5 remakes que foram um fracasso na Globo: relembre as furadas da emissora na TV

Produzir o remake de uma novela não é nada fácil, especialmente quando o clássico original já fez muito sucesso na TV, deixando as expectativas lá no alto. Durante a produção, a emissora tem o desafio de reviver uma trama, com um novo elenco e um enredo que muitas vezes parou o país, o que nem sempre dá certo.

E foi justamente isso que aconteceu com readaptações de novelas da TV Globo que não deram muito certo ao voltarem para o ar anos depois de estrearem nas telinhas e conquistarem os telespectadores. Conheça as produções “furadas” da gigante da TV.

Remakes de novelas da Globo que deram errado

“Guerra dos Sexos” (2012)

O remake de um dos clássicos dos anos 80, “Guerra dos Sexos” teve 197 capítulos e foi exibido no horário das 19h. Com autoria de Silvio de Abreu e direção geral de Jorge Fernando, a trama mostrou a rivalidade entre os primos Charlotte ll de Alcântara Pereira Barreto, a Charlô (Irene Ravache), e Otávio ll de Alcântara Rodrigues e Silva (Tony Ramos). Juntos, tiveram um romance na adolescência, que com o tempo se tornou ódio mútuo e fez com que se afastassem.

Remake da novela
Reprodução/Globoplay

Desde então, Charlô se tornou uma feminista radical e Otávio um machista sem igual. O desenrolar da trama se dá com o reencontro dos dois, na leitura do testamento dos tios Otávio Alcântara Rodrigues de Silva (Paulo Autran) e Charlote de Alcântara Barreto Pereira de Silva (Fernanda Montenegro). Ambos deixaram a mansão onde moravam e as lojas Charlô’s, como herança para os sobrinhos, o que gera uma disputa sem igual entre protagonistas.

Apesar do elenco nobre, nas primeiras semanas no ar a novela bateu o menor índice do Ibope desde 2010, recebendo também críticas sobre o tipo de humor, considerado pela crítica e público como totalmente obsoleto, o que explica o fracasso do remake de “Guerra dos Sexos”.

“Irmãos Coragem” (1995)

Em comemoração aos 30 anos da TV Globo, a emissora preparou uma programação especial para celebrar a data. Entre elas, o remake de “Irmãos Coragem”, como a novela das seis. A produção contou com 155 capítulos que mostraram a história escrita por Dias Gomes e Marcílio Moraes.

Os personagens centrais eram os irmãos João (Marcos Palmeira), Jerônimo (Ilya São Paulo) e Duda (Marcos Winter). Juntos, ameaçavam o domínio do poderoso fazendeiro Pedro Barros (Cláudio Marzo), autoridade máxima na cidade fictícia de Coroado, em Minas Gerais.

Remake de
Divulgação/Rede Globo de Televisão

Quando João encontra um diamante, ele passa a ser perseguido pelos campanhas de Pedro Barros, assim como seus pais Sebastião (Orlando Vieira) e Sinhana (Laura Cardoso) e a irmã de criação Potira (Dira Paes). Apesar da novela ter sido um sucesso em sua primeira versão de 1970, em 1995 a trama não batia mais do que 35 pontos no Ibope.

Muito disso deve-se ao horário em que o remake era exibido, segundo o autor Dias Gomes. Outro ponto que chamou a atenção foi a direção de Luiz Fernando Carvalho que, até aquele momento, só fazia cinema. Mesmo depois de substituído no comando do folhetim, “Irmãos Coragem” saiu do ar muito antes do previsto.

“Lua Cheia de Amor” (1990)

Remake da novela “Dona Xepa” (1977), “Lua Cheia de Amor” foi inspirada na peça produzida por Pedro Bloch. O folhetim escrito por Ana Maria Moretzsohn, Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa contou a história de Genuína Miranda (Marília Pêra).

Sem instrução, porém muito dedicada, Dona Genu, como era conhecida, trabalhava como ambulante para sustentar seus dois filhos: Rodrigo (Roberto Bataglin) e Mercedes (Isabel Garcia).

Novela
Divulgação/Rede Globo de Televisão

Apesar de fazer tudo pela família, seus filhos têm vergonha da mãe simples e pobre. Ainda sim, Genu, não desanima por nada, e batalha para poder comprar de volta a loja que o marido perdeu no jogo. E tem mais: ainda mantém viva a esperança de reencontrar seu esposo Diego (Francisco Cuoco), desaparecido há 15 anos.

Apesar do investimento, a novela passou batida pelo público, mantendo o Ibope na faixa dos sete pontos. Muitas tramas paralelas nos capítulos iniciai além dos diálogos longos não agradaram o público.

“Pecado Capital” (1998)

Em 1998, a novela “Pecado Capital”, de 1975, também ganhou um remake, com 185 episódios exibidos às 18h. Com autoria de Gloria Perez, o folhetim contou a história de Carlão (Eduardo Moscovis), um taxista honesto que descobre uma mala com 2 milhões de reais no seu carro.

Remake de
Divulgação/Rede Globo de Televisão

Ele é noivo de Lucinha (Carolina Ferraz), operária de uma indústria têxtil. Com uma beleza incrível, a jovem de personalidade forte, tem o desejo de triunfar na vida de qualquer jeito. As vontades de Lucinha batem de frente com o machismo de Carlão, que espera que a moça seja uma mulher que fique em casa e tenha filhos.

Apesar da novela trazer novos personagens e histórias inéditas, além de críticas sociais, não foi o suficiente para conquistar o público. A nova abordagem e a escolha do elenco central parece não ter agradado, já que a produção teve baixos índices de audiência, considerando o horário em que era exibida.

“Selva de Pedra” (1986)

Exibida originalmente em 1972, “Selva de Pedra” voltou à telinha em 1986 no horário nobre. Ao todo, foram 150 capítulos da trama escrita por Janete Clair. Para quem não se lembra, a história foi embalada por vingança e ambição.

O personagem Cristiano Vilhena (Tony Ramos) estava disposto a fazer tudo para conquistar seu lugar na sociedade. No início da história, o jovem mora com seus pais – Sebastião (Sebastião Vasconcelos) e Berenice (Yara Lins), no interior do Rio de Janeiro, em Duas Barras.

Remake de
Nelson di Rago/ TV Globo

O enredo fica intrigante quando Cristiano se envolve em uma briga com o playboy Gastão Neves (Marcelo Ibrahim), que acidentalmente morre, vítima de sua própria arma. Com medo de ser incriminado, Cristiano foge para o Rio de Janeiro com Simone (Fernanda Torres), que além de testemunha da sua inocência, também se torna seu par romântico.

Apesar do sucesso na primeira versão, “Selva de Pedra” não teve o impacto esperado no público ao voltar como remake. Isso porque o folhetim veio logo na sequência de “Roque Santeiro”, um dos maiores sucessos de audiência da história da TV, transmitida em 1985.

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