brincar com a percepção de tempo e espaço.
Filme “Entre Realidades”: explicação

São várias a interpretações possíveis, mas a mais clara é de que o que acompanhamos durante o filme é o agravamento do transtorno psicótico de Sarah. No final, vemos que ela está há dias internada em um hospital (embora não tenha percebido) e que a garota que ela via em seus sonhos, por exemplo, também era uma das pacientes do hospital.
Além disso, Sarah explica ao médico o história de saúde mental de sua família: a avó foi diagnosticada com esquizofrenia e a mãe, depressiva, suicidou. Junto com outros pontos do filme, como o sonambulismo, tudo leva a crer que a personagem esteve dentro do hospital e alucinando durante a maior parte do tempo.

Em entrevista à Vulture, Alison Brie, que também assina o roteiro, falou sobre suas experiências pessoas com esse tipo de transtorno. Além de lutar contra a depressão, ela revelou que, assim como sua personagem, a avó também foi vítima de esquizofrenia.
“Pouco antes de escrever a história, comecei a perceber que minha meu medo era de ter um transtorno mental estar no meu sangue. Quando isso começa a se manifestar? Eu teria a consciência de que estava acontecendo?”, pontuou.
Teoria da conspiração

Por outro lado, o filme deixa – propositalmente – algumas pontas soltas que podem indicar que Sarah realmente passou por uma experiência sobrenatural. O principal indício para isso seria a cena final, em que Joan (Molly Shannon) vê um cavalo passando na rua.
A cena é exatamente igual ao início do filme, o que pode ser um indício de que a percepção de Sarah sobre o looping no tempo ser real. Ao final da trama, ela deixa de acreditar que é um clone da avó e passa a pensar que é a própria avó, como se estivesse fazendo parte de um ciclo.

Na entrevista, Alison Brie não descartou essa possibilidade. “Com certeza. Esperamos que as pessoas interpretem de várias formas. Eu me arrisco até a dizer que eu eu Baena [roteirista] temos visões diferentes sobre o que é a verdade no filme”, disse.
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