Adicionado recentemente ao catálogo da Netflix, “Escolha ou Morra” é uma opção para os amantes de filmes de terror, contando com Asa Butterfield e Iola Evans no elenco. Misturando elementos sádicos, o longa pode ser um pouco confuso, já que de uma hora para outra explora camadas além da realidade.
Com épocas diferentes, a produção gira em torno de um jogo chamado Cursr, desenvolvido nos anos 1980, que consiste em algumas escolhas dividas em fases, prometendo ao ganhador um alto prêmio em dinheiro. Entenda o significado do final do
filme!
ATENÇÃO: CUIDADO COM SPOILERS!
Final explicado de “Escolha ou Morra”
Logo no começo de “Escolha ou Morra” vemos como o jogo Cursr funciona na prática. Desenvolvido para ser jogado em um computador, ele oferece escolhas um tanto quanto macabras para aqueles que decidem conquistar o prêmio de US$ 100 mil.
Inicialmente, ele parece algo inocente, com acontecimentos inexplicáveis. Ao escolher pegar uma taça, rapidamente, um copo aparece em sua frente. Luzes apagadas ou acessas? A primeira opção faz as luzes de sua casa apagarem.
Instigando cada vez mais o jogador, o game começa a oferecer opções mais sádicas, brincando com a vida daqueles que você ama. Quando se dá conta, o personagem do início do filme percebe que seu filho teve a lingua cortada por uma escolha dele.
Três meses depois, o jogo acaba cruzando o caminho de Kayla. Em dificuldade financeira, com risco de ser despejada de seu apartamento e uma mãe doente, a personagem se interessa pelo dinheiro que pensa ser fácil.
De forma despretenciosa, ela começa a jogar, mas rapidamente percebe que existe algo errado quando o jogo narra exatamente as situações ao seu redor e uma de suas escolhas faz a garçonete da lanchonete em que está comer cacos de vidro até morrer.
Assustada, ela tenta pedir ajuda para Isaac, seu melhor amigo, especialista em programação de jogos, mas nem mesmo ele consegue acreditar no absurdo contado por ela. Sem saber como o jogo influencia a realidade, Kayla fica ainda mais assutada quando ela é obrigada a jogar a segunda fase no dia seguinte e sua mãe quase é devorada por ratos.
Desesperada, novamente ela pede ajuda para Isaac e ambos descobrem uma estranha linguagem de programação, que utiliza símbolos ao invés de códigos comuns. Neste momento, o personagem acaba sendo inserido no pesadelo de Kayla e passa a correr risco de vida.
Porém, é graças a ele que os dois avançam nas investigações para entender o jogo e deter aquele que está por trás. No entanto, ao chegarem ao ambiente em que o game foi desenvolvido, os personagens descobrem que o problema é ainda mais profundo.
Criado na década de 1980, o jogo foi feito com base em uma maldição, que beneficia aquele que amaldiçoa os outros. Quanto mais sofrimento o desenvolvidor causa, mais bonanças ele tem em sua vida.
É por este motivo que fatos estranhos acontecem alterando a realidade. Protegido pela maldição, o criador faz com que Kayla mate Isaac e a leva até a última fase, onde ela tem que enfrentar o “chefão”.
É neste momento que ela encontra Hal e sua família, a mesma que apareceu no começo do filme. Depois de três meses sem sofrer as consequências do começo do jogo, o personagem descobre ser visto como o grande vilão na história do game.
Para se livrar da tortura da maldição, Hal revela que fez um acordo com o criador, no qual, caso ele fizesse mais cópias do jogo, não seria mais obrigado a fazer escolhas sádicas. Mesmo assim, o personagem se mostra uma pessoa horrível, que torna a vida de sua esposa e de seu filho um verdadeiro inferno.
Para chegar ao fim do jogo, Kayla descobre que precisa eliminar Hal. No entanto, para matá-lo, a mocinha precisaria se matar, já que um sofre as consequências de ações comentidas ao outro. Percebendo que está em desvantagem, a jovem decide se matar assim como seu irmão mais novo morreu: se afogando na piscina.
No entanto, ao concluir a última fase, a personagem descobre que não terá o seu prêmio em dinheiro, mas sim algo ainda maior: o direito de passar a programar o jogo e usufruir da maldição, sendo beneficiada pelo sofrimento alheio.
Ao contrário do criador, Kayla decide usar o jogo contra pessoas ruins, fazendo com que o cara que ameaçava ela e sua mãe se tornasse sua primeira vítima. Com a morte do personagem, a jovem já começa a sentir as primeiras melhoras de sua vida, já que a maldição é capaz de curar qualquer doença e fazer com que tudo o que dava errado se torne melhor do que seria possível imaginar.
Nos minutos finais, o responsánvel por desenvolver o jogo entra em contato com a personagem, dando a entender que ela foi a única que conseguiu chegar ao fim do desafio e a convidado para escolher as próximas vítimas da maldição.