Carla Regina está prestes a realizar um dos seus grandes sonhos como atriz: interpretar uma vilã. Ela será Cíntia na próxima novela da Rede Record, “Bela, A Feia”. Para encarar o papel, passou por uma mudança radical no visual e clareou as madeixas.
Em entrevista exclusiva ao TE CONTEI, a atriz conversou sobre o novo look, as reações do namorado, o médico Malcolm Montgomery, suas inspirações e a carreira, além de confessar que não está sendo muito reconhecida nas ruas após a transformação. “Agora que estão saindo fotos na mídia que estão percebendo que a ‘loura que estava no shopping’ era a Carla Regina”.
TE CONTEI: Como é interpretar uma vilã?
Carla Regina: Sempre foi meu sonho. Tenho uma carreira completa por personagens muito diferentes, mas ainda não tinha interpretado uma mulher verdadeiramente má. Estou adorando a Cíntia!
TC: Você vai se inspirar em algum personagem do original “Ugly Betty” para compor Cíntia?
CR: Vi alguns episódios das versões latina e americana, e, claro, me inspiro nas atrizes que interpretam a noiva do protagonista. Só que minha grande referência são as dezenas de dondocas vilãs que temos na dramaturgia. Grandes atrizes já interpretaram personagens como essa, e estou me inspirando nelas. Mas, claro, tentando fazer a Cíntia da forma mais original.
TC: Como encarou o novo visual? Gostou do resultado?
CR: Adorei! No início foi um susto, mas, agora estou acostumada. Já tinha planos de fazer exatamente essa mudança (clarear e cortar) antes da escalação para novela e por isso digo que Cíntia veio realizar esse desejo.
TC: Qual é a mudança de look mais radical que já enfrentou na sua carreira?
CR: Sem dúvida, essa. Ficar totalmente loira e cortar tanto foi bem radical, principalmente por causa da cor. Mas, em “Mandacaru” (novela da Rede Manchete, de 1998), logo no início da minha carreira, precisei cortar os cabelos bem curtinhos e à “faca”. Foram as duas maiores transformações, e não me arrependo.
TC: Mudar o cabelo ajuda o ator a compor um personagem?
CR: Sem dúvida. O ator precisa se transformar um pouco para cada personagem, já que está dando vida a “pessoas” diferentes. Em “Essas Mulheres” (novela de 2005, da Rede Record) usei um megahair, que foi fundamental para a composição da Maria da Glória – que se transformava na cortesã Lúcia. Já a Tina, de “A Casa das Sete Mulheres” (minissérie da Rede Globo, de 2003) tinha os cabelos mais cacheados. E agora a Cíntia, de “Bela, A Feia” exibe seu jeito esnobe através da lourice. Que venham muitas mudanças em prol de bons personagens!
TC: Como foi a reação do seu namorado quando te viu loura?
CR: Assim que saí do salão fui direto para casa, e o Malcolm foi o primeiro a me ver. Ficou bem feliz com o resultado, disse que estou diferente, mas continuo linda (risos).
TC: As louras realmente fazem mais sucesso do que as morenas? Qual foi a reação do público com suas novas madeixas?
CR: Não sei… sempre fui morena e nunca ouvi reclamações (risos). Mas o louro te dá um certo poder, isso é fato. Sobre o público? As pessoas têm me reconhecido pouco na rua. Agora que estão saindo fotos na mídia que estão percebendo que a “loura que estava no shopping” era a atriz Carla Regina (mais risos).
Por Annie Lattari, do Te Contei