“A Grande Entrevista” (“Scoop”) se destacou no catálogo da Netflix e rapidamente caiu no gosto da audiência do streaming, com uma história intrigrante e cheia de mistérios, que gira em torno da polêmica entrevista do príncipe Andrew, do Reino Unido, onde foi confrontado sobre Jeffrey Epstein.
Amigo do bilionário e agressor sexual, Andrew também havia sido acusado de abuso por uma das vítimas de Epstein, Virginia Giuffre, afirmando que não se arrependia da ligação com o criminoso, já que avalia que a conexão trouxe “bons resultados em outras áreas”, o que resultou em uma repercussão catastrófica.
Saiba o que é verdade e o que é ficção no filme!
O que é verdade e o que não é em “A Grande Entrevista”
Considerado uma das grandes apostas de 2024, o filme mostra os bastidores por trás da entrevista bombástica que a BBC obteve com o Príncipe Andrew, papel de Rufus Sewell, que viralizou no mundo inteiro em 2019.
Na conversa conduzida pela jornalista Emily Maitlis, interpretada por Gillian Anderson, Andrew falou sobre sua amizade com o criminoso sexual condenado, Jeffrey Epstein, gerando ainda mais polêmica.
Enquanto os eventos da entrevista são de conhecimento público, a Netflix foi além, expondo também os nomes que trabalharam duro nos bastidores para trazer à tona o que se tornou o “furo do século”.
Fatos reais em “A Grande Entrevista” na Netflix
Na época em que a relação entre os dois foi exposta pelo fotógrafo Jae Donnelly (interpretado por Connor Swindells), em 2010, Andrew afirmou que teria se hospedado na casa de Jeffrey para dizer que “não poderiam mais ser amigos”.
As fotos mostradas pelo filme da Netflix, em que os dois aparecem discutindo, são verdadeiras e foram responsáveis por confirmar o vínculo entre o filho da rainha e o milionário, acusado e condenado por pedofilia.
Também é verídico o momento em que o príncipe Andrew é visto sem paciência com uma funcionária, uma vez que não gostou da forma que arrumou os ursinhos de pelúcia em sua cama, atitude que sempre o deixava exaltado.
Paul Page, que já trabalhou Palácio de Buckingham, deu mais detalhes da chateação. “Havia um cartão em uma gaveta e uma foto desses ursos todos in situ. A razão para a imagem plastificada era que se os ursos não fossem colocados de volta na ordem certa pelas empregadas, ele gritaria e berraria”, disse no documentário “Ghislaine, Prince Andrew and the Paedophile”, de 2022.
Em outra cena, a princesa Beatrice, fil
“Uma reunião no Palácio na segunda-feira, 11 de novembro (com Andrew, Emily, o vice-editor e uma convidada surpresa, a Princesa Beatrice). Um ‘sim’ finalmente veio na terça-feira. A data foi marcada para quinta-feira. Seguiu-se um pânico de preparação”, declarou Sam McAlister à Tatler.
O que a Netflix criou ou aumentou em “A Grande Entrevista”
Uma das poucas divergências do filme com a história real está no fato da demissão de Jason Stein, funcionário de Andrew, logo após a entrevista ser firmada entre o canal e o monarca.
O episódio foi bem menos dramático do que como mostra a Netflix, uma vez que o The Times noticiou que a decisão se deu “por consentimento mútuo”, com bem menos climão do que entregou o streaming.
A Netflix também adaptou para a ficção um momento em que Amanda Thirsk (Keeley Hawes), assessora do príncipe, afirma que o Palácio conta com um orçamento extra para comprar colheres de chá, já que visitantes costumavam levá-las, sem dados que comprovem isso.