7 bandas que amamos, mas não superaram a perda de um de seus integrantes

Por mais que gostemos da banda, não adianta: existe um elemento chave que liga tudo. Quando ele sai, a banda inteira sente. É como uma peça de brinquedos de montar – tire uma, e ele vai abaixo.

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As bandas não necessariamente encerraram as atividades, mas certamente decaíram no nível qualitativo, gerando reações adversas do público e da crítica.

Foi assim com estas 7 adoráveis bandas, que não superaram a perda de um integrante:

#1 Novos Baianos

No começo dos anos 1970 o coletivo com Moraes Moreira (voz e violão), Baby Consuelo (vocal), Pepeu Gomes (guitarra), Paulinho Boca de Cantor (vocal), Dadi (baixo) e Luiz Galvão (letras) fez bastante sucesso, principalmente após o disco “Acabou Chorare” (1972). Por volta do quarto disco, em 1974, a banda se desentendeu com a gravadora Continental e Moraes Moreira, principal compositor do grupo, anunciou sua saída. Depois disso, a banda não ‘recuperou’ o sucesso.

#2 Beach Boys

Aquele velho caso de ‘bandas com parentes que não dá certo’. Mike Love não gostou das ‘direções’ que Brian Wilson passou a tomar musicalmente, como em “ Pet Sounds” (1966) e, posteriormente, em “ Smile”, disco que ficou oculto por mais de 40 anos. Por conta de problemas mentais, Wilson teve que sair da banda quando ela estava no auge, mas o apreço pelos singles mais ‘bobinhos’ do começo dos anos 1960 não fez com que a ‘banda rival’ dos Beatles acompanhasse os britânicos.

#3 Os Mutantes

A saída de Rita Lee após o lançamento de “Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets” (1972) foi nociva ao grupo. Em seguida, Arnaldo Baptista (teclados, voz) também saiu, e a diferença já pode ser notada em “ Tudo Foi Feito Pelo Sol” (1974). Anos mais tarde, em 2006, Arnaldo voltou à banda, que só tinha Sérgio Dias como integrante oficial – mas acabou saindo, alegando diferenças artísticas com o irmão.

#4 O Rappa

Marcelo Yuka era mais que o baterista da banda – era o principal compositor por trás de clássicos como “ Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)” e “ O Que Sobrou do Céu”. Após ser baleado por um policial, em 2000, o grupo ainda continuou, mas ficou perceptível a queda da qualidade das composições. Desde então, Falcão e companhia tentam inovar, mas se veem musicalmente presos ao sucesso de outrora.

#5 The Who

De um lado, um vocalista talentosíssimo. Do outro, o guitarrista ousado e principal compositor do grupo. O melhor baixista do rock e o baterista mais insano que se podia testemunhar ao vivo. Qualquer perda para o The Who teria um gosto amargo, e foi assim após a morte de Keith Moon, em 1978. A banda seguiu a duras penas, mas se complicou ainda mais com morte de John Entwhistle, em 2002. Pete Townshend e Roger Daltrey ainda são os principais rostos do The Who, mas a banda está longe de ser tão boa quanto antes.

#6 Led Zeppelin

A morte do baterista John ‘Bonzo’ Bonham, em 1980, foi o estopim para que a banda interrompesse as atividades. Depois disso, houve algumas reuniões esporádicas – a mais famosa delas é a de 2007, que rendeu o DVD “ Celebration Day”, lançado apenas em 2012. O guitarrista Jimmy Page já disse ter interesse de reunir a banda novamente, mas Robert Plant insiste que não volta mesmo que lhe paguem milhões.

#7 The Clash

Ao lado dos Sex Pistols, o The Clash foi uma das maiores bandas punk da Inglaterra. Eles foram ainda além de seus conterrâneos, explorando outras vertentes sonoras em “London Calling” (1979). Em 1983, porém, Mick Jones, uma das principais forças criativas do grupo (ao lado de Joe Strummer, claro), só queria férias após longas turnês. Os demais integrantes se irritaram com suas ausências e decidiram despedí-lo, em 1983. Depois disso, o The Clash não conseguiu mais se restabelecer: lançaram, em 1985, o péssimo “Cut The Crap”. Não houve outra solução que não dissolver o grupo de vez.