A nutricionista e apresentadora Bela Gil levantou uma polêmica, sem querer, ao divulgar em seu perfil no Instagram uma foto da lancheira escolar da filha, Flor. Para a merenda da menina, que tem seis anos, a mãe escolheu alimentos como batata doce, banana da terra, granola, e uma garrafinha de água, ou seja, itens muito diferentes do que as demais crianças costumam levar para comer no recreio.
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Para muitos, uma atitude correta em estimular desde cedo na criança o hábito de se alimentar de forma saudável. Para outros, o lanche da filha de Bela Gil é um exagero que acaba privando a criança de comidinhas tradicionais nessa fase, como achocolatados e bolachas recheadas. Alguns, mais exaltados, chegaram a dizer que, se Flor sofresse bullying por ter uma alimentação diferente, a culpa seria da mãe, que não permite que ela coma guloseimas.
Lanche escolar saudável
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Em seu site, Bela Gil publicou um texto dizendo que se os pais não forem conscientes e responsáveis pela alimentação dos filhos, incentivando o consumo de vegetais, frutas, legumes e cereais, eles crescem com o paladar já viciado em produtos industrializados. E lembrou, ainda, que quando era criança, o lanche servido na escola era pão com manteiga, sucos, café com leite e bolacha recheada, além de salgadinhos, sanduíches, doces e refrigerantes vendidos na cantina, ofertas que fazem com que a criança desenvolva uma má referência e influência na alimentação através da escola.
No entanto, Bela disse entender o fato de algumas pessoas criticarem a marmita da filha. “Acredito que elas não enxergam a alimentação como uma ferramenta política, econômica, social, ambiental e de saúde. Eu acredito que podemos mudar o mundo através da alimentação e são esses valores que quero passar para a minha filha no dia a dia”.
Dicas de alimentação infantil
Bela não é a única a defender a importância dos bons hábitos alimentares na vida da criança. Segundo a nutricionista Daniela Murakami, os pais devem sempre oferecer novos sabores e texturas, incluindo ingredientes em receitas diferentes e mostrando sempre novas formas de apreciar a comida. “É normal a criança recusar algum alimento, principalmente quando foi exposta pela primeira vez. Os pais precisaminsistir e oferecer de 8 a 10 vezes para que então seja diagnosticada uma aversão”, explica.
Além dos benefícios à saúde, a alimentação equilibrada favorece também o rendimento escolar. Entre os alimentos essenciais para crianças estão os carboidratos (que devem ser de 55% a 75% do valor energético total) preferencialmente integrais, derivados do leite, frutas, verduras e legumes, sempre com um prato bem colorido e variado. Os industrializados, como Bela Gil ressaltou, devem mesmo ser evitados. “O consumo excessivo de alimentos “não-alimentos” pode causar danos definitivos à saúde das crianças. Gorduras saturadas e trans têm efeitos deletérios graves como doenças cardíacas, entupimento de artérias, diabetes, colesterol e triglicerídeos elevados e hipertensão que poderão se manifestar só no longo prazo”, alerta a nutricionista Adriana Salun.
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