O “Big Brother Brasil”, exibido pela primeira vez em 2002, já passa de 22 edições, com vencedores que entraram para a história do reality. Mas, afinal, o que será que os ex-BBBs fizeram com o prêmio?
O valor variou entre R$ 500 mil (até o BBB5), R$ 1 milhão (até o BB10) e R$ 1,5 milhão, que permanece valendo até hoje. Enquanto a maioria soube como prosperar e investir, dois já perderam tudo. Saiba mais!
O que os campeões do “Big Brother Brasil” fizeram com o prêmio
Klebber Bambam (BBB1)
Primeiro campeão do “Big Brother Brasil”, Klebber Bambam ganhou R$ 500 mil e, logo que saiu, comprou um carro de luxo e um imóvel, mas também optou por investir dinheiro no mercado imobiliário, enriquecendo nos anos seguintes.
Em uma entrevista ao programa “Morning Show”, da rádio Jovem Pan, o ex-participante contou que conseguiu multiplicar o prêmio por 10, ou seja, os R$ 500 mil viraram R$ 5 milhões, ganhando também como influenciador digital fitness.
Rodrigo Leonel (BBB2)
Rodrigo Cowboy, da segunda edição do “Big Brother Brasil”, ganhou a mesma quantia de Bambam, mas acabou endividado quando saiu do reality, perdendo todo o valor do prêmio de R$ 500 mil em pouco tempo.
“Desse dinheiro, eu comprei mil bezerros, que era R$ 350 na época e paguei dois anos de aluguel em uma fazenda. Pronto, nisso daí já foi tudo, sumiu”, confessou ao “Domingo Show”, da Record TV.
Dhomini (BBB3)
Vencedor do “Big Brother Brasil 3”, Dhomini também levou o prêmio de R$ 500 mil, optando por investir a quantia em imóveis, terrenos e até postos de gasolina. Mesmo assim, não prosperou em seus novos projetos.
“Quem é que tem coragem de falar que faliu? Eu tenho. Ganhei R$ 500 mil num reality show há 19 anos e perdi tudo em alguns empreendimentos que deram errado. Quer realidade mais brasileira do que essa?”, afirmou em comercial.
Hoje, Dhomini aposta na venda de cosméticos e ministra palestras ao lado da esposa sobre empreendedorismo. “Tenho uma casa confortável hoje, mas eu não vivo mais do prêmio, ele circulou”, contou também ao “Altas Horas”.
Cida Marques (BBB4)
A primeira mulher vencedora de um “Big Brother Brasil” também arrecadou R$ 500 mil, mas passou por um grande perrengue ao deixar a casa mais vigiada do Brasil, entrando com processo contra o ex-namorado.
No total, Cida entregou metade do prêmio e ainda teve que disponibilizar mais 10% com advogados e custos processuais, mas conseguiu viver bem ao longo dos anos. Hoje em dia, vive em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, onde tem dois imóveis.
Jean Wyllys (BBB5)
Jean Wyllys foi o primeiro participante do “Big Brother Brasil” a faturar R$ 1 milhão, na edição exibida em 2005, aproveitando para comprar imóveis, além de investir parte do dinheiro em uma poupança.
O ex-BBB começou uma carreira poítica e, em 2010, foi eleito deputado federal pelo PSOL e reeleito duas vezes seguidas, em 2014 e 2018, deixando o cargo em 2020, quando não teve fotos suficientes.
Em 2018, na prestação de contas feitas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o ex-BBB declarou um patrimônio de quase R$ 2 milhões dividido em imóveis, cadernetas de poupança e outros bens e investimentos.
Mara Viana (BBB6)
Diretamente do BBB6, onde o prêmio permaneceu R$ 1 milhão, Mara Viana conseguiu mudar de vida, fazendo alguns investimentos, além de comprar uma pousada em Porto Seguro, na Bahia.
A ex-BBB também aproveitou o dinheiro para bancar o tratamento de sua filha, Aracy, que ficou impossibilitada de andar após sofrer uma lesão cerebral, mantendo o patrimônio em mais de R$ 7 milhões até 2015.
Diego Alemão (BBB7)
Diego Alemão também optou por fazer o dinheiro render ao vencer o BBB7. O ex-participante investiu na própria construtora e soube aproveitar a fama após o reality para fazer a fortuna continuar crescendo. “O prêmio do ‘BBB’ em si não foi muito perto do que ganhei quando saí”.
“Trabalhei, peguei um boom bem forte. Investi em imóveis, construo, compro coisas em leilão, administro a empresa da família, uma assistência técnica em São Bernardo. Trabalho bastante”, contou, também em participação no “Altas Horas”.
Rafinha (BBB8)
Vencedor da edição seguinte, em 2008, Rafinha investiu parte de seu dinheiro em suas duas maiores paixões após passagem pelo reality da Globo: música e tatuagem, se arriscando na carreira de empresário nos anos seguintes.
Hoje em dia, Rafinha é dono de um espaço de tatuagem e também de estúdio de música, em Campinas, onde mora. O ex-participante garante não ter usado o R$ 1 milhão ainda por ter aplicado o dinheiro do reality e vivido de renda extra.
Max Porto (BBB9)
Max Porto usou o prêmio de R$ 1 milhão para pagar algumas dívidas e curtir a vida. “Dinheiro é para resolver os problemas, para se viver”, analisou em participação no “Altas Horas”, ficando de fora do time de ex-BBBs que investem.
“Conheci muita gente, antes do programa, que virou escravo do dinheiro, morreu e deixou para os outros ficarem brigando. O importante é fazer o que tem que ser feito, ajudar quem tem que ajudar e usar a grana para curtir também. A gente merece”.
Marcelo Dourado (BBB10)
Com duas passagens pela história do BBB — a primeira em 2004 e a segunda em 2010 — Marcelo Dourado foi o primeiro a ganhar R$ 1,5 milhão, quando as regras do reality mudaram e aumentaram o prêmio. O ex-BBB optou por usar o dinheiro para ajudar a família e investir na carreira de lutador de jiu-jítsu.
“Tem gente que acha que a gente vai se aposentar. Não sabem o valor de um apartamento na Barra da Tijuca, que pode valer o prêmio de todos juntos. Nos últimos anos, investi na minha carreira de atleta. Não tinha patrocínio, peguei um pouco do dinheiro para isso. Foi um investimento bom”, contou a Serginho Groisman.
Maria Melilo (BBB11)
Maria Melilo, vencedora do “Big Brother Brasil 11”, também levou R$ 1,5 milhão pela preferência do público, optando por investir em imóveis, assim como outros vencedores da lista, que não tinham condição para isso.
A ex-participante usou ainda o dinheiro para a carreira de atriz, apresentadora e modelo, admitindo ser muito controlada com dinheiro, o que permitiu que fizesse um bom uso do valor, mantendo a estabilidade financeira.
Fael Cordeiro (BBB12)
Fael Cordeiro foi o vencedor do ano seguinte, no BBB12, quando se deu bem ao investir o dinheiro. O campeão, desta vez, optou por destinar parte do prêmio na pecuária, comprando duas fazendas para a criação de gado.
O ex-BBB também adquiriu uma fazenda para produção de soja e virou dono de uma boate em Dourados, no Mato Grosso do Sul, montando centro de capacitação para veterinários e agrônomos em uma das propriedades.
Fernanda Keulla (BBB13)
O “Big Brother Brasil 13” trouxe o reconhecimento nacional para Fernanda Keulla, que não precisou se preocupar com o valor do prêmio muito tempo, uma vez que conseguiu várias oportunidades na TV nos anos seguintes. O R$ 1,5 milhão foi investido por completo na família.
“Nunca vi esse dinheiro. Sempre pensei que o primeiro dinheiro que ganhasse na vida seria para família. Foi o que aconteceu. Meu pai administra, investi na educação da minha irmã, que agora é médica. Reformei a casa do meu pai em Carmópolis de Minas também”, contou no “Altas Horas”.
Vanessa Mesquita (BBB14)
O “Big Brother Brasil 14” teve Vanessa Mesquita como grande campeã. Considerada uma das “mais pão-duras” da história do reality, a ex-participante nunca gastou um centavo do prêmio, optando por pensar em seu futuro.
Vanessa investiu todo o dinheiro e teve um retorno financeiro bem expressivo, conseguindo pagar a faculdade de medicina veterinária, além de também dar uma vida mais confortável para a família. A ex-participante criou ainda um projeto para ajudar animais abandonados.
“Só fui comprar um carro em 2018. Fiquei todo este tempo sem. Esperei meu dinheiro render bastante porque esta nunca foi minha prioridade. Por conta da faculdade e de estágios, eu precisei muito de um carro para facilitar minha locomoção com meus bichos”, afirmou à Marie Claire.
Cézar Lima (BBB15)
Campeão da 15ª edição do “Big Brother Brasil”, Cézar Lima não mexeu no R$ 1,5 milhão que faturou no reality, aplicando o dinheiro, na intenção de viver de investimentos — plano que vem dando certo.
“Acho que sou o ex-Big Brother mais seguro da face da Terra. O objetivo é caminhar até a velhice e morrer com R$ 1,5 milhão corrigido com a inflação”, justificou, em entrevista ao UOL.
Munik Nunes (BBB16)
Quando venceu o reality, em 2016, Munik Nunes tinha apenas 19 anos e se tornou a campeã mais nova da história do reality, optando por dividir o prêmio com seus pais.
Hoje, Munik trabalha como influenciadora digital e costuma investir o dinheiro que arrecada com seus trabalhos em empresas e em bancos, disposta a ter um retorno lá na frente.
Emilly Araújo (BBB17)
Emilly, que foi campeã na edição seguinte a de Munik, também era bem novinha, com apenas 20 anos, usando o prêmio para ajudar a família, de origem humilde, e comprando também uma casa própria.
O que sobrou do dinheiro, Emilly investiu, vivendo somente de trabalhos na TV e internet, onde atua como influenciadora digital, garantindo, com orgulho, que o valor permanece inutilizado até o momento.
Gleici Damasceno (BBB18)
Gleici Damasceno venceu a 18° edição do “Big Brother Brasil” e também usou o dinheiro para ajudar a família. “Comprei uma casa para minha mãe e a outra parte está investida”, comentou, em participação no “Altas Horas”, priorizando o conforto daqueles que ama. Por outro lado, a fama também teve uma consequência negativa.
“Algumas pessoas mais próximas de mim passaram a me ver como uma nota de R$ 100 e vêm até mim para dizerem o que precisam. Eu não julgo porque, de onde eu venho, sei o que a gente passa. Algumas pessoas acabaram se afastando de mim… É apenas R$ 1,5 milhão, queria ter feito muito por várias pessoas, mas não consigo, infelizmente”, confessou à Marie Claire.
Paula von Sperling (BBB19)
Um ano após vencer o reality, em 2019, Paula von Sperling ainda não tinha gasto todo prêmio do “Big Brother Brasil”. “Paguei as dívidas da minha família, graças a Deus, então foi uma parte do prêmio para isso”.
“A outra eu investi. Não tem como gastar R$ 1,5 milhão em menos de um ano, não”, garantiu, após rumores circularem na web. Hoje em dia, a ex-BBB segue fazendo sucesso no Instagram, ganhando com publicidade.
Thelma Assis (BBB20)
Thelma, campeã do “Big Brother Brasil 20”, é mais uma das participantes que não quis nem tocar no dinheiro, optando por mantê-lo investido, sem tirar um real para comprar nada, conforme a própria ex-BBB revelou. A decisão tem um propósito maior.
“Eu tenho um sonho, de ter uma casa própria, confortável, só que nesse momento Thelma Assis pegou o dinheirinho e botou pra render. Colocou lá num monte de investimentos e o dinheiro tá lá rendendo frutos. Daqui uns anos eu vou lá resgato e realizo meu sonho da casa própria”, comentou ao UOL.
Juliette (BBB21)
Juliette ganhou muito mais do que R$ 1,5 milhão só em publicidade após deixar o reality, mas contou, em entrevista ao PodCats em janeiro de 2022, que o dinheiro entregue pela produção segue rendendo no banco.
“Eu esperei passar um ano porque minha cabeça não estava muito boa ainda, eu estava assimilando tudo para aí eu investir conscientemente. Hoje em dia, o dinheiro está guardado e rende, mas eu não faço investimentos ousados ainda, eu deixo na margem de segurança do banco”.
“Minha mãe tem a casinha dela e está lá (na Paraíba), meus irmãos têm a casinha deles, eu não tenho. Eu não tenho nem um carro, eu não tenho nada, não comprei nada. Ainda não entendi que eu tenho muito dinheiro, mas eu acho que, como eu comecei a ter dinheiro agora, eu tenho prioridades”.
Arthur Aguiar (BBB22)
Arthur Aguiar foi o primeiro Camarote a vencer o “Big Brother Brasil”. Com grande visibilidade, trabalhos como ator e também oportunidades na mídia, o ex-participante foi mais um que deixou tudo rendendo em uma conta bancária.
O ator ainda afirmou fazer retiradas somente quando necessário, mas garante que o dinheiro ajudou a começar uma nova fase, agora também como empresário, anunciando a abertura de uma rede de padarias no Brasil.