23 coisas que não fizeram qualquer sentido em “Harry Potter” (nem com magia brava)

Um dos maiores e mais queridinhos fenômenos do cinema e da literatura dos últimos anos, “Harry Potter” nos encantou com o mundo mágico que todos sonhávamos. E, de tanto revisita-lo, percebemos também que algumas coisas não faziam sentido – nem com MUITA magia envolvida.

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Listamos (com amor, tá?) todos os “furos” na saga dos bruxos: momentos que surgiram do nada, planos mirabolantes dos personagens e regras que foram quebradas pelo próprio universo mágico.

Erros em “Harry Potter”: 23 coisas sem sentido

#1 Ninguém viu Pedro Petigrew antes?

O Mapa do Maroto era um artefato mágico raro, que estava em posse dos gêmeos Weasley, até que eles o apresentam a Harry. É através do mapa que o protagonista descobre que Pedro Petigrew ainda está andando por aí – já que seu nome aparece no mapa. Como é que ninguém viu isso antes?

Tudo bem que Hogwarts tem muitos outros alunos e o nome de Pedro passaria despercebido pelos Weasley. No entanto, eles certamente usavam o mapa para espionar o irmão, Rony, que estava sempre com seu rato de estimação junto. Eles nunca notaram que sempre havia um Pedro Petigrew invisível ao lado de Rony o tempo inteiro?

#2 Castigo na Floresta Proibida

Em “A Pedra Filosofal”, nosso trio é dedurado por Draco durante uma escapada noturna para visitar Hagrid. Para punir os alunos pela transgressão, a professora McGonagall os envia para uma missão potencialmente suicida na Floresta Proibida.

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Qual o sentido? Alunos de 11 anos infringiram uma regra da escola e para isso foram mandados a uma caçada perigosa, no meio da noite, na Floresta. Ah, vale lembrar que lá é onde Harry se depara com Voldemort pela primeira vez bebendo sangue de unicórnio.

#3 Voto Perpétuo

Em “O Enigma do Príncipe”, vemos que Narcisa Malfoy forçou Snape a fazer um Voto Perpétuo para proteger Draco – o feitiço garante que a pessoa fará TUDO para proteger a outra, inclusive dar a própria vida. O mais curioso é que esta é a única vez que esta magia poderosa é usada na história.

A questão aqui é: por que Voldemort não obrigou os Comensais da Morte a fazer o mesmo? Um líder paranoico e maquiavélico como ele certamente faria qualquer coisa para garantir a fidelidade de seus seguidores. Afinal de contas, um dos grandes responsáveis pela derrota foi o “agente duplo” Snape.

#4 O Espelho de Dois Sentidos

Em “A Ordem da Fênix”, Sirius presenteia Harry com o Espelho de Dois Sentidos, artefato mágico que possibilita a comunicação entre as duas pessoas que o detêm. E ele dá a orientação clara: “Use-o se precisar de mim, ok?”. E nunca mais o vemos.

Harry simplesmente ignora o espelho e não o utiliza no momento mais crucial da história, quando pensa que Sirius foi capturado pelos Comensais da Morte.

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Não faz o menor sentido ele simplesmente não usar o objeto que havia acabado de ser introduzido na narrativa e que servia perfeitamente para esta comunicação.

#5 Azkaban e as varinhas

Ao fugirem da prisão de Azkaban, Sirius e sua prima, Bellatrix Lestrange, conseguem recuperar suas varinhas. O que não faz sentido em vários aspectos. Primeiro: quem devolveu as varinhas? No caso de Bellatrix, pode até ter havido um “combinado” com os dementadores, mas Sirius jamais seria incluído nesse esquema.

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Segundo: se os dois haviam sido condenados à prisão perpétua, qual o objetivo de deixar as varinhas deles guardadas em vez de destruí-las? Nenhum.

#6 O Vira-Tempo

Em “O Prisioneiro de Azkaban” somos introduzidos ao Vira-Tempo, objeto mágico que permite aos bruxos voltar no tempo e interferir no curso da história – como Harry e Hermione fazem. A pergunta é: por que ninguém mais usa? Por que Dumbledore não usou a magia para voltar no tempo e parar Voldemort, por exemplo?

Tudo bem que o mago diz que mexer com o tempo é sempre muito perigoso, mas impedir o maior vilão de todos os tempos não valeria o risco?

Além disso, ele diz a Hermione que, de forma alguma, ela pode deixar que seu “eu” do passado e do presente se encontrassem, ou, ela enlouqueceria – o que não faz qualquer sentido, já que ela sabe da existência do Vira-Tempo e, sendo tão inteligente, com certeza compreenderia o “encontro”.

#7 Amizade entre Harry e Draco

A primeira vez que Draco Malfoy aparece na saga é quando tenta conquistar a amizade de Harry, em “A Pedra Filosofal”. O menino se mostra um garoto mesquinho e cheio de preconceitos, o que faz nosso herói rejeita-lo. Mas fato é: Draco queria tê-lo como aliado.

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O problema é que os pais de Draco, antigos seguidores de Voldemort, já odiavam Harry. Por isso é estranho que eles nunca tenham mencionado a história para ele ou alertado que Harry era inimigo. A não ser que Draco tenha tentado essa amizade propositalmente, mas com uma estratégia muito ruim. Será?

#8 Os pais de Hagrid

Um dos personagens mais queridos do universo de “Harry Potter”, Hagrid tem poucos detalhes de sua história mencionados durante a saga. O que sabemos sobre ele é que ele tem um meio-irmão gigante chamado Grope e que é filho de um humano com uma gigante chamada Fridwulfa.

Sabendo que os gigantes têm mais de 5 metros de altura, a grande questão aqui é como foi possível a relação entre os pais de Hagrid e o nascimento de um bebê. Esse questionamento fica para a imaginação de vocês, desculpem.

#9 Dumbledore e as Horcruxes

Tudo bem que a descoberta das Horcruxes na reta final da trama rendeu uma boa narrativa e aventura para a história, mas ficamos sem entender por que é que Dumbledore não contou antes a Harry sobre a existência delas, mesmo depois de vários episódios em que o garoto não entendia (e sofria!) porque conseguia acessar a mente de Voldemort.

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O mago podia simplesmente ter poupado Harry de todo o estresse, contando a verdade sobre Voldemort – ou ao menos falado sobre suas suspeitas, já que ele ainda precisava de uma prova final sobre a existência das Horcruxes. A caçada por elas poderia ter começado BEM antes.

#10 Como Hogwarts continua aberta?

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Você mandaria seu filho para uma escola onde todo santo ano alguma tragédia acontece, pessoas morrem, bandidos invadem, etc? No mundo bruxo isso é absolutamente normal. Em “A Câmara Secreta” vimos que nem quando um “espírito” do mal mata uma aluna, os pais bruxos deixam de matricular seus filhos.

O mesmo vale para o Torneio Tribuxo sediado pela escola. Os competidores correm sérios riscos de morrer ao participar das provas e mesmo assim todos os alunos querem tentar. Vai entender esses bruxos!

#11 O plano de Voldemort em “O Cálice de Fogo”

Em “O Cálice de Fogo”, descobrimos que participação de Harry no Torneio Tribuxo foi um plano de Voldemort para confrontar pessoalmente o garoto no centro do labirinto e conseguir o sangue dele para completar o ritual e voltar à vida. Beleza, mas pra quê tudo isso?

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Entendemos que a personalidade megalomaníaca de Voldemort provoque esses eventos grandiosos, mas fazer Harry passar por todo um Torneio que poderia tê-lo matado só para se encontrar com ele parece uma estratégia sem sentido.

#12 “Você tem os olhos da sua mãe” – só que não

Passamos anos e anos da saga “Harry Potter” lendo e ouvindo que o bruxo tinha os olhos iguais aos de sua mãe. Absolutamente todos que haviam conhecido Lilian faziam questão de relatar a semelhança para Harry.

Acontece que quando a personagem aparece nas memórias de Snape, ela tem os olhos castanhos – nada a ver com olhos claríssimos de Daniel Radcliffe. Já que a semelhança foi reforçada tantas vezes durante a história, ninguém reparou neste detalhe na hora de escolher a atriz?

#13 Ninguém desconfiou de Olho-Tonto Moody?

Em “O Cálice de Fogo”, o professor Olho-Tonto Moody é um dos principais personagens – no fim, descobrimos que se tratava do vilão Bartô Crouch Jr. disfarçado, usando a poção polissuco. O estranho é que: absolutamente ninguém percebeu que Moody estava um pouco “diferente”.

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Ao introduzir o personagem na história, descobrimos que Moody era um auror muito conhecido e amigo próximo de vários outros professores de Hogwarts, inclusive do próprio Dumbledore. Mesmo assim, ninguém sequer desconfiou que havia algo de errado com ele.

#14 Como funciona o dinheiro bruxo?

Não fazemos a menor ideia. Ao longo de toda a saga literária não fica claro exatamente como funciona a economia dos bruxos e nem para quê serve o dinheiro exatamente. Eles podem executar magia para “criar” alimentos, por exemplo?

Em uma das cenas, vemos que Molly Weasley vai ao banco Gringots tirar apenas UM galeão, enquanto no cofre de Harry, por exemplo, existe um monte dessas moedas. Seriam os Weasleys tão pobres assim?

#15 Os óculos de Harry

Você que usa óculos: se houvesse uma forma mágica de se livrar da dependência deles, não faria imediatamente? Pois bem, não entendemos por que Harry não fez isso – e ele estava sempre perdendo e se atrapalhando, porque estava sem os óculos.

Além disso, como apanhador do time de Quadribol, supomos que ele precisa de uma visão perfeita. Vai ver ele se achava mais bonito de óculos.

#16 Saúde dos bruxos

Em “O Enigma do Príncipe”, vemos que os bruxos ficam abismados quando Hermione conta que seus pais eram dentistas – eles simplesmente não entendem o conceito de alguém precisar recorrer a um profissional para cuidar dos dentes.

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Como eles fazem então? Sabemos que existem médicos e enfermeiras (ou, no mínimo, curandeiros) no mundo dos bruxos, por isso é bem estranho que eles não reconheçam um dentista.

#17 Educação dos bruxos

Sabemos que, no mundo bruxo, as crianças são educadas em casa até que tenham idade para frequentar Hogwarts, aos 11 anos de idade. Isso quer dizer que, a partir de então, eles não aprendem mais nada sobre gramática, matemática, etc?

Sabemos que eles têm aula de história da magia, mas nunca é mencionado se os bruxos têm conhecimento da história da humanidade, ou da biologia e ciência do planeta Terra, por exemplo. Bom, pode ser que J.K. Rowling apenas nunca tenha mencionado as aulas de redação que os adolescentes têm para aprender a escrever.

#18 A internet

J.K. Rowling já explicou que ao viverem praticamente isolado dos trouxas, muitas das invenções tecnológicas passaram longe do radar deles, é por isso que o mundo dos bruxos parece tão antigo – mas essa explicação não faz muito sentido nem para justificar a narrativa.

Isso porque entre os bruxos há uma infinidade de nascidos trouxas, como Hermione, que tiveram total contato com o mundo trouxa a vida inteira. Por que não usar invenções para facilitar a vida? Com um celular na mão, por exemplo, o trio poderia ter facilitado muito a comunicação, que foi um problema durante o último episódio da saga.

#19 O amor salva?

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O ponto de partida da história é o fato de que, graças ao amor da mãe, Harry sobreviveu à maldição da morte “Avada Kedavra”, que é fatal e irreversível. Aqui a questão é: ele foi o único a ser protegido pela “magia do amor”?

No universo criado por J.K. Rowling, Harry se tornou famoso justamente por ter sido a única pessoa a sobreviver ao feitiço da morte, o que não faz muito sentido caso o amor incondicional de outra pessoa possa ser “antídoto”.

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O que, então, pode ter realmente salvo Harry Potter é o próprio Voldemort: Dumbledore explica que, quando o feitiço ricocheteou, um pedaço da alma de Voldemort se agarrou à coisa viva mais próximo, o bebê.

#20 Os quadros estão vivos?

Em Hogwarts, há várias pinturas na parede, que conversam, se movem e viajam de um quadro para o outro, como se estivessem vivos mesmo. Esta magia envolve, então, uma espécie de vida após a morte, uma divisão da consciência deles? Por que ninguém pintou um quadro de Dumbledore que ajudasse a resolver a batalha contra Voldemort?

#21 Fiel do Segredo

O assassinato de Lilian e Tiago Potter aconteceu porque Pedro Petigrew traiu a confiança do casal ao revelar a localização da casa deles a Voldemort. Pedro era o Fiel do Segredo do casal – o feitiço faz com que o “guardião” não possa ser forçado a entregar o segredo (e só pode fazer isso de boa vontade, como Petigrew).

A questão, então, é por que Tiago e Lilian não poderiam ser os Fiéis um do outro e manter o segredo juntos. Em “Relíquias da Morte”, vimos que Gui Weasley era o Fiel do Segredo da casa onde ele mesmo morava – os Potter poderiam ter feito o mesmo.

#22 A profecia

Harry praticamente cavou seu próprio destino ao pegar a profecia que estava guardada no Ministério da Magia – e ele sabia disso! Ele foi alertado por todos os outros que Voldemort poderia acessar sua mente e confundir as informações. E foi exatamente o que ele fez.

Harry caiu na armadilha e mostrou ao vilão onde estava a profecia. Aqui o que não faz sentido nem é o acontecimento em si, mas como Harry Potter conseguiu vencer sendo tão ingênuo.

#23 Testrálios

Em “A Ordem da Fênix” descobrimos que as carruagens de Hogwarts não andam magicamente, mas, sim, são guiadas por criaturas que são invisíveis a todos aqueles que não tiveram contato com a morte – Harry, por exemplo, passa a vê-los após ter presenciado e compreendido a morte de Cedrico, no ano anterior.

A questão é: por que Dumbledore colocou criaturas tão macabras para guiar as carruagens? É, no mínimo mórbido, que os alunos que os enxerguem tenham que lidar com a lembrança de alguma morte e explicar o fenômeno aos coleguinhas.