As 7 super-heroínas mais importantes da TV e do cinema

por | jul 26, 2016 | Filmes


jessica jones

Ao longo dos mais de 50 anos em que super-heroínas aparecem na TV e nos filmes, elas têm lutado uma batalha contra suas representações unidimensionais, falta de antecedentes, personalidades subdesenvolvidas e rebaixamento para o status de olhos de mocinha.

Conforme essas mulheres vêm derrubando barreira atrás de barreira (tanto literalmente, quanto figurativamente), elas chutaram para longe o rótulo de donzela em perigo, em busca de retratos mais complexos. 

Veja a lista das 7 super-heroínas mais importantes da tevê e do cinema! 

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#1 Buffy Summers

Vista em: “Buffy: A Caça-Vampiros” (1997-2003)

Luke Perry, depois de ser negado por Hollywood com uma ideia de filme de terror, voltou para a sala de escrever e emergiu com a super-heroína mais poderosa que já agraciou as nossas telas de televisão. A Buffy Summers de Sarah Michelle Gellar tinha o dom da réplica mal-humorada – mesmo quando desprovida da sua própria voz – em adição aos pré-requisitos de Slayer, como força super-humana, agilidade e destreza com uma estaca de madeira. Acima de todas as super-heroínas dessa lista, Buffy é a que mais parece com todas nós. É natural fantasiar sobre ser um super-herói, mas aqui existe alguém que tem esse dom, e tudo o que quer é ser uma adolescente normal. Mas ser normal era bem difícil para Buffy, considerando que, além de todas as suas obrigações, ela tinha uma tendência a se apaixonar por alguns vampiros aqui e ali. Isso fazia a humanidade da personagem um de seus melhores atributos.

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#2 Diana Prince / Mulher Maravilha

Vista em: “Mulher Maravilha” (1975 – 1979)

Quarenta anos depois que ela vestiu pela primeira vez a tiara da Mulher Maravilha e seus braceletes anti-balas, o retrato de Lynda Carter como a super-heroína permanece um paradigma para as companheiras de tela. Estivesse ela lutando contra nazistas, perseguindo um Leif Garrett abduzido em cima de uma moto (sim, isso realmente aconteceu), ou atraindo os adolescentes do final dos anos 70, a Mulher Maravilha de Carter era a brilhante melhor amiga que todas as garotas sonhavam em ter. Quando você fecha os olhos e imagina a versão ideal de uma confidente, e lutadora do crime, é impossível para pessoas de certa idade não imaginarem a personificação de Carter da personagem dos quadrinhos.

#3 Raven Darkholme / Mística

Vista em: “X-Men: Primeira Classe” (2011) e “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido” (2014)

Apesar de ser teoricamente uma vilã, a performance de Jennifer Lawrence como Mística nos filmes mais recentes da franquia “X-Men” alterou a definição da metamorfa para, no mínimo, uma anti-heroína. O passado de Raven Darkholme é abordado na nova trilogia, e permitiu que Lawrence transformasse uma personagem anteriormente unidimensional em um i ndivíduo complexo que não é tão mau assim, mas sim uma figura trágica que nunca foi aceita pelo seu verdadeiro eu, de cor azul, nem mesmo por Charles Xavier. Qualquer um que sofreu bullying ou foi julgado como diferente pode se relacionar com Mística.

#4 Natasha Romanoff  / Viúva Negra

Vista em: “Homem de Ferro 2” (2010), “Os Vingadores” (2012), “Capitão América: Soldado Invernal” (2014) e “Os Vingadores 2: A Era de Ultron” (2015).

As representações de super-heroínas do século XXI fizeram avanços excelentes em explorar mais os elementos humanos, mesmo que os personagens não sejam exatamente humanos. Frequentemente, as super-heroinas sem superpoderes são forçadas a reprimir suas emoções para que sejam aceitas por seus compatriotas homens, e não serem vistas como fracas. Mas em “Os Vingadores 2: A Era de Ultron”, Scarlett Johansson acabou fazendo um dos retratos mais humanos e fortes de um super-herói quando sua personagem Natasha se abriu para Bruce Benner sobre sua esterilização forçada. Aqui temos o espécime modelo de uma espiã altamente treinada: ela pode sair de moto de um avião em movimento, acalmar o Hulk, e fazer isso sem um pingo de suor em sua pele perfeitamente brilhante e sedosa. Mas Natasha pagou um preço bem grande por esses talentos, e é uma pena que esses tipos de cenas controversas – quando, por exemplo, ela discute ao dizer que não está totalmente bem com ter que dizer não para o seu futuro reprodutivo – ainda são escassas nos filmes e na televisão hoje em dia.

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#5 Selina Kyle / Mulher Gato

Vistam em: “Batman: O Retorno” (1992)

Michelle Pfeiffer pegou o carisma de Julie Newmar e Eartha Kitt e canalizou no que permanece, até hoje, o papel mais multicamadas da Mulher Gato. Sua Selina Kyle deu voz para as tímidas mulheres, encorajando-as a abraçar suas gatas brincalhonas interiores. Ao contrário da Mulher Gato de Halle Berry, a versão de Pfeiffer se inclinou mais para o lado humano – fazendo-a mais relacionável – sendo que o único poder que ela tinha eram suas nove vidas. Além disso, por menor que pareça, sua roupa de gata “faça-você-mesma” tinha algo muito realista. Pfeiffer também deu o primeiro passo em mover a Mulher Gato da sua já tradicional fama de vilã para uma anti-heroína conflituosa.  

#6 Ororo Munroe / Tempestade

https://youtu.be/GK185LHmV3g

Vista em: “X-Men” (2000), “X-Men 2” (2003), “X-Men: O Confronto Final” (2006) e “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido” (2014).

Como previamente notado, a franquia de “X-Men” não tem sido muito amigável com os arquétipos de super-heroínas, com as mulheres interpretando apenas papeis coadjuvantes. A Tempestade de Halle Berry, contudo, é uma das que mais se aproxima de uma posição de líder, brevemente entrando na Escola para Jovens Dotados como diretora e, depois, virando líder, de fato, dos X-Men, após a suposta morte do Professor X. Tempestade também ganha nota alta por permanecer do lado dos bonzinhos durante todos os filmes da franquia, apesar do fato de possuir a habilidade quase divina – e possivelmente corruptível – de controlar o tempo. Você pensou que isso renderia a ela pelo menos um spin-off, mas não. Enquanto isso, esperamos poder ver a história de origem da Tempestade nas telas quando Alexandra Shipp assumir seu papel em “X-Men: Apocalipse”, neste ano.

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#7 Jessica Jones

Vista em: “Jessica Jones” (2015 – )

Krysten Ritter acertou na personalidade da super-heroína. Jessica Jones exibe um constante ódio de si mesma, não apenas pelo o que Kilgrave lhe fez, mas também por carregar outras responsabilidades nas costas. A diferença de Jones para outras heroínas é que ela parece muito mais humana: ela tem muitos sentimentos guardados, afoga as mágoas na bebida, e não tem nada de boazinha, ou de menininha. Jessica é complexa e cheia de emoções conflitantes e faz com que muitas meninas se espelhem nela, ainda que nas entrelinhas, por causa de seu relacionamento com Kilgrave, doentio e muitas vezes abusivo.

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