Erasmo Carlos foi um cantor, compositor, ator, músico, multi-instrumentista e escritor que fez história no Brasil desde o início de sua carreira, em 1958. O artista morreu nesta terça-feira (22), no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, aos 81 anos, deixando um grande legado como um dos pioneiros do rock brasileiro e da Jovem Guarda. Relembre a trajetória.
Trajetória de Erasmo Carlos: artista deixa grande legado aos brasileiros
Nascido em 5 de junho de 1941, Erasmo conhecia Tim Maia desde a infância, compartilhando da mesma paixão pelo rock, mas a primeira oportunidade veio somente em 1958, com o convite para a banda “The Boys of Rock”, que passou a se chamar “The Snakes”.
Erasmo resolveu adotar o nome Carlos no nome artístico em homenagem ao Roberto Carlos e a Carlos Imperial, seu agente, que foram grandes incentivadores de sua carreira, sendo influenciado também pela bossa-nova, onde lançou grandes hits.
O primeiro grande sucesso veio com o compilado “O Terror dos Namorados”, que o lançou ao reconhecimento nacional, caindo na boca do povo de vez com a Jovem Guarda, programa lançado no Brasil no final dos anos 60, onde tinha o apelido de “Tremendão”.
Tendo composto com Roberto o sambalanço “Toque o Balanço”, gravado por Elza Soares, Erasmo acabou estourando, de vez, com “Festa de Arromba” e “Minha Fama de Mau”, ainda nos primeiros anos em atividade. Foi também homenageado pelo filme “Minha Fama de Mau”, estrelado por Chay Suede, que conta a sua história desde a infância.
Ao todo, Erasmo deixou mais de 682 músicas, 643 gravações registradas no Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), mais de 800 composições e 38 discos na carreira. Como ator, o último trabalho foi no filme “Modo Avião”, da Netflix, em 2020, mas artisticamente através do álbum “O futuro pertence à… Jovem Guarda” (2021), que venceu o Grammy Latino de Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa.
