Fora da televisão desde 2012, Maria Paula hoje trabalha com mulheres detentas. Além de ser embaixadora da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, que visa promover a saúde da mulher e da criança a partir da amamentação, a atriz também dá palestras às presas para falar sobre a importância de estabelecer vínculos entre mãe e bebê.
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Desde 2004, quando teve sua primeira filha, Maria paula se envolveu com ativismo materno e, desde então, participa de campanhas, apoia projetos e faz trabalhos voluntários na área.
Mães e bebês na prisão
De acordo com o relatório do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), atualmente, na maioria das penitenciárias do país não existem creches, berçários ou celas especiais para gestantes e mães. A situação, portanto, contribui para o distanciamento das relações.
O trabalho da atriz visa reverter essa situação. Através de palestras e encontros, Maria Paula fala sobre como é importante estar pertinho do bebê nos primeiros meses de vida e estimula as mulheres a superarem seus traumas e criar vínculos afetivos. “Costumo dizer a elas que não importa se estão em um palácio ou uma prisão. A doação do tempo delas a seus filhos têm muita importância para o futuro dessas crianças”, disse no lançamento da pesquisa que traça o perfil das detentas no Brasil elaborado pelo Depen.
Mas, assim como em outros âmbitos, o trabalho desempenhado por ela tem empecilhos. Entre eles esta a dificuldade das detentas compreenderem porque uma integrante do programa Casseta e Planeta, exibido até 2012 pela TV Globo, está na prisão para falar de maternidade. Depois, diz a atriz, elas entendem que lá o seu papel é de ativista e que vai para falar de afetividade.
Mas, a recompensa vale a pena. “Ver as mães presas olharem para seus filhos com outros olhos, superando traumas, é uma grande realização”, conta.