Taís Araújo fala de liberação de suspeitos de ataques racistas; veja o que ela disse

Três integrantes do grupo que atacou a atriz Taís Araújo com comentários racistas na internet foram soltos pela Justiça do Rio de Janeiro. Eles responderão pelos crimes de formação de quadrilha, pedofilia e racismo em liberdade. Um outro suspeito foi preso em flagrante por pedofilia e permanece na cadeia, segundo informou o jornal carioca Extra. A atriz comentou pela primeira vez o que achou da decisão ao site de celebridades Ego e deu o recado: “Não vou parar minha vida por causa deles, jamais”.

Comentários racistas contra Taís Araújo 

A prisão dos suspeitos pelos comentários preconceituosos destinados a Taís Araújo e outras famosas foi realizada há uma semana.

A ação da polícia civil atingiu os Estados de Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul.

O delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio, Alessandro Thiers informou à imprensa que os ataques na internet eram feitos por um mesmo grupo de haters a outras mulheres negras. Os casos de racismo contra as atrizes Cris Vianna, Sheron Menezzes e a jornalista Maju Coutinho também foram atribuídos a esses criminosos.

Na ocasião, Taís Araújo havia se manifestado comemorando a continuidade do caso pela Justiça.

“É importante saber que a Justiça deu continuidade à denúncia e espero que crimes contra os negros não fiquem mais impunes.”

Liberação de presos por racismo 

Nesta terça-feira, Taís Araújo se posicionou sobre a liberação dos acusados em entrevista ao site Ego.

“A gente não entende muito bem como funciona a justiça no país. Na verdade, o mais importante é que eles foram identificados e que eles estão agora sob juízo.

Eles estão soltos, mas a qualquer momento podem ser presos. Não é que estão livres de tudo. O que meu advogado falou é que o trabalho mais importante da polícia foi identificá-los, e agora estão esperando o julgamento do Ministério Público. Está tudo correto”, disse ao site.

Ela ainda declarou que tem sido informada sobre o processo judicial por seu advogado e que não acompanha o caso “passo a passo”.

“Passo a passo não, porque tenho mais o que fazer, né? Estou trabalhando, mas meu advogado vai me pondo a par. Não vou parar minha vida por causa deles, jamais”.

Matéria publicada em 23 de março de 2016

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