Em 2022, a cantora Celine Dion preocupou fãs após adiar mais de uma vez a turnê mundial que vinha fazendo. Após um longo período sem aparecer e com fãs se perguntando o que aconteceu com Celine Dion, ela veio a público revelar o diagnóstico de Síndrome da Pessoa Rígida. Desde então, ela vem convivendo com a doença rara e incurável longe dos olhos do público.
A Síndrome da Pessoa Rígida é uma doença que causa espasmos musculares e afeta a mobilidade. No caso de Celine Dion, o distúrbio a afeta principalmente por comprimir seus pulmões, prejudicando o ato de cantar ao vivo.
Saiba mais sobre o que aconteceu com Celine Dion e o que a cantora já falou sobre seu estado de saúde, bem como a vontade de retornar aos palcos.
O que aconteceu com Celine Dion: cantora tem distúrbio raro
Desde meados de 2021, a cantora Celine Dion vem falando pontualmente sobre problemas de saúde que tem enfrentado. Em dada ocasião, ela chegou a surgir em público bastante debilitada. Posteriormente, em meio a rumores, tanto ela quanto sua irmã, Claudette, disseram que a cantora vinha lidando com espasmos musculares.
Revelação do diagnóstico
Mesmo após declarações de que o que aconteceu com Celine Dion não era nada grave, ela permaneceu reclusa e com shows adiados. Ao final de 2022, no entanto, a voz de “My Heart Will Go On” surgiu em um vídeo no qual comunicou um novo adiamento da turnê e explicou com mais detalhes o diagnóstico recém-descoberto de Síndrome da Pessoa Rígida.
Bastante emocionada, ela afirmou que não se sentia, até então, pronta para falar sobre o problema. Além disso, ela ainda revelou que não poderia retomar a turnê em 2023 como previra devido ao diagnóstico de uma doença neurológica rara e incurável.
“Tenho lidado com problemas de saúde há muito tempo e tem sido muito difícil para mim enfrentar estes desafios, falar sobre. Recentemente, fui diagnosticada com um distúrbio chamado Síndrome da Pessoa Rígida, que afeta uma pessoa em um milhão. Apesar de ainda estamos aprendendo sobre a condição, sabemos agora que é isso que está causando meus espasmos”, disse ela.
Conforme explicou a cantora na publicação, a doença afeta diversos aspectos de seu dia a dia. “Às vezes causam dificuldades para andar e não me permitem usar minhas cordas vocais para cantar como costumava fazer”, pontuou Celine, deixando claro que está sob cuidados médicos e visa a recuperação
“Estou trabalhando duro com meu fisioterapeuta todos os dias para recuperar minha força e minha habilidade para performar novamente, mas tenho de admitir que tem sido difícil. Tudo o que eu sei é cantar. É o que fiz a vida toda, é o que eu mais gosto de fazer. Sinto muito a falta de vocês”, desabafou a cantora.
O que aconteceu com Celine Dion é reversível?
A Síndrome da Pessoa Rígida é uma doença que não tem cura. É possível utilizar técnicas que amenizam seus efeitos, mas, conforme mostrou a cantora, ela ainda luta muito contra eles. No trailer de “I Am: Celine Dion”, documentário da cantora no Prime Video, ela chegou a revelar a realidade de como a doença a tem afetado.
Nas cenas, Celine surgiu visivelmente triste e tentou cantar atingindo as notas altas pelas quais é tão conhecidas. A voz da cantora, no entanto, não sai como o esperado – tudo devido à compressão da caixa torácica e das cordas vocais da artista. Foi nesse trailer que fãs puderam ver na prática o que aconteceu com Celine Dion.
À revista “Vogue” francesa, a cantora afirmou que, apesar das dificuldades, pretende fazer o melhor para conviver com o quadro. “Não lutei contra a doença, ela ainda está em mim, e para sempre. Encontraremos, espero, um milagre. Uma forma de curá-la com investigação científica, mas tenho de aprender a conviver com isso”, declarou.
No mesmo trailer, no entanto, Celine deixou claro que não pretende parar. “Se eu não puder correr, vou andar. Se eu não puder andar, vou rastejar”, disse,
Síndrome da Pessoa Rígida: o que é
Descrita pela primeira vez na literatura médica em 1956, a Síndrome da Pessoa Rígida é um distúrbio neurológico que, como explicou Celine, é bastante raro. Segundo informações da Fundação de Pesquisas sobre Síndrome da Pessoa Rígida, órgão norte-americano, a condição afeta entre um e dois indivíduos a cada milhão de pessoas.
Mais comum em mulheres (especialmente entre os 20 e os 50 anos), este distúrbio é caracterizado pelo funcionamento anormal dos neurônios e causa, como o próprio nome diz, rigidez muscular. Além disso, pacientes com a síndrome sofrem também com espasmos dolorosos.
De acordo com a Fundação, esta condição pode aparecer em cinco tipos diferentes. No tipo clássico, que é o mais comum, a doença se apresenta com rigidez muscular e espasmos. Já quando a síndrome é do tipo focal, estes sintomas aparecem, por exemplo, em um só membro do corpo.
Outro tipo da doença é encefalomielite progressiva com rigidez e mioclonia (PERM), variação mais grave e geralmente associada a rápida deterioração do quadro. Já no tipo paraneoplásico, ainda mais raro, a condição aparece associada a tumores pelo corpo.
No último tipo, chamado Síndrome da Pessoa Rígida com ataxia cerebelar, o paciente tem ainda mais dificuldades para controlar os movimentos do corpo.
Apesar de já ter sido descoberta há décadas, as causas da Sindrome da Pessoa Rígida ainda não foram totalmente descobertas, mas, devido a fato de que a doença tem características autoimunes, há suspeitas sobre certos anticorpos incomuns terem participação no problema
Sintomas de Síndrome da Pessoa Rígida
Segundo o órgão, que oferece informações e recursos a respeito da doença, os principais sintomas da Sindrome da Pessoa Rígida são rigidez na musculatura do tronco e espasmos musculares. Ambos os sintomas têm intensidade, frequência e nível de piora variáveis.
Em decorrência destes sintomas, porém, quem convive com esta condição tende a apresentar mudanças posturais devido aos espasmos da musculatura abdominal, problemas de mobilidade, quedas frequentes devido à instabilidade dos músculos, estresse, ansiedade, depressão e até complicações relacionadas à respiração.
Além disso, a depender do tipo da síndrome, o paciente pode também ter tumores (especialmente no cólon, no pulmão, no ovário, no timo e no sistema linfático), movimentos anormais nos olhos, convulsões, mudanças comportamentais e cognitivas, dificuldade para engolir e problemas relacionados à pressão arterial, à frequência cardíaca e à temperatura corporal.
Tratamento
Sem cura, a Síndrome da Pessoa Rígida é tratada por meio de medicações e terapias que ajudam a aliviar os sintomas causados por ela. Em sua maioria, os tratamentos para a síndrome focam em minimizar os espasmos musculares e a dor. Ainda assim, a efetividade das terapias varia de paciente para paciente e a maior parte deles segue com algum nível de deficiência.