O aclamado longa “ Saltburn” tem uma série de cenas tidas como polêmicas pela crítica e pelo público. Em uma delas, o ator Barry Keoghan, no papel de Oliver, protagoniza um momento íntimo e angustiante com o túmulo do amigo, Felix (Jacob Elordi) – e, em entrevistas, ele afirmou ter improvisado a cena chocante.
Cena do túmulo em “Saltburn” foi totalmente improvisada por ator
Atenção: o texto abaixo tem spoilers de “Saltburn”
Além da cena da banheira de “Saltburn”, o momento em que Oliver literalmente tenta fazer sexo com o túmulo de Felix após a morte suspeita do amigo é um dos momentos mais destacados e polêmicos do filme. O que muitos não sabem, porém, é que a cena angustiante sequer estava no roteiro, e foi improvisada por Keoghan.
Na história, Oliver e Felix têm condições de vida aparentemente muito diferentes, e o personagem de Keoghan é, então, convidado para passar o verão em Saltburn, propriedade da família do personagem de Elordi. Lá, ele conhece um mundo cheio de luxo e excentricidade, e fica obcecado a ponto de cometer os atos obscenos do filme.
Em entrevistas ao “ Deadline” e à “ Variety”, Keoghan explicou que a ideia de sua performance veio justamente da obsessão de Oliver. “Eu queria ver o que o Oliver faria em seguida. Queria ver qual era o nível da obsessão dele. Eu só queria que a filmagem rodasse. Não queria me preparar ou ensaiar – o que acontecesse, aconteceu. Foi feita em uma tomada”, disse o ator.
Sobre sua performance no filme, o ator afirmou ter tentado elevar ao máximo a obsessão e a confusão mental de Oliver sobre o que ele estava vivendo.
“Esse garoto tem um nível diferente de obsessão, por isso escolhi esfregar minha cara no ralo da banheira e não tomar a água de cara – estava tentando elevar a outro nível. Oliver não sabe nem o que está fazendo, ele está confuso, pensando: ‘Só quero ser parte disso. Quero que isso esteja em mim. Quero que isso seja eu’”, disse ele, se referindo à cena em que Oliver lambe uma banheira após Felix se masturbar tomando banho ali.
Além disso, ele explicou ainda que a diretora, Emerald xxxxx, criou um ambiente de privacidade para que ele improvisasse na cena do túmulo. “Falei: ‘Posso fazer uma tomada fechada? Queria testa uma coisa’. […] Eu queria ficar confuso e deixar meu corpo me guiar. O que estou fazendo? Como posso chegar ainda mais perto? […] Ele é um garoto perdido que está confuso e não sabe o que está procurando. E ele nunca consegue encontrar o que busca”, concluiu.