Antes dos 15 anos, a carreira artística de Preta Gil já estava bem encaminhada: ela fazia teatro, cursos de interpretação, testes para novelas e já tinha planos de começar a cantar. No entanto, do dia para a noite, tudo mudou com uma tragédia na família.
Morte do irmão de Preta Gil
Ao podcast “Quem Pode, Pod”, Preta contou que a morte repentina do seu irmão mais velho, Pedro, fez com que ela perdesse a vontade de ser artista. “Ele falece quando eu tenho 15 anos. Foi uma tragédia muito absurda na vida da nossa família”, lembrou.
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Pedro sofreu um acidente de carro em 1990, quando viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro. Seu veículo bateu em uma árvore e capotou: ele não resistiu aos ferimentos e, depois de alguns dias na UTI, morreu aos 19 anos.
“A minha forma de lidar com a perda do meu irmão foi fugir da minha essência. Era como se o palco e a arte me lembrassem ele. Então eu neguei isso em mim, parei, brequei. Lembro que quando pensei em voltar a fazer cursos, testes para novelas, tive uma crise, falei: ‘Não quero isso para minha vida”, revelou.
Preta, que atualmente luta contra um câncer no intestino, contou que depois da morte do irmão, seguiu a carreira publicitária. Ela ficou mais de 10 anos na área antes de se dedicar à música e voltar ao meio artístico como cantora.
Foi por meio da terapia que Preta redescobriu a sua paixão pela arte e desistiu de negar a sua essência. Depois de anos de uma carreira bem sucedida como dona de agência publicitária, ela migrou aos poucos para a música e revelou que, no início, ouviu não até do pai, Gilberto Gil.
Grande nome da MPB, o cantor disse para a filha “buscar a sua turma” e se negou a escrever uma música para ela, o que a deixou ofendida na época. Anos depois, ela disse entender o “empurrão” que recebeu do pai e, sem esperar, ganhou uma música dedicada a ela, “Praga”.
Apesar de o nome tê-la assustado de início, a canção é uma defesa à Preta de todas as críticas e preconceitos que ela sofria – e ainda sofre – na carreira.
Assista à entrevista completa abaixo: