“Einstein e a Bomba”: o que é mais marcante sobre o cientista no documentário da Netflix

Em alta na Netflix, o documentário “Einstein e a Bomba” (“Einstein and the Bomb”) apresenta um inédito retrato do conflito moral vivido pelo cientista Albert Einstein ao se envolver com a criação da bomba atômica. Veja alguns dos pontos mais marcantes sobre a história do físico alemão mostrados na produção:

“Einstein e a Bomba” mistura dramatização e imagens históricas

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Divulgação/Netflix

Grande parte do documentário “Einstein e a Bomba” é composta por cenas dramatizadas, com o ator Aidan McArdle interpretando o famoso cientista alemão. Mas a verdadeira força da produção está nas citações do próprio Albert Einstein sobre o cenário da época retratada: a chegada da Segunda Guerra Mundial. Confira as passagens mais impactantes:

Einstein e a ameaça nazista

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O documentário mostra de forma bem clara como Albert Einstein se preocupava com o possível desenvolvimento por parte dos nazistas de uma bomba atômica. O cientista chegou a escrever uma carta para o então presidente dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt informando sobre tal ameaça.

O alerta faria com que os EUA criassem o Comitê Consultivo para o Urânio, que marcou o início do Projeto Manhattan, como mostrado no recente filme “Oppenheimer”, de Christopher Nolan.

Arrependimento de Albert Einstein

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O filme documental também mostra o arrependimento e o conflito ético do cientista alemão em relação à corrida armamentista entre o Eixo e os Aliados, que desencadearia o bombardeio nuclear das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

“Eu cometi um grande erro na vida. Se eu soubesse que os alemães não conseguiriam produzir uma bomba atômica, eu não teria participado da abertura dessa caixa de Pandora”, declarou Einstein. A célebre frase de impacto aparece logo nos primeiros minutos da produção da Netflix.

Paz como missão

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“Não consigo entender a resposta passiva de todo o mundo civilizado a essa barbárie moderna”, disse Albert Einstein sobre a incapacidade das nações de combater a violência em contextos extremos. “Não sou apenas um pacifista, mas um pacifista militante”, diz outra citação do físico.

Críticas à liderança de Adolf Hitler

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Em outro momento, o documentário ainda mostra que Albert Einstein se mostrava horrorizado com a ascensão de Adolf Hitler, o líder do nazismo, em seu país natal.

“O atual estado da Alemanha é um estado de perturbação psíquica das massas. Hitler pegou páreas humanos nas ruas e nas tavernas e os organizou em torno de si mesmo”, declarou o cientista, refletindo sobre os riscos que o regime ditatorial representava para a liberdade e a segurança dos povos.

Mesmo após ter ficado famoso graças à sua teoria da relatividade, Einstein, que tinha origem judaica e era antinazista, foi perseguido e precisou abandonar a Alemanha e seguir para Norfolk, na Inglaterra, para fugir da ameaça do fascismo.

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