Wagner Moura relembra “trote” de Brichta para Santoro em perrengue no início da carreira

Wagner Moura, Lázaro Ramos e Vladimir Brichta são amigos de longa data, muito antes de se tornarem atores renomados da classe artística. Os três, que são de Salvador (BA), começaram no teatro soteropolitano e compartilham muitas histórias juntos.

Em entrevista ao PodPah para divulgar seu elogiado filme hollywoodiano “Guerra Civil”, Wagner relembrou um desses momentos dos três juntos há mais de 20 anos, e que envolve outra estrela brasileira: Rodrigo Santoro.

Em 2001, Wagner, Vladimir e Lázaro viajaram o Brasil com a peça “A Máquina”, responsável por alçá-los à fama, principalmente no cinema antes de irem para a TV. O espetáculo foi bastante elogiado pela crítica por onde passava e chegou a São Paulo, no Sesc Belenzinho, zona leste da cidade.

Apesar de todos os elogios à peça, eles não conseguiam lotar o teatro e viviam a duras penas, sem um tostão no bolso, dividindo um mesmo quarto de hotel em São Paulo: “A gente passou por muita coisa junto, muito perrengue, nessa época da ‘Máquina'”.

Wagner, então, compartilhou uma história engraçada com Rodrigo Santoro, quando Vladimir Brichta deixou um recado mal educado para o ator.

Wagner conta fora de Vladimir Brichta em Rodrigo Santoro

Wagner Moura
Reprodução/YouTube (Podpah)

“E aí eu tinha feito um filme, com Rodrigo Santoro, que é meu brother [hoje], mas na época era um cara que eu tinha conhecido só. Nessa época, o Rodrigo era uma estrela já. Era um cara famosíssimo no Brasil pelas novelas e tal, a gente era uns caras de Salvador, ninguém sabia quem a gente era. E aí Rodrigo foi para São Paulo e disse: ‘Wagner, estou aqui em São Paulo, cara, queria ver a sua peça’. Ele viu a peça, a gente saiu de noite junto, eu e ele, um barato. Ele tinha um celular, enfim”, começou.

“Aí chegou o final da temporada, todo mundo duro para caramba, e a gente ligava do quarto do hotel e chegou a conta. O telefone de Rodrigo é do Rio de Janeiro. Aí chegou um 021[código postal do Rio de Janeiro] que dava 15 reais a conta, em 2001. Quinze reais? Vladimir disse: ‘Não fui eu’. Lázaro disse: ‘Não fui eu’. Eu esqueci completamente e disse: ‘Não fui eu'”, continuou Wagner Moura.

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“Aí ficou todo mundo assim: ‘Quem ligou para esse 021? Quem ligou para esse telefone?’. Ninguém, ninguém. Ninguém queria pagar aqueles 15 reais, estava todo mundo duro. Aí Vlad teve essa ideia: ‘Vamo fazer o seguinte: vamo ligar para o número e vamo perguntar de quem esse cara é amigo. Vladimir pegou o telefone, macho assim para c******… Aí caiu na caixa postal de Rodrigo. A caixa postal de Rodrigo Santoro era assim: ‘Essa é a minha caixa postal. Deixe o recado após o sinal’. Vladimir entendeu: ‘Estrelinha caixa postal, deixe o recado após o sinal'”.

Irritado com a situação, Vladimir deixou um recado bem, digamos, direto para a “estrelinha” sem saber se tratar de Rodrigo Santoro.

“Como ele confundiu, eu não sei. Eu sei que ele deixou o seguinte recado para o Rodrigo: ‘Alô, estrelinha. Quem tá falando aqui é Vladimir Brichta. Eu to aqui num quarto com Wagner Moura e Lázaro Ramos e é o seguinte, velho. A gente quer saber aqui quem é seu amigo’, pá [desligou].”, disse Wagner.

“Aí passou o tempo, ninguém… Rodrigo é uma pessoa elegantíssima, nem respondeu. Aí cara, eu tava um dia em Salvador assim, deitado, na cama e eu fiz… E eu lembrei, era eu”.