A história do cinema é cheia de reviravoltas. Grandes orçamentos, um elenco de peso ou inovação na estética não assegura o sucesso de um filme, que pode ascender ou sucumbir apenas com a opinião da crítica e com a bilheteria que arrecada.
Felizmente, alguns fracassos conseguiram dar a volta por cima, consagrando-se anos depois como filmes notáveis ou até clássicos. A mudança de contexto ou uma nova forma de exibição podem mudar a perspectiva com a qual a produção é vista, agregando mais valor do que na época de seu lançamento.
Conheça a seguir 6 grandes filmes que não agradaram quando foram lançados:
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“Clube da Luta”
A trama de David Fincher, que estreou em 1999, tornou-se um clássico do cinema cult. Porém, a filosofia sádica e revolucionária do filme incomodou a crítica da época, que a associou ao niilismo e ao fascismo. “Clube da Luta” também não agradou ao público, arrecadando pouco mais da metade do orçamento. Foram precisos alguns anos para o filme tornar-se notável.
“Donnie Darko”
Outro filme consagrado no cenário cult. “Donnie Darko” é um suspense psicológico infundado na esquizofrenia do protagonista homônimo, interpretado por Jake Gyllenhaal. Apesar de ter ganho certo respeito entre os cinéfilos de plantão, o filme não agradou a crítica, que viu mais melodrama do que suspense na trama.
“O Iluminado”
Assim como outros filmes de Stanley Kubrick, “O Iluminado” só se tornou um clássico anos depois do lançamento. O filme é considerado a base do terror moderno, mas já foi acusado de ser banal e distorcido se comparado à obra original, de Stephen King. Ele inclusive foi indicado ao Framboesa de Ouro, que premia os piores do cinema.
“Psicose”
Alfred Hitchcock lançou as diretrizes para os filmes de terror com “Psicose”, em 1960. Embora o público tenha adorado, a crítica foi por outro caminho, considerando-o uma péssima produção do ponto de vista técnico. Considerando o impacto que o filme teve na história do cinema, a crítica não estava muito certa com sua opinião.
“Uma Linda Mulher”
A comédia romântica que impulsionou a carreira de Julia Roberts serviu de inspiração para vários outros filmes do gênero, mas a crítica não se encantou pela história. Juntar a figura de um homem rico e solitário ao de uma prostituta deixou no ar o sentimento de ganância, e não o de romance que o filme pretendia.
“Bonnie e Clyde”
O principal motivo que fez com que a crítica acabasse com “Bonnie e Clyde” foi a exaltação à violência que ele provocava. Em 1967, alguns sentiram que o filme exagerou na temática, incluindo uma opinião severa do New York Times. Algo que ajudou o filme a não ser esquecido foi a defesa da outra parte dos críticos de cinema, que provocou um debate chamativo na época.