Existe cena mais triste do que você terminar um relacionamento e apenas querer se enroscar na cama em posição fetal ouvindo músicas deprimentes e comendo chocolate? Provavelmente não. Mas esses momentos também tem o potencial de servir como gatilho para ótimas coisas. Prova disso são esses 7 artistas, que pegaram o término de um relacionamento, ou uma despedida, e transformaram-os em músicas, fazendo os melhores discos de suas carreiras, e assim se consolidando no mundo da música e conquistando o público. Veja quem são!
Bon Iver
Justin Vernon levou um pé na bunda de sua namorada e se escondeu em uma cabana remota no interior dos Estados Unidos durante um inverno rigoroso em 2006. Parece até história de filme, mas é real, e rendeu ao cantor o melhor disco de sua carreira, e o responsável pelo seu sucesso. “For Emma, Forever Ago” (“Para Emma, Desde Sempre”) é aquele disco para se ouvir na maior das fossas, e o nome não nega isso (seria Emma a ex?).
Fleetwood Mac
“Rumours”, de 1977, é um disco sobre separação, feito por pessoas que passavam pelo mesmo processo. O 11º álbum do grupo é feito de faixas que pontuam sempre a despedida e os desencontros de seus membros. Não à toa, é considerado um dos melhores discos já feitos, e colocou o Fleetwood de vez no radar de todos, pena que depois de “Rumours” a banda acabou seguindo caminhos diferentes.
Adele
Adele é a rainha suprema daquelas músicas que fazem o maior sentido quando você termina um namoro. Ela consegue colocar em palavras tudo aquilo que você está sentindo, justamente porque ela sentiu também. Em “21”, segundo disco da cantora britânica, é o resultado de um relacionamento fracassado, e da tentativa da cantora de extirpar toda a tristeza de dentro de si para recomeçar novamente.
Sharon Van Etten
Sharon Van Etten talvez seja uma das cantoras mais depressivas da atualidade. Ela consegue fazer até aquele que está mais feliz começar a chorar assim que começar a tocar “Afraid of Nothing”, primeira faixa do seu disco mais recente, “Are We There Yet?”, de 2014. A dor de Etten é praticamente palpável a cada faixa, e com certeza faz qualquer um se relacionar com alguma de suas frases ou refrões.
Cat Power
https://youtu.be/t1HD50A1YvE
O disco mais famoso de Cat Power tem o mesmo piano claudicante que Chan Marshall usou desde “The Covers”, de 2000. Em “The Greatest” (2006), ela aborda líricos evocativos sobre nostalgia e arrependimento, com uma frieza arrepiante. Para seus ouvintes, parece que Chan vive uma vida de eterno sofrimento e fossa, e nesse álbum, especificamente, conta sobre sua luta contra o álcool e a dor da separação. Prepare-se para ser arrastado para um terreno muito sombrio e deprimente.
Otto
Mais um que se beneficiou pelo término de um longo relacionamento – no caso com a musa Alessandra Negrini. Em “Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos” (2009), obra-prima de Otto, o cantor aborda o fim de seu casamento, passando pelos diversos estágios de uma separação: raiva, tristeza, desespero, saudades, e desprezo.
Los Hermanos
A banda da dor de cotovelo, antes apenas conhecida por “Anna Júlia”, lançou o clássico “Bloco do Eu Sozinho” (2001) após um primeiro disco mais imaturo. Juntando samba, MPB e rock da década de 1990, o segundo disco da banda conseguiu juntar o maior número de hits fossa que todos cantam juntos com um isqueiro aceso nos shows. “Sentimental” machuca lá no fundo, “Tão Sozinho” é desesperador, “A Flor” causa aquela raiva que te faz chorar. Los Hermanos conseguiu juntar em um disco as dores mais dolorosas de amor da música brasileira.