Com a filha, Preta Gil, internada novamente, o cantor detalhou os obstáculos que ela ainda enfrenta na busca por tratamentos experimentais em terras estrangeiras
Sem possibilidades de tratamento para o câncer colorretal no Brasil, Preta Gil quer ir aos Estados Unidos para testar terapias experimentais. Recentemente, porém, ela foi internada mais uma vez – e segundo o pai da cantora, Gilberto Gil, ainda há percalços para que ela possa ir a outro país fazer esses tratamentos.
Gilberto Gil comenta ida de Preta Gil aos EUA para tratar câncer
Convivendo com um câncer colorretal metastático, Preta Gil está novamente internada. Hospitalizada por uma infecção urinária, ela está, segundo o hospital, sob “acompanhamento oncológico” – tudo às vésperas de, de acordo com ela, ir aos Estados Unidos para buscar terapias alternativas.
Recentemente, porém, Gilberto Gil falou sobre os planos da filha, detalhando os obstáculos que ainda existem no processo. Em entrevista à “Veja”, o pai da cantora afirmou que a ida dela para os Estados Unidos não está totalmente confirmada e depende de algumas questões para se concretizar.
“Não está definido que ela vá. Está dependendo da avaliação dos laboratórios – um em Nova York e outro em Los Angeles”, declarou ele.
Semanas antes de fazer a segunda grande cirurgia para tratamento da doença, que aconteceu em dezembro de 2024, Preta chegou a ir aos Estados Unidos para se consultar com médicos especializados em câncer colorretal metastático.
Desde então, ela afirmou que a ideia é participar de ensaios clínicos com medicamentos que já têm resultados promissores, mas ainda não são liberados para uso geral. Esse tipo de programa depende, em geral, dos pacientes terem características muito específicas em seus tumores, algo que pode ditar o nível de eficácia da terapia.
Câncer de Preta Gil: relembre o quadro
Preta Gil descobriu o câncer colorretal ao final de 2022 após passar mal em casa. Ao longo de 2023, ela fez radioterapia e quimioterapia, além de uma extensa cirurgia que incluiu uma amputação temporária do reto e uma histerectomia – ou seja, a retirada do aparelho reprodutor.
Durante meses, a cantora permaneceu sem sinais da doença no corpo. Em agosto de 2024, porém, após completar 50 anos de idade, ela descobriu que o câncer havia retornado – e em quatro lugares diferentes. O câncer colorretal metastático não tem cura, e os tratamentos visam, em geral, promover bem-estar e prolongar a vida do paciente.
No ramo da oncologia, no entanto, há uma série de estudos e avanços quanto a terapias-alvo, tratamentos que utilizam características específicas das células tumorais para garantir que os medicamentos as atinjam com maior facilidade e eficácia. Boa parte dessas medicações ainda está em fase de testes.