Jair José, demitido após reclamações do padre Fábio de Melo sobre o atendimento no local, afirmou estar tomando remédios psiquiátricos e vivendo com medo de sair de casa
Semanas após ser demitido em decorrência de uma reclamação do padre Fábio de Melo, Jair José Aguiar da Rosa, ex-gerente de uma cafeteria em Joinville, Santa Catarina, se pronunciou pela 1ª vez. Ao SBT, ele afirmou estar em profundo sofrimento – e deu a própria versão sobre o que teria acontecido no dia em que o sacerdote foi ao estabelecimento.
Demitido após crítica do padre Fábio de Melo, ex-gerente se manifesta
Nas últimas semanas, o padre Fábio de Melo usou as redes sociais para fazer uma reclamação. Ele afirmou que, ao questionar funcionários de uma cafeteria em Santa Catarina sobre o preço de um produto, teria sido recebido com grosseria pelo gerente. Isso acarretou a demissão do homem que, recentemente, se pronunciou.
Ao “Tá na Hora” (SBT), Jair José Aguiar da Rosa afirmou ter medo e vergonha de sair de casa atualmente. Conforme relatou, ele teve de trancar a faculdade a três meses de finalizar um semestre, além de estar enfrentando problemas psicológicos. “Minha vida está virada, […] estou entrando em depressão, fui diagnosticado com três CIDs diferentes porque a exposição foi muito grande”, declarou.
Segundo o ex-gerente do estabelecimento, o abalo emocional causado pela situação o está prejudicando fortemente. “Estou tomando medicamentos que eu nunca na vida pensei que ia estar tomando”, afirmou ele.
Quanto à situação exposta pelo religioso, ele nega sequer ter feito contato direto com ele. “Em momento algum falei com ele, dá para ver nas câmeras. Quem falou com ele foi o outro rapaz. Eu não tive contato direto com o padre”, disse ele – que, segundo o sacerdote, teria respondido “o preço é esse, se quiser levar, leve” sobre divergências no valor de um item vendido ali.
Padre Fábio de Melo faz novo pronunciamento
Diante da repercussão do caso, o padre recentemente fez um longo desabafo sobre julgamentos nas redes sociais. Na ocasião, ele afirmou estar “perto de desistir” – e agora, ao SBT, voltou a falar sobre o assunto em um extenso pronunciamento enviado ao “Tá na Hora”.
Após detalhar o compromisso com o sacerdócio e relembrar o início de sua devoção à religião, ele negou ter tomado a atitude de reclamar da cafeteria por maldade. “Nunca em tempo algum levantei minha voz ou minha ação com intuito de ferir ou prejudicar quem quer que fosse. Não carrego em mim a intenção da maldade, tampouco alimento o desejo de vingança”, disse ele, voltando a reclamar do julgamento nas redes.
“Vivemos tempos difíceis em que a verdade tantas vezes é soterrada pelo barulho dos julgamentos precipitados, pela crueldade das redes sociais, pelos tribunais da internet onde raramente se permite defesa”, afirmou ele, se disponibilizando para o diálogo.
“Se em algum momento minha postura, fala ou presença causaram dor a alguém, quero, aqui, reafirmar com humildade: estendo a mão, não para julgar, mas para acolher. Não para me eximir, mas para dialogar. Porque assim me ensinou Cristo: o amor é o primeiro a se oferecer. Sigo comprometido com minha missão e em paz, com a consciência tranquila de quem vive para servir”, concluiu o religioso.
Até o momento, a cafeteria onde a situação aconteceu não se pronunciou.