Claudia Ohana brilhou no papel como Dora e entregou tudo nos últimos momentos de sua personagem em “Vai na Fé”. Emocionando muitos telespectadores com cena sensível, a atriz relatou ter se contaminado com a energia baixa que se encontrava a esposa de Fábio (Zé Carlos Machado) na ficção, sentindo alguns sintomas semelhantes.
Claudia Ohana comenta morte de Dora em “Vai na Fé”
Dora deu seu último suspiro na presença do marido e dos familiares, incluindo Lui (José Loreto) e Lumiar (Carolina Dieckmann), ganhando ainda uma homenagem do trio para marcar a sua passagem.
A atriz contou que, nas cenas em que retratou os últimos momentos da personagem, já debilitada perto da morte, sentiu sua própria energia mudar nos estúdios da Globo. “Já no final, eu entrava na gravação e já ficava com sono”.
“Já baixava toda a minha energia pra viver aquilo. Eu falava ‘tudo bem ficar assim, não tem problema’. Ela tinha falta de ar, pouca energia. Como o personagem influencia. Quando eu saía da gravação, falava: Claudia! Volta!”, contou no “Encontro”.
Relembre o momento da despedida:
https://twitter.com/tvglobo/status/1682170224374677505
A atriz contou ainda que se considera hipocondríaca e os familiares ficaram com medo quando souberam que interpretaria uma mulher em estágio avançado de câncer terminal. A experiência foi enriquecedora.
“Tô aprendendo muito com a Dora. Nunca enfrentei ninguém doente, nunca tive nenhum parente com câncer. Mas fui apresentada à morte muito cedo, minha mãe morreu eu tinha 15 anos, a morte pra mim foi muito chocante”.
“Aí com a Dora, quando falaram que ela ficaria doente, todo mundo da minha família falou ‘hmm’ [em tom de preocupação]… Sou meio hipocondríaca, meio paranoica. E aí fui aos poucos, fui seguindo o texto”.
“O estúdio ficou muito emocionado, todo mundo já passou por alguma história [de morte de um ente querido]. Muita gente vem pra mim e fala ‘meu tio, minha mãe teve câncer'”, recordou ainda sobre a troca com a equipe.
“Antes da morte [de Dora], teve uma cena dela sozinha na cadeira de rodas. Ela tira a máscara, sente a árvore, o vento batendo no rosto dela. O diretor colocou uma música, e eu comecei a chorar um pouco, e o estúdio ficou chorando”.