As acusações contra Ezra Miller nos Estados Unidos não estão passando batido pelo alto escalão da Warner Bros. Discovery. O estúdio já está estuda o que fazer com o protagonista de “The Flash” — próxima grande aposta da DC, que tem estreia marcada junho de 2023 — caso o seu comportamento não apresente mudanças nos próximos meses. Uma das opções, inclusive, é o cancelamento do longa-metragem. Entenda abaixo!
Ezra Miller pode deixar o elenco de “The Flash”?
David Zaslav, CEO da Warner Bros. Discovery, enfrenta a sua primeira crise de filmes no estúdio. O desejo de fazer o Universo DC crescer — ao ponto de igualá-lo à escala do Universo Cinematográfico da Marvel — fez com que a empresa investisse pesado em “The Flash”. O longa, que tem data de estreia marcada para 23 de junho de 2023 nos cinemas, teve um investimento de US$ 200 milhões, conta com Michael Keaton e Ben Affleck no elenco, e é dirigido por Andy Muschietti (de “It – A Coisa”).
O comportamento de Ezra Miller, no entanto, colocou o sucesso do filme em risco. O ator se envolveu em diversas acusações sérias ao longo do último ano — de roubos a abusos — e atingiu em cheio a imagem do estúdio. Agora, de acordo com o The Hollywood Reporter, a Warner pondera três opções para o futuro de “The Flash”.
- A primeira é permitir que Miller tenha uma participação limitada na turnê de divulgação do filme, o que depende da resposta do ator à ajuda profissional — ele já aceitou buscar um terapeuta;
- Caso o tratamento não apresente boas respostas, o estúdio pretende lançar o filme sem a participação do ator na turnê de divulgação e substituí-lo no papel logo em seguida — graças ao multiverso;
- Por fim, a terceira opção é o cancelamento de “The Flash”, já que substituir Miller exigiria a refilmagem de todo o filme. Desta forma, o projeto de US$ 200 milhões seria engavetado, assim como “Batgirl”.
Entenda as acusações contra Ezra Miller
Nos últimos anos, Ezra Miller acumula problemas com a justiça dos EUA, algo que já tinha colocado em risco o futuro de sua carreira, especialmente nos meses anteriores à nova investigação. Em junho, o ator foi acusado de drogar e agredir uma fã, com quem supostamente se relacionava desde os 12 anos, fazendo com que a família pedisse uma ordem de restrição.
Ele também já foi acusado de assediar uma criança de apenas 11 anos. Segundo a imprensa norte-americana, a vítima teria despertado o interesse de Miller por ser não binária, mas a família também intercedeu para afastá-lo com medida judicial protetiva, onde não poderia entrar mais em contato.
Na mesma viagem ao Havaí em que conheceu a família que ficou hospedada em sua casa, Miller chegou a ser preso duas vezes. Em uma dessas, cometeu agressão ao arremessar uma cadeira na direção de uma mulher, atingida na testa. A vítima precisou levar pontos para estancar o sangramento.
O ator voltou para a prisão depois de frequentar um bar do Havaí, se irritando com os frequentadores, que cantavam o hit “Shallow”. Gritando descontroladamente, segundo fontes, o ator atirou dardos na direção do público e foi levado pelas autoridades. Um casal também chegou a relatar ter sido ameaçado.
A mais recente acusação contra Miller envolve o desaparecimento de uma família de quatro pessoas — uma mãe e seus três filhos —, que estava hospedada na residência do ator em Vermont.