Juju Salimeni come 1 kg de frango por dia: “De resto, é só inhame”, revela

por | jun 30, 2016 | Entretenimento

O corpo de Juju Salimeni é um dos mais comentados do mundo fitness, mas os músculos da famosa não vêm “de graça”: a apresentadora do programa “Legendários” revelou, em entrevista ao EGO, que tem passado os últimos dois meses comendo apenas frango e inhame, para manter-se na forma física que ela desejava.

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Dieta da Juju Salimeni

Com o objetivo de reduzir o percentual de gordura do corpo de 14% para 10%, ela vem se alimentando apenas da proteína do frango e do carboidrato complexo do inhame. A única exceção no cardápio era um pouco de whey protein. “Como frango e inhame em todas as refeições. De manhã, tomo só um pouco de whey de aveia. Depois, são porções de frango e inhame de duas em duas horas”. No total, ela ingere 1 kg de frango por dia.

Ela garante que comer não é um de seus prazeres. “Eu não como por prazer. Não tenho o prazer da comida. Isso não existe. Eu me alimento para sobreviver. Meu prazer está em outras coisas, mas não na comida”, reforçou.

Como está no fim da dieta do frango e do inhame, Juju diz que está ficando enjoada do mesmo tempero e do mesmo gosto, mas que nem pensa em desistir. “Não tenho coragem de comer besteira. Fico mal, me arrependo”. Ela contou, em seu Instagram, que costuma fazer duas dietas restritas por ano. 

O treino de Juju Salimeni, segundo ela, não muda. “É musculação pesada. Os exercícios são sempre os mesmos, muito intensos, com muito peso. Não faço aeróbico, porque acredito que o que muda o corpo é a dieta, não os exercícios”, disse.

Dieta do frango e do inhame: é saudável?

De acordo com a nutricionista Cristina Martins, a dieta com somente frango e inhame pode ser viável no caso de Juju, que está seguindo o cardápio por um tempo pré-determinado, além de ter objetivos específicos e um acompanhamento nutricional, mas não é saudável para a grande maioria das pessoas. “É uma dieta com baixo teor de fibras, de vitaminas, de minerais, de gorduras ‘do bem’, além de ser um cardápio bastante monótono. É complicado criticar o caso dela, que quer secar e está fazendo a dieta a curto prazo, mas eu não recomendaria”, diz a profissional.

Ela explica que o organismo não aceita muito bem a monotonia alimentar – ou seja, ficar comendo somente os mesmos alimentos, restritamente, durante um certo período. “Quando você expõe o corpo por excessivas vezes a um tipo específico de comida, há a chance de criarmos rejeição ou sensibilidade a ela. É o que muitas vezes ocorre com o glúten e o leite, por exemplo”.

Além disso, Cristina esclarece que a dieta de Juju é pobre nutricionalmente. “Para o nosso corpo funcionar bem, é preciso ter variedade. A dieta precisa conter vitaminas, minerais, fibras, carboidratos. Neste caso, o inhame até tem um certo valor nutricional, pois é rico em zinco, potássio e vitamina B1, mas não é capaz de compensar a falta das outras substâncias”, garante. “É preciso, além disso, tomar cuidado com o frango. A carne animal pode vir contaminada com uma série de substâncias tóxicas”, completa. Além disso, este tipo de alimento contém gordura saturada, cujo excesso pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 

Este tipo de dieta, de acordo com a nutricionista, tem excesso de proteína e é especialmente contraindicada para pessoas com problemas renais, ou com história familiar deste tipo de doença. “O excesso de proteína torna a digestão muito mais difícil e pode sobrecarregar os rins”.

Como são mais resistentes no processo digestivo, os nutrientes da dieta do frango e do inhame favorecem a constipação – o famoso “intestino preso”. “Quem não está acostumado pode sentir esse desconforto gástrico, pode ficar com a imunidade baixa, além de mal estar e enjoo. Definitivamente, não é uma dieta indicada”, diz a profissional.

“Faltam as fibras, dos alimentos folhosos por exemplo, faltam uma série de vitaminas e minerais que precisamos, falta ômega 3, gordura insaturada de origem vegetal, proveniente de alimentos como azeite e linhaça, por exemplo. É pobre também em betacaroteno, vitamina C e ácido fólico, só para citar alguns”, diz Cristina. A dieta, segundo a nutricionista, é também muito pobre em flavonoides, compostos bioativos do grupo dos polifenóis e importantes para o bom funcionamento do organismo. “Eles são encontrados em hortaliças, frutas, sucos, cereais, chás, no café, no vinho, no cacau e na soja. Os flavonoides ajudam a previnir a formação de radicais livres e a combater o envelhecimento celular”.