Ao contar a história do diplomata Sergio Vieira de Mello, nome brasileiro mais importante no alto escalão da ONU, o filme da Netflix “Sergio” deu destaque também ao romance dele com Carolina Larriera. Figura importante nas missões humanitárias da Organização, a economista luta por Sergio até hoje.
Quem é Carolina Larriera
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Nascida em Bahia Blanca, na Argentina, em 1973, Carolina Larriera é mestre em Economia pela Universidade de Harvard e fez parte do Departamento de Missões de Manutenção da Paz das Nações Unidas, entre 1995 e 2005.
O trabalho dela na ONU começou como voluntariado, até que ela finalizasse a graduação como economista. Pouco tempo depois, foi enviada ao Timor-Leste para trabalhar no processo de pacificação do país. Na época, a região enfrentava uma batalha sangrenta pela independência, como retrata o filme.
Sergio e Carolina
Foi nesta missão, que durou mais de dois anos, que Sergio e Carolina se conheceram. O filme deixa em aberto o status de relacionamento do diplomata na época, mas ele já estava separado da ex-esposa e aguardava o resultado do processo de divórcio, que levou anos para ser concluído.
Em 2003, Sergio e Carolina foram enviados ao Iraque em um dos períodos mais conflituosos da história do país. Foi nesta época que o prédio onde o diplomata estava foi alvo de um ataque terrorista, que matou mais de 20 pessoas.
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Carolina foi uma das últimas pessoas a ver Sergio com vida e chegou a se comunicar com ele após a explosão das bombas, que o deixaram preso sob os escombros.
Batalha judicial
Após a morte de Sergio, Carolina precisou enfrentar ainda mais um problema: a ONU a impediu de comparecer ao funeral do diplomata, já que ainda considerada a ex-esposa, Annie, como companheira oficial.
Naquele ano, Sergio estava oficialmente divorciado, mas ainda não tinha se casado com a argentina. Foi só em 2017 que Carolina conseguiu na justiça brasileira o direito ter sua união civil com Sergio reconhecida.
Saída da ONU
Em 2005, após todos os problemas com o funeral de Sergio, Carolina deixou a ONU, criticando duramente a Organização não só em relação à união dos dois, mas acusando falta de investigação do crime que matou o diplomata, falhas de segurança e negligência na operação de resgate.
De lá para cá, Larriera tem lutado para manter viva a memória do marido. Em 2008, criou junto com a mãe dele, Gilda, o Centro Sergio Vieira de Mello, que se voltou à preparação de jovens líderes e empreendedores.
Além disso, foi professora na PUC, no Ibmec-RJ, no Insper e realizou trabalhos junto com a Universidade de Harvard. Atualmente, aos 47 anos, Caroline mora no Rio de Janeiro.