Pela primeira vez na carreira, a cantora Laura Pausini passou cinco anos sem lançar um álbum. Em 2018, ela trouxe ao mundo o Fatti Sentire e, ao longo da pandemia de Covid-19, travou uma longa batalha para se entender na música novamente – e, em uma conversa com a imprensa recentemente, ela afirmou ter testado de tudo, inclusive gravar demos em estilos musicais improváveis como o sertanejo e o trap.
Laura Pausini comenta processo criativo de novo álbum
Lançando seu 12º álbum em italiano e o 11º em espanhol, o “ Anime Parallele/Almas Paralelas”, Laura Pausini buscou fazer algo diferente do que já fez em três décadas de carreira, mas isso lhe custou muito tempo e esforço.
Isso porque, conforme contou em conversa recente com a imprensa, a cantora sentiu muito medo durante o período de pandemia, algo marcado inclusive por dificuldade tanto em se expor fisicamente quanto em colocar a voz no mundo novamente.
“Eu fiquei congelada por um período, tinha certeza de que só estava protegida quando estava na minha casa. Me recuperei um pouco com as pessoas que são próximas de mim e comecei a me desafiar novamente. Trabalhei muito para estar pronta a ponto de colocar minha voz e meu rosto diante do julgamento de todos – especialmente hoje, que é muito mais fácil criticar em vez de elogiar. Eu estava com medo”, afirmou a cantora.
Para se acostumar a cantar novamente e encontrar uma nova linha para a extensa carreira na música, ela confessou inclusive ter experimentado estilos muito diferentes daqueles com os quais está acostumada.
“Os primeiros três anos foram complicados, tratei de fazer demos de muitas músicas de estilos diferentes do meu para testar do que minha voz era capaz. Vários estilos, como trap, jazz, rock, inclusive fiz uma demo em sertanejo, mas não encontrei algo em que minha voz soava sincera. Não era bom”, declarou.
Após muita busca, no entanto, “Durare” – canção que ganhou inclusive uma versão em português com Tiago Iorc – surgiu, espantando a sensação de estagnação e abrindo as portas que a cantora procurava.
“‘Durare’ foi a primeira que me deu o ‘clique’ para começar um novo caminho. Depois, as outras chegaram muito facilmente, porque eu sabia o que queria falar sobre. Busquei pessoas para falar delas – e não foi difícil!”, celebrou a cantora, que elaborou então um álbum inteiro com histórias de 16 pessoas reais.