Confira 13 filmes sobre a escravidão no aniversário da Lei Áurea

Nesta quarta-feira faz 127 anos que a Lei Áurea foi promulgada pela Princesa Isabel e libertou os escravos no Brasil. Apesar de haver diversas comprovações de que ainda houve casos de escravidão no País depois disso, a data ficou como um marco de libertação do povo que veio trazido da África em navios e submetido às piores atrocidades pelos brancos. Os cinemas nacional e norte-americano criaram obras para que estes séculos de abuso não fossem esquecidos. Relembre 13 importantes filmes sobre a escravidão: (alguns dos trailers e trechos não possuem legendas em português)
“12 Anos de Escravidão”

Vencedor dos Oscars de Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Atriz Coadjuvante (Lupita Nyong’o), “12 Anos de Escravidão” foi dirigido pelo britânico Steve McQueen e aponta suas lentes para a história de Solomon Northup, um homem negro livre que foi sequestrado e vendido como escravo nos EUA antes da Guerra Civil.
“Django Livre”

Quentin Tarantino resolveu falar da escravidão alegando que os Estados Unidos pouco olham para este período de sua história. Para isso montou um faroeste encabeçado por Jamie Foxx, que vive Django, um ex-escravo que tem seu destino alterado quando conhece o caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz, que o compra para que o ajude na caça de dois irmãos assassinos. Vencedor dos Oscars de Melhor Roteiro Original (Quentin Tarantino) e Melhor Ator Coadjuvante (Christoph Waltz).
“Amistad”

Steven Spielberg dirige este épico que se passa na Costa de Cuba em 1839, em que dezenas de negros escravos se libertaram das correntes e assumiram o comando do navio negreiro La Amistad. O filme foi indicado a quatro Oscars.
“Quilombo

Cacá Diegues dirige este filme brasileiro de 1984 sobre uma história que se passa em torno de 1650 em um engenho de Pernambuco. Um grupo de escravos se rebela e ruma ao Quilombo dos Palmares, local de resistência de escravos fugitivos contra os senhores de engenho. O filme foi indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes.
“Manderlay”

Até o polêmico dinamarquês Lars Von Trier mergulhou na escravidão norte-americana. O filme é continuação de Dogville e foca na saída de dois personagens (Grace e o pai) da cidade de Dogville, que acabam na fazenda Manderlay e encontram uma estrutura escravagista em funcionamento, apesar de ser 1933 e a escravatura já ter sido abolida. O filme foi indicado à Palma de Ouro de Cannes.
“Quanto Vale ou É Por Quilo?”

“Quanto Vale ou É Por Quilo?” tem direção do cineasta Sérgio Bianchi. No século XVII, um capitão-do-mato captura uma escrava fugitiva, que está grávida. Entregue ao dono, ela aborta o filho que espera.
“Besouro – O Filme”

O interior da Bahia dos anos 20 os negros ainda eram tratados como escravos, apesar da abolição da escravatura mais de 30 anos antes. Besouro aprendeu capoeira com seu tutor na infância e a usa para defender seu povo.
“Lincoln”

Steven Spielberg escalou Daniel Day-Lewis para interpretar o ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln: o britânicou levou o Oscar de Melhor Ator, que ainda se somou à estatueta de Melhor Direção de Arte levada pelo filme. O filme narra, basicamente, a Guerra Civil Americana, que culminou com a abolição dos escravos saindo da caneta de Lincoln.
“E O Vento Levou”

Foi lançado em 1939 e ganhou oito Oscars no ano seguinte. O filme contado pelo olhar dos brancos narra a história de Scarlett O’Hara (Vivian Leigh), jovem mimada que vive em uma fazenda no sul dos EUA antes da Guerra Civil Americana. O homem que ela ama se casa com outra mulher isso a leva para outra relação. Ela acaba indo para  Guerra Civil, trabalha como enferemeira na Guerra de Secessão, sofre, passa fome.
“Ganga Zumba” (trecho)

Ganga Zumba é um jovem líder de uma comunidade de negros que fogem da escravidão em um engenho de cana-de-açúcar no nordeste brasileiro entre os séculos XVI e XVII. Estes escravos tramam uma fuga na Serra da Barriga, liderados por Ganga Zumba.
“Cafundó”

Cafundó é o filme que retrata a lenda do Preto Velho. João Camargo (interpretado por Lázaro Ramos) viveu nas senzalas no século XIX. Ele deixa de ser escravo e fica deslumbrado com a transformação do mundo ao seu redor. O choque de realidades diferentes o faz ter alucinações e se achar capaz de ver Deus. A mistura de suas raízes negras com os preceitos da civilização judaico-cristã se juntam em sua cabeça e o fazem acreditar que tem o poder da cura. E ele cura. Assim nasceu a lenda do Preto Velho.
“Xica da Silva”

Xica da Silva (Zezé Mota) era uma escrava que seduziu um milionário João Fernandes e se tornou alta dama na sociedade de Diamantina, Minas Gerais. Rica, passou a promover festas luxuosas e recebeu até grupos de teatros europeus. Tais banquetes fizeram sua fama chegar à corte portuguesa.
“Tempo de Glória”

Outro sobre a Guerra Civil Americana. Sem experiência, o jovem Robert Gould Shaw (Matthew Broderick) recebe o comando do primeiro batalhão, formado apenas por soldados negros. Denzel Washington levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante de 1990 pelo papel de um escravo fugitivo. Além disso o filme levou as estatuetas de Melhor Fotografia e Melhor Som.