8 filmes estrangeiros que mereciam destaque em Hollywood

O cinema estrangeiro é repleto de boas surpresas. Longe dos holofotes de Hollywood, alguns filmes são revolucionários na temática que exploram, na estética ou em retratar a realidade crua de seus países.

A categoria de Melhor Filme Estrangeiro já existe no Oscar desde 1957. A grande maioria dos filmes premiados até então era europeia, mas mesmo assim produções do mundo todo ganham certa notoriedade com as indicações.

Como em toda competição, algumas produções grandiosas acabaram caindo no esquecimento de Hollywood. Apesar disso, agradaram a crítica e se consagraram entre os melhores filmes estrangeiros.

Conheça a seguir 8 filmes estrangeiros que mereciam mais reconhecimento de Hollywood:

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“Medianeras – Buenos Aires na Era do Amor Virtual”

O filme retrata a vida moderna nas grandes cidades – no caso, em Buenos Aires. As frustrações e a solidão de Martin (Javier Drolas) passa grande tempo na internet, e lá conhece Mariana (Pilar López de Ayala), com quem divide suas angústias. A produção argentina, espanhola e alemã relaciona os altos prédios da cidade com a vida vazia dos habitantes.

“Cópia Fiel”

Com paisagens exuberantes do interior da Toscana, “Cópia Fiel” retoma a discussão da arte sobre o original e suas cópias. O filósofo inglês James Miller (William Shimell), no lançamento de seu livro, conhece Elle (Juliette Binoche), dona de uma galeria de arte. Eles passam a tarde juntos, caminhando pela cidade, e passam a interpretar histórias paralelas, que levam o espectador a se questionar sobre quem eles realmente são.

“A Onda”

A produção alemã de 2009 mostra o peso de um regime fascista na sociedade, da forma mais sutil possível: em uma sala de aula. O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel), ao ministrar uma aula de autocracia, insere os alunos no regime sem que eles percebam, estabelecendo regras, uniforme e até uma saudação. O regime, chamado de “A Onda”, é levado a sério pelas crianças e foge do controle de Wenger, que tem que lidar com o fanatismo que ele mesmo criou.

“Habemus Papam”

O filme italiano trata do catolicismo, do Vaticano e do peso de ser o Papa. Após a morte do último líder da Igreja, o condado elege seu sucessor. Porém, o escolhido não consegue assumir a responsabilidade do novo cargo, e passa a se consultar com uma terapeuta para tentar superar a dificuldade.

“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”

Para nós, não é um filme estrangeiro. “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, do diretor Daniel Ribeiro, mostra a história de Leonardo (Ghilherme Lobo), um adolescente cego que busca a independência e conhece Gabriel (Fabio Audi), por quem começa a se apaixonar. O filme entrou para a seleção do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, de 2015, mas não foi escolhido pela Academia para concorrer ao prêmio.

“Caché”

Outra produção francesa (apesar de dirigida pelo austríaco Michael Haneke), “Caché” é um drama que gira em torno do casal Georges (Daniel Autelli) e Anne (Juliette Binoche). Eles passam a receber imagens deles na frente de casa, enviadas anonimamente, e desenhos com tom ameaçador. Assustados, eles tentam descobrir o autor das imagens, e são surpreendidos pelos perigos que os cercam.

“Oldboy”

O filme sul-coreano, dirigido por Park Chan-wook, mostra o drama de Oh Dae-su (Choi Min-sik), um homem que vira um prisioneiro sem saber o motivo e é mantido sob tortura em um estranho quarto de hotel. Quinze anos depois, ele é solto e descobre que deve encontrar quem o prendeu em apenas cinco dias. “Oldboy” ganhou um remake norte-americano, dirigido por Spike Lee, em 2013, mas o original deveria ter sido mais reconhecido. Afinal de contas, a indústria olhou para o original e resolveu copiá-lo em vez de reconhecê-lo.

“Acima das Nuvens”

A produção francesa conta a história de Marie Enders (Juliette Binoche), uma atriz que tem que lidar com um remake do filme que a fez famosa no passado, no qual seu antigo papel será interpretado por JoAnn (Chloë Grace Moretz). Embora Marie também participe do filme, ela passa por dilemas envolvendo o tempo que passou e seu futuro na profissão, ao lado de sua assistente Valentine (Kristen Stewart). Embora tenha um elenco reconhecido em Hollywood, o filme é uma coprodução francesa, suíça e alemã.