É melhor o aluguel ser barato em Gotham, ou o Tinder bombar com pessoas bonitas, porque os contras de morar nessa cidade, no momento, estão ofuscando todo o resto. Desde os anos 80, quando uma progressiva nova geração de criadores de quadrinhos decidiu que pôr a cidade em perigo era muito mais atraente do que envolver Batman em, digamos, explodir os ratos de Nora Clavicle e o Clube de Crime das Mulheres, a cidade tem sofrido poucas e boas. Veja as piores coisas que já aconteceram em Gotham:
Curinga tenta explosão com arma nuclear (Batman: A Série Animada, “Harlequinade”, 1994)

Esse episódio gira em torno da parceria peculiar entre o Cavaleiro das Trevas e o par romântico de Curinga, Arlequina, para tentar resgatar o sequestrado Prefeito Hamilton Hill e impedir o vilão de detonar uma bomba nuclear em Gotham. Apesar do Curinga chegar perto de detoná-la, ele é enganado por Arlequina, quando ela percebe que ele está planejando deixar a ela e suas amadas hienas para serem vaporizadas pela bomba.
Declarada uma “Terra de Ninguém” (várias mídias, 1999-2000)
A hora mais escura de Gotham não veio pelas mãos de um supervilão, e sim por causa de um desastre natural. A história que durou um ano, e mais tarde foi adaptada para uma novelização por um roteirista de “Batman”, Greg Rucka, deixa a cidade abandonada pelo governo dos EUA depois de um terremoto. No caos que se resulta, Batman acaba se afastando do Comissionário Gordon e do que resta de policiais enquanto eles tentam manter algum tipo de ordem no colapso total da instituição.
A ocupação de Talia e Bane (“O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, 2012)
A incursão final de Christopher Nolan no mundo de Batman é uma variação dos roteiros de “Batman Begins” e “O Cavaleiro das Trevas”, mas com uma diferença distinta: o cara mau ganha, pelo menos por alguns meses – eles machucam Batman, mergulham a cidade em uma anarquia violenta, e seguram a América à mira de armas com uma bomba nuclear. Apenas por meio de esforços e sacrifício de um Batman filosoficamente revitalizado que a cidade é libertada, e a Gotham vista no final está mais forte do que nunca, não precisa mais de um protetor.
A tentativa de Ra’s Al Ghul de deixar todo mundo louco (“Batman Begins”, 2005)
O terceiro ato eletrizante de Christopher Nolan em seu primeiro filme de “Batman” mostra um plano ousado do vilão de destruir Gotham com uma arma de microondas, contaminar o fornecimento de água da cidade com uma toxina mortal e sequestrar um trem no metrô. Ra’s (Liam Neeson) espera forçar os cidadãos de Gotham a destruir a cidade – e ele não tem muita dificuldade em colocar o plano em ação.
A campanha de terrorismo do Curinga (“O Cavaleiro das Trevas, 2008)
A sequência de “Batman Begins”, de Nolan, é a história mais exemplar de Batman, uma combinação de filosofia moralista e filme de ação explosivo. Em vez de decretar a destruição em massa, o Curinga (Heath Ledger) opta por um ataque ideológico em Gotham, que mira em pessoas e lugares específicos. Como seu antecessor Ra’s Al Ghul, o Curinga quer fazer os próprios cidadãos de Gotham responsáveis pela destruição da cidade. Seu plano não dependia de armas rebuscadas, mas sim falhas morais das pessoas do dia a dia.