Júnior Ahzura, filho de Maguila, fez uma homenagem ao pai poucos dias antes da morte, ressaltando a aceitação e o amor que sempre recebeu
O boxeador Adilson Maguila morreu, na última quinta-feira (24), em decorrência de complicações relacionadas à encefalopatia traumática crônica (ETC), uma condição muitas vezes associada a lesões cerebrais devido a impactos repetidos, comum em esportes de combate. Júnior Ahzura, filho dele, fez uma publicação nas redes sociais para se declarar ao pai poucos dias antes da morte.
Filho de Maguila diz que pai sempre aceitou sua sexualidade
Em publicação no Instagram, Júnior compartilhou um vídeo de uma entrevista antiga do pai, na qual Maguila falava sobre a homossexualidade com compreensão.
Na gravação, feita em 1992, o lutador destacou que a homossexualidade não é uma doença, afirmando que “o ‘viado’ não é uma doença, ele nasceu com o dom de ser ‘viado’ e de transar com homens”.
Durante a entrevista, ele também disse: “A gente não pode ser contra”, enfatizando a importância da aceitação. Júnior compartilhou o vídeo e escreveu: “Orgulho ter um pai que sempre me aceitou e respeitou! Mais que um herói nacional, meu pai!”.
Morte de Maguila
Maguilha, lenda do boxe brasileiro, morreu aos 66 anos de idade na última quinta-feira (24). A notícia foi confirmada pela esposa do lutador, Irani Pinheiro, que passou os últimos 28 dias de vida de Maguila com ele no hospital.
Segundo a esposa do pugilista, ele estava há 28 dias internado no hospital após a descoberta de um nódulo no pulmão.
À Record, ela deu detalhes da causa da internação, que preferiram manter em segredo até o momento. “Há 30 dias foi descoberto um nódulo no pulmão. Ele sentiu muitas dores no abdômen, tiraram dois litros de água do pulmão, não conseguimos fazer a biópsia”, declarou ela.
Além disso, a esposa do lutador lembrou também que ele convivia há 18 anos com uma doença neurológica. O lutador tinha o que é conhecido como demência pugilística, nome popular da encefalopatia traumática crônica.
Ao longo da vida, o lutador construiu um histórico de 85 lutas e 77 vitórias, sendo 61 delas por nocaute. Devido à performance lendária no boxe, ele se tornou um ícone conhecido e respeitado pelo Brasil. A carreira de Maguila como pugilista terminou em 2000 após um nocaute de Daniel Frank.