Chega o fim do ano, e com ele as retrospectivas dos melhores de 2015. Este ano tivemos grandes retornos, estreias impressionantes e CD’s marcantes. Veja a lista dos 15 melhores discos do ano!
#15 – Grimes – “Art Angels”
Grimes é um caso curioso de sucesso repentino. A cantora só ganhou destaque em 2012, com seu 3º disco, vinda de um cenário mais underground, mas que agradou a todos com suas músicas de fácil digestão, conquistando as rádios e ouvidos de todos. No seu novo trabalho, ela continua com a fórmula, mas que talvez já esteja um pouco desgastada.
#14 – Justin Bieber – “Purpose”
Bieber deixou de ser o pirralhinho que cantava “Baby” e agora faz muitas meninas babarem e, mesmo sendo meio sem noção com as pessoas, sabe como mandar bem na hora de fazer um disco. Sua parceria com Skrillex e Diplo trouxe um trabalho maduro e muito dançante.
#13 – Florence and The Machine – “How Big, How Blue, How Beautiful”
Florence lançou o que parece ser o melhor disco de sua carreira. Saiu o misticismo, o encantado, e entrou o pé no chão, a maquiagem de lado. A cantora continua com o vozeirão, mas mais conectada com a sua banda e suas raízes.
#12 – Kurt Vile – “b’ lieve I’m going down”
O ex-vocalista do War On Drugs, Kurt Vile, investe na carreira solo desde 2008, mas chamou a atenção este ano com seu 6º CD. Com 35 anos, ele faz uma reflexão sobre a idade, e sobre seu próprio papel no mundo, com muito violão, é claro.
#11 – Alabama Shakes – “Sound and Color”
Alabama Shakes conseguiu reproduzir o sucesso do primeiro disco e escaparam da maldição do segundo. Em “Sound and Color”, a banda se consolida e mostra que não veio para brincadeira – Brittany Howard e seu vozerão se destacam cada vez mais, e se “Boys & Girls” (2012) impressionou, “Sound and Color” quase ofusca o antecessor.
#10 – Foals – “What Went Down”
Foals investiu em um rock mais pesado em “What Went Down”. Buscando referências de discos passados, a banda conseguiu produzir um trabalho maduro, poderoso, sincero e, acima de tudo, urgente.
#9 – Tulipa Ruiz – “Dancê”
Tulipa, que é da geração de novos cantores calminhos como Tiê, SILVA, Karina Buhr e Marcelo Jeneci, que fazem algo mais voltado para a MPB e um banquinho e violão. Mas aí, no seu terceiro trabalho, a cantora jogou tudo para cima e trouxe um disco super dançante, como já prevê o título. Com certeza Ruiz bebeu nas fontes do pop dos anos 80, mas fez isso com muita propriedade, e o resultado foi um ótimo CD.
#8 – Leon Bridges – “Coming Home”
Leon Bridges parece ter vindo diretamente dos anos 60, do jeito que se veste até o jeito que canta. Com uma pegada R&B, Soul e Blues, o cantor estreou este ano com grande destaque, mesmo dividindo os críticos mais conservadores.
#7 – Maglore – “III”
Os soteropolitanos já estão na estrada desde 2009, mas foi com “III” que mostraram que pode sim falar de amor e amizade sem ficar piegas, tudo embalado ao ritmo de muita MPB, Rock, e até ritmos mais regionalistas (fora que o sotaque de Teago Oliveira faz muito bem para os ouvidos).
#6 – Adele – “25”
A cantora demorou 4 anos para lançar um novo disco, mas não decepcionou. A Adele de coração partido e fossa foi embora, e a nova trouxe uma sonoridade mais pop para “25″, talvez um dos discos mais esperados do ano.
#5- Boogarins – “Manual”
Os queridinhos dos hipsters brasileiros, a banda de Goiânia mostra que cresceu e amadureceu nas letras e composições – talvez por terem sido criadas enquanto a banda estava em turnê pelo Brasil, dando aos garotos uma maior percepção do mundo.
#4 – Disclosure – “Nocturnal”
O destaque de Disclosure não se deu por causa da inovação: “Nocturnal” está um pouco parecido com “Settle” (2013), talvez até mais acomodado. Mas eles continuam mandando bem na hora de fazer parcerias com bons cantores e melodias dançantes, típicas das músicas eletrônicas dos anos 2000.
#3 – Tame Impala – “Currents”
A turma do rock psicodélico lançou o que talvez seja o melhor álbum da carreira da banda. “Currents” é bom do começo ao fim, mostrando o que Tame Impala tem de melhor e que continua sendo explorado de um jeito muito inteligente.
#2 – Jamie XX – “In Colour”
Uma das cabeças do “The XX” tentou um projeto solo muito bem sucedido – “In Colour” te transporta para a Londres dos anos 90, nas club houses, onde o que imperava era o eletrônico e o chillwave.
#1 – Kendrick Lamar – “To Pimp A Butterfly”
Kendrick Lamar ganha o posto de melhor CD de 2015, não só pelas músicas, mas pelo símbolo que se tornou. Símbolo da luta racial nos EUA, do racismo, e dos diversos problemas sociais que acontecem. David Bowie, que também lançou um novo CD este ano, diz que sua maior inspiração foi Lamar.