O mundo não é mesmo um lugar seguro. Há muitos perigos escondidos, de grupos terroristas querendo atacar nações como forma de confrontar o inimigo – e, com isso, matando muitos inocentes no caminho.
Ao longo dos últimos anos, o cinema conseguiu captar o medo generalizado desse tipo de ação, brindando o espectador com filmes que contextualizam os diversos tipos de terrorismo a que estamos vulneráveis. Veja 5 exemplos:
1. “A Hora Mais Escura” (2012)
O aclamado filme dirigido por Kathryn Bigelow conta com Jessica Chastain liderando uma equipe que busca encontrar o esconderijo de Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda e tido como mandante dos atentados às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. Na trama, o espectador acompanha Maya (Chastain), agente da CIA que faz descobertas sobre Laden e, por isso, lidera a busca por ele.
Uma curiosidade do filme é a de que as cenas de tortura gravadas originalmente foram reajustadas na edição final, pois poderiam trazer dubiedade ou uma controvérsia ofensiva ao público.
#2 “Guerra ao Terror” (2008)
Primeira diretora mulher a ganhar um Oscar de Melhor Filme, Kathryn Bigelow arrancou elogios da Academia de Cinema com este que é considerado um dos filmes mais tensos dos últimos tempos. Em meio à Guerra do Iraque, três homens são responsáveis pela desativação de bombas no exército norte-americano. Em uma das missões, algo dá errado e um deles acaba morrendo, sendo substituído então por um sargento que não trabalha da mesma forma que eles.
A cada território, além dos conflitos que marcam a relação dos três, o espectador os observa vulneráveis frente as incertezas e do dilema: afinal, eles estão diante de inocentes ou de pessoas mal intencionadas? Após atuar no longa, o protagonista Jeremy Renner passou a ser mais requisitado e, aqui, vale saudar também o roteiro de Mark Boal (que também escreveu o mencionado “A Hora Mais Escura”).
#3 “Duro de Matar” (1988)
Este clássico originou uma onda de filmes de ação que se parecem com a história de John McClane, que salva Los Angeles de um grupo que utiliza táticas terroristas para encobrir um roubo multimilionário. Curiosamente, o primeiro convidado a atuar como McClane foi Frank Sinatra, por questões contratuais com a 20th Century Fox. Com 78 anos, ele não aceitou por razões óbvias.
Então, a produtora deu o convite a Arnold Schwarzenegger, que recusou. Surgiu, então, o convite a Bruce Willis, que naquele momento estava muito associado a séries engraçadas de TV, mas conseguiu fazer com que o filme virasse uma franquia, cujo sucesso se estendeu ao longo de duas décadas.
#4 “Munique” (2005)
Durante as olimpíadas de 1972, a Organização para Liberação da Palestina (PLO) massacra membros da delegação olímpica israelense. Este evento comove as grandes nações do mundo, que estimulam uma operação para perseguir e assassinar membros do grupo Setembro Negro, aliados da PLO. Dirigido por Steven Spielberg, o filme é protagonizado por Eric Bana e Daniel Craig.
#5 “Survivor” (2015)
Uma história fictícia ambientada em Londres, onde uma empregada da Embaixada dos Estados Unidos vê-se num complô de terroristas que planejam realizar um ataque terrorista à Nova York. Milla Jovovich, Dylan McDermott, Angela Bassett e Pierce Brosnan compõem o elenco deste filme, que pode até não ser essencial na história do cinema, mas oferece boa dosagem de ação, tensão e emoção.
#6 “Fahrenheit: 11 de Setembro” (2004)
Dirigido e estrelado por Michael Moore, este filme documentário é uma das maiores referências quando se fala em filmes sobre terrorismo. Nele, o diretor aborda causas e consequências do atentado de 11 de Setembro nos Estados Unidos, traçando uma ligação entre Bin Laden, mandante dos ataques, e George W. Bush, que era presidente dos Estados Unidos na época do atentado.
Segundo Moore, uma empresa petrolífera de Bush fora parcialmente financiada por sauditas e pela família de Bin Laden, e então certos conflitos de interesse seriam o verdadeiro motivo pelo qual o então presidente da maior potência do mundo ordenou a invasão ao Afeganistão em 2001 e ao Iraque em 2003.
#7 “Argo” (2012)
Dirigido e estrelado por Ben Affleck, “Argo” conta a história de uma operação bastante tensa para resgatar seis norte-americanos que, após uma invasão à embaixada dos Estados Unidos no Teerã, capital do Irã, em meio a uma revolução que tomou o país ao final da década de 70, acabam refugiados na casa do embaixador canadense.
Lá, eles vivem durante meses em sigilo absoluto enquanto a CIA busca forma de salvá-los. A opção escolhida, no caso, é a de Tony Mendez (Affleck), que sugere que uma produção de Hollywood seja usada como fachada para a operação. Ainda que o filme modifique a história, a trama é baseada em uma operação que realmente ocorreu e arrebatou não um, mas três estatuetas no Oscar de 2013.
#8 “O Homem Mais Procurado” (2014)
Adaptado de um romance escrito por John Le Carré, “O Homem Mais Procurado” acompanha Issa Karpov (interpretado pelo ator russo Grigoriy Dobrygin), personagem muçulmano meio russo, meio checheno que entra de maneira clandestina em Hamburgo, cidade alemã em que se crê que alguns responsáveis pelo 11 de Setembro se abrigaram após o atentado.
Quando ele chega à cidade, porém, passa a ser notado por serviços de inteligência e segurança tanto da Alemanha quanto dos Estados Unidos. Ao longo da trama – estrelada por Philip Seymour Hoffman e Rachel McAdams e dirigida por Anton Corbijn, agentes acompanham os passos de Issa, que buscam entender se ele é uma vítima ou uma pessoa mal-intencionada.
#9 “Voo United 93” (2006)
Para concretizar os ataques às Torres Gêmeas em 11 de Setembro, dois aviões foram sequestrados, e este filme foca justamente no drama dentro do United 93, bem como nas torres de controle que identificaram o sequestro das aeronaves. Ao descobrir que o plano era que o avião fosse derrubado em um grande símbolo norte-americano, porém, os passageiros do voo passam a reagir para evitar que ele se concretize.
#10 “Rede de Mentiras” (2008)
Nesta obra de ritmo bem acelerado e dirigida por Ridley Scott, o personagem Roger Ferris (interpretado por ninguém mais, ninguém menos que Leonardo DiCaprio) é um agente do serviço secreto norte-americano responsável por realizar serviços bastante perigosos ao redor do mundo.
Para isso, ele conta com o auxílio de Ed Hoffman (interpretado por Russell Crowe), seu único contato com a CIA, e, quando Ed passa a seguir os rastros de um líder terrorista responsável por a explosão de uma série de bombas, o personagem de DiCaprio se vê em um dilema típico dos filmes que tratam desta temática: o de a confiança ser, ao mesmo tempo, algo importante e perigoso.
#11 Trem para Paris (2018)
Dirigido pelo aclamado Clint Eastwood, “Trem Para Paris” conta a história de três jovens que são amigos de infância (e dentre os quais dois são soldados) que estão fazendo uma viagem pela Europa quando são surpreendidos por uma situação apavorante. Isso porque o trem que os leva à Paris é, em dado momento, invadido por um terrorista.
Ao invadir o trem, ele rende os passageiros, e os três jovens então começam a se organizar para encontrar uma forma de impedir a morte dos civis que viajam com eles.
#12 Decisão de Risco (2016)
Nesta trama, mais uma vez o dilema sobre o que é moralmente aceitável em uma guerra contra o terrorismo é um dos temas centrais. Nela, a coronel Powell (interpretada pela atriz Helne Mirren) está no comando de uma missão que tem como objetivo capturar três terroristas no Quênia.
Mas, conforme ela, junto do general Frank Benson (Alan Rickman), descobre dois homens-bomba no local, o objetivo se transforma e a ideia passa a ser eliminar todos eles o quanto antes. Nesse momento, porém, um garotinho entra na zona de ataque, ele es têm então de decidir entre atacar e recuar. Lançado em 2016, o filme foi dirigido por Gavin Hood.
#13 “Tão Forte e Tão Perto” (2011)
Neste longa – dirigido por Stephen Daldry e estrelado por Tom Hanks – os atentados às Torres Gêmeas voltam a aparecer. Na trama, Hanks interpreta Thomas, pai de Oskar, que é um garoto tomado por fobias e bastante próximo do pai. Por acidente, porém, Thomas estava nas Torres Gêmeas no momento do ataque de 2001, e sua morte desestabiliza totalmente o filho.
Traumatizado, ele decide não ouvir a última mensagem deixada por Thomas na secretária eletrônica de casa (a escondendo também da mãe, interpretada por Sandra Bullock) – e encontra um “propósito” ao se deparar com uma chave misteriosa.
Acreditando que ela pode o levar até um segredo que o pai lhe deixara, ele parte então para Nova York, transitando pela cidade toda em busca de pessoas com o sobrenome Black, sua única pista sobre o segredo em questão. O filme também traz em seu elenco Viola Davis, é baseado no livro homônimo de Jonathan Safran Foer e apareceu em duas categorias do Oscar na edição de 2012 da premiação.
#14 “As Torres Gêmeas” (2006)
Neste filme, o atentado ao World Trade Center nos Estados Unidos em 2001 volta a ser o foco, mas, desta vez, por dentro, e pela visão policial. Tudo parecia normal para John McLoughlin (Nicolas Cage) e Will Jimeno (Michael Pena), dois policiais que, como em outro dia qualquer, partem para o centro de Manhattan (Nova York) para trabalhar.
O ataque às Torres Gêmeas, porém, faz com que toda a equipe seja convocada com urgência máxima para o local, e Jimeno, McLoughlin e mais três homens formam o primeiro grupo a entrar no prédio que, até então, não havia sido atingido. Uma vez dentro do prédio, durante o resgate, porém, o segundo avião atinge o prédio onde eles estão.
#15 “Albatroz” (2018)
https://www.youtube.com/watch?v=1PjJhEzDpy4
Ainda que, quando se fala em terrorismo, as pessoas pensem em produções norte-americanas ou europeias, o Brasil também tem filmes que tratam sobre o tema. É o caso de “Albatroz”, longa dirigido por Daniel Augusto que conta a história de Simão (Alexandre Nero), fotógrafo que se apaixona pela atriz judia Renée (Camila Morgado).
Na companhia da atriz, ele viaja a Jerusalém, capital de Israel, e vê sua vida virar de cabeça para baixo com algo que flagra na cidade. Ali, Simão fotografa um atentado terrorista frustrado – algo que acaba tornando o fotógrafo mundialmente famoso e alvo de opiniões bastante divididas.
Para muitos, Simão teve uma atitude covarde ao fotografar o momento em vez de impedir que ele acontecesse. No restante do filme, o espectador acompanha então o restante da trajetória do personagem, bem como conflitos de sua vida pessoal.