O Oscar 2016 foi marcado pela polêmica sobre a falta de representatividade negra. A ausência de artistas negros entre os indicados de todas as categorias levantou um protesto, conhecido pela hashtag #OscarsSoWhite (“Oscar tão branco”), e motivou o boicote de vários atores à premiação, como Spike Lee, Jada Pinkett Smith e Michael Moore.
Não foi a primeira vez em que o Oscar foi centro de protestos. Por ser prestigiada no mundo inteiro, a premiação é muito utilizada para disseminar ideais de várias origens. De opiniões contrárias a filmes indicados até questões religiosas, a Academia já teve que lidar com algumas polêmicas no passado.
Relembre 5 vezes em que o Oscar foi alvo de protestos:
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Categoria para os dublês

Em 2016, o sindicato de dublês de Hollywood fez um protesto em frente à sede da Academia, pedindo mais representatividade para o papel que exercem no cinema. Eles entregaram um abaixo-assinado com 45 mil assinaturas à presidente Cheryl Boone Isaacs e ganharam o apoio do ator Jason Statham (foto).
Não à repressão na indústria cinematográfica
Os 39 membros da Academia decidiram de forma unânime premiar o diretor Elia Kazan, em 1999, na categoria que honra toda a carreira de alguém importante do cinema. Porém, o mesmo diretor de filmes emblemáticos como “Sindicato de Ladrões” e “Vidas Amargas” esteve envolvido na caça às bruxas que dominou Hollywood nos anos 40, em plena Guerra Fria.
Kazan delatou vários comunistas ao Comitê de Investigações sobre Atividades Antiamericanas em 1952, entre eles diretores, escritores e atores. Por isso, quando subiu para receber seu prêmio, algumas celebridades protestaram contra o diretor, não aplaudindo seu nome.
Protestos homofóbicos contra “Milk – A Voz da Igualdade”

Um grupo pertencente à Igreja Batista de Westboro protestou, em 2009, contra as oito indicações do filme “Milk – A Voz da Igualdade”, incluindo a de Melhor Ator, pela atuação de Sean Penn. Uma das pessoas que estavam no protesto alegou que “a indústria do entretenimento nos Estados Unidos é uma das instituições que promove o pecado, a sujeira e a rebelião contra os mandamentos de Deus”. O filme retrata a história do ativista pelos direitos homossexuais Harvey Milk, que foi assassinado em novembro de 1978.
Pais contra Seth MacFarlane

Esse protesto ocorreu em 2012, quando a Academia anunciou que o comediante, ator e produtor seria o anfitrião daquela edição. O Parents Television Council, organização conservadora de pais que controlam a mídia para a segurança das crianças, organizou um protesto contra MacFarlane, alegando que ele fazia shows ofendendo crianças e portadores de Síndrome de Down. A Academia manteve o apresentador, que fez algumas piadas infames durante o Oscar.
Irã protesta contra filme anti-islâmico

Em 2013, o Irã levantou um protesto contra o filme “Inocência dos Muçulmanos”, que considerou anti-islâmico, e convidou países próximos a não enviar representantes ao evento. Nenhum cineasta iraniano compareceu ao Oscar, algo inédito desde 1997, e o país retirou a candidatura do filme “Um Cubo de Açúcar” na categoria Melhor Filme Estrangeiro. No ano anterior, o vencedor na mesma categoria foi “A Separação”, produção iraniana do diretor Asghar Farhadi.